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Adenda Top WOM 2017

A edição de comemoração do primeiro aniversário da World Of Metal Mag foi de tal forma gigantesca que alguma coisa teria de ficar para trás. Neste caso ficaram dois colaboradores de fora que agora repomos a justiça e indicamos as suas preferências relativas ao ano anterior.

Jhoni Vieceli

1-Belphegor (Austria) – Totenritual
2-Irae – Crimes Against Humanity
3-Nargaroth – Era of Threnody
4-Summoning – “With Doom We Come”
5-Cannibal Corpse – “Red Before Black”
6-Krüel Kömmando “Synagoga Satanae”
7-Taake -“Kong Vinter”
8-Morbid Angel – “Kingdoms Disdained”
9-Devilpriest – “Devil Inspired Chants”
10-Venom Inc. – “Avé”

Miguel Correia

1 – Jesper Binzer – Dying Is Easy
2 – Venom Inc – Avé
3 – The Ferrymen – The Ferrymen
4 – Harem Scarem – United
5 – Revolution Saints – Light In The Dark
6 – Kreator – Gods Of Violence
7 – Overkill – Yhe Griding Wheel
8 – Deep Purple – Infinite
9 – Adrenaline Mob – We The People
10 Accept – Rise Of Chaos

 

Em jeito de despedida e agradecimento por toda a sua colaboração, também ficam aqui as melhores propostas de 2017 escolhidas por Fábio Pereira e as razões que justificam essas mesmas escolhas. Ao Fábio agradecemos toda a sua dedicação por este ano em que esteve connosco, período que esperamos que seja repetido e ampliado num futuro próximo

Night Demon – “Darkness Remains”

A banda californiana já adquiriu por esta altura uma boa posição dentre as novas propostas que o Heavy Metal mais tradicional tem a mostrar aos apreciadores deste género. “Darkness Remains” é o segundo trabalho de originais do norte americanos e apresenta-nos uma excelente fusão entre o Heavy Metal tradicional europeu com a nova vaga do género. Bem construído, directo, pesado e bastante harmonioso, Jarvis Leatherby (vocais) e companhia apresentaram em Abril uma das melhores propostas do ano.

 

Power Trip – “Nightmare Logic”

Um dos álbuns mais esperados do ano acabou mesmo por não desiludir e tornar-se possivelmente no mais equilibrado e potente disco de 2017. Se “Manifest Decimation” de 2013 tinha elevado bastante a fasquia dentro do Crossover Thrash e colocado algum “peso” sobre os ombros da banda norte americana, “Nightmare Logi”c transporta-a definitivamente para o topo. A forma como somos bombardeados entre a faixa inicial, “Soul Sacrifice”, e a final, “Crucifixation”, é tremenda, com uma duração que excede pouco mais da meia hora mas que nos deixa completamente extasiados.

 

Enslaved – “E”

Ano de lançamento de novo álbum dos noruegueses Enslaved é sempre uma altura de o colocar nas prioridades a ouvir. Longe vão os tempos de um Black Metal mais cru, que não deixava de conter os seus elementos progressivos e a banda aposta agora sobretudo em passagens mais complexas, diferenças de ritmo e estruturas elaboradas ao longo das músicas que se revelam autênticas viagens para o ouvinte. “E” “compila” os trabalhos anteriores e melhora ainda mais a capacidade progressiva da banda, misturando o já conhecido Black Metal e Viking Metal (principalmente nas letras dos álbuns, ideia e concepção do mesmo) com elementos mais modernos, colocando “E” como um dos melhores discos de 2017 e um dos melhores da discografia da banda norueguesa.

 

Hällas – “Excerpts from a Future Past”

Uma das surpresas do ano vem da Suécia. Excerpts from a Future Past dos Hällas atinge-nos em cheio com um misto de nostalgia e grande satisfação, fazendo-nos recuar aos anos 70 e inícios de 80, apresentando um ambiente sonoro completamente influenciado pela onda do Rock Progressivo, muito bem escrito e elaborado. As influências de Uriah Heep e Black Sabbath são notórias, mas a banda sueca foi capaz mesmo assim de dar um toque próprio, muito por culpa do vocalista (e baixista) Tommy Alexandersson. Uma proposta muito interessante e que certamente será recordada nos anos que se seguem.

 

The Night Flight Orchestra – “Amber Galactic”

“Amber Galactic” vem confirmar o estatuto de grande prestígio para os suecos TNFO, (super)grupo musical composto por elementos dos Soilwork, Arch Enemy ou Mean Streak. Seguindo a mesma linha apresentada nos anteriores trabalhos, a banda procurou estabelecer em Amber Galactic uma (ainda) melhor conexão entre os elementos sintetizados que marcaram o Rock nos anos 80 e elementos mais modernos e característicos da música pesada atual, muito por culpa da influência dos seus membros e do vasto leque de experiência musical que cada um detém nos vários géneros metálicos. Juntando sequências de teclado com coros vocais femininos, aos já referidos sons sintetizados que se fundem quase na perfeição com os riff’s à lá 70’s, “Amber Galactic” foi uma das propostas mais interessantes editadas em 2017.

