Report

ADM Metal Fest @ Andam, Leiria – 26 de Agosto de 2017

O ADM Metal Fest é um novo festíval na região centro, localizado na freguesia de Andam, concelho de Porto de Mós, distrito de Leiria e que decorreu no último fim de semana de Agosto, dias 25 e 26, sexta e sábado. Infelizmente a World of Metal apenas pôde estar presente no sábado, não assistindo assim às sempre excelentes actuações de Switchtense e Midnight Priest, já que os Gwydion tiveram que cancelar devido a um problema de saúde do baterista. Grankapo, Secret Chord e Tri Rex eram as outras ofertas para sexta.
Chegados ao festival a meio da tarde de sábado, entrámos num recinto construído de propósito para o evento, mas que ainda estava a quarto de gás. Surpreendentemente, e comparando com o horário previsto (mesmo depois do anúncio do cancelamento dos algarvios Anarchy Machine), ainda apanhámos meia actuação dos 74. Punk rock com boa disposição dentro e fora das curtas musicas tocadas.
Antes dos Fuzzil começarem a debitar o seu Stoner Rock, havia que garantir que as condições de som estivessem a 100%. Entre “Mais guitarra aqui”, “Mais voz ali” e “Mais baixo acolá”, os ponteiros não perdoavam e o tempo ia passando. Condições favoráveis alcançadas, uma excelente performance de bom Sludge/Stoner destes moços de Alcobaça. Com o EP “Molten” a ser promovido, “Boiling Pot” não foi esquecido e assim se passou meia hora bem sonorizada.
Entre mudanças de instrumentos, fez-se noite e finalmente Waterland subiram ao palco. Vindos de Barcelos, ofereceram-nos uma boa dose de Power Metal bem articulado. A vocalista, Patricia Loureiro, espalhou voz de excelente qualidade, charme e boa disposição pela audiência que finalmente ia engrossando nos números. Com álbum novo “Signs of Freedom” editado este ano, ainda foram exitos antigos a marcar diferença, como “Fire Burning”.
Mas o que se quer num festival é movimento, e nada como o bom e velho thrash metal para