 

Kreator – “Gods of Violence”

Por esta altura os Kreator já se encontram mais que consolidados no panorama metálico mundial e os últimos trabalhos dos alemães, apesar de reunirem um consenso geralmente positivo, têm criado uma espécie de amor/ódio dentre os fãs mais acérrimos. Gods of Violence segue a mesma linha dos anteriores, explorando e aperfeiçoando melhor a capacidade que a banda tem tido de fundir de forma brutalmente eficaz o Thrash e o Death, com passagens ferozes e brutais mas sendo capazes de apresentar secções rítmicas melódicas e bastante harmoniosas. Esse é o grande trunfo do novo disco dos Kreator, que combinado com uma excelente produção, letras bem escritas e que funcionam bem ao vivo e sem cair em repetição, transformam Gods of Violence num excelente disco de Metal, consagrando a banda não só pelo seu legado inicial, mas pela dedicação ao género nos últimos anos.

 

RAM – “Rod”

“Rod” vem comprovar que os suecos RAM são definitivamente uma das melhores propostas que o Heavy Metal tradicional tem para oferecer nos dias que correntes. Descolando-se (mas não totalmente) das suas grandes influências como Judas Priest ou Accept (entre outros), “Rod” apresenta-se mais pesado que o seu antecessor, procurando a agressividades dos primeiros trabalhos, mas juntando uma melhor realização e proporcionando um disco muito mais equilibrado. Não é fácil a um álbum que procure o Metal mais tradicional conseguir impôr-se no mercado mas Rod destaca-se sobretudo pelos riff’s furiosos, os ritmos galopantes e o carismático Oscar Carlquist (vocalista) e a revelar-se fundamental em todo o processo sonoro da banda. Se o estandarte do Metal tivesse estampado com “Rod”, o género estaria bem entregue.

 

Wintersun – “The Forest Seasons”

Desta vez não tivemos que esperar quase dez anos para um novo lançamento de Wintersun, a famosa banda Jari Mäenpää (ex-Ensiferum), mesmo que este novo disco não tenha sido a continuação do excelente “Time I”. “The Forest Seasons” nasceu fruto de várias ambições da banda finlandesa, nomeadamente uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) que gerou alguma controvérsia. Mas, controvérsias à parte, “The Forest Seasons” revelou-se aquilo que muitos esperavam: uma autêntica epopeia. Com apenas quatro faixas mas com mais de cinquenta minutos de duração, o novo trabalho dos Wintersun é uma autêntica viagem aos vários lugares mágicos da natureza, procurando uma ligação emocional que o tempo e as estações do ano são capazes de provocar no ser humano. Reunindo elementos que vão desde o Death mais melódico, ao Power e ao Black Metal (Eternal Darkness é uma das melhores faixas do ano), os Wintersun conseguiram assim, mais uma vez, sobreviver à passagem do tempo, sendo “The Forest Seasons” uma proposta e experiência peculiares.

 

Wolfbrigade – “Run With the Hunted”

Cinco anos após o excelente “Damned”, os suecos Wolfbrigade retornaram em 2017 com “Run With the Hunted”. Sendo o Crust, o D-Beat e até o Punk Metal, difíceis de inovar constantemente, são propostas como “Run With the Hunted”, que nos “viram do avesso” e saímos da experiência extremamente satisfeitos. Não se descolando da sonoridade do álbum anterior, o novo disco dos suecos buscou novamente uma abordagem sonora direta, brutal e muito bem elaborada, com riff’s e refrões viciantes ao longo de todo o CD. Interessante de verificar algumas passagens que vão buscar influência a géneros mais extremos e que transformam certas passagens do disco para uma sonoridade mais “blackened”. Um excelente regresso dos Wolfbrigade e um excelente aditivo ao Crust/Punk.

 

Midnight  – “Sweet Death And Ecstasy”

Consideradas uma das melhores bandas do underground metálico, os norte americanos Midnight brindaram-nos com mais um novo trabalho no final de 2017. “Sweet Death And Ecstasy” é a mesma receita de Athenar e companhia, ou seja, Black Metal satânico, cru, visceral, violento e demoníaco, adicionando umas pitadas de Heavy e Speed Metal e mais umas de Punk, perfazendo um trabalho (sempre) fenomenal e que, apesar de ainda se denotarem as óbvias influências de Venom e Motörhead, atribuem a Sweet Death And Ecstasy um toque e identidade próprio e que se identifica por esta altura como algo que os Midnight fazem à sua maneira. Chegou no final do ano, mas ainda a tempo de ser uma das melhores propostas de 2017.


 

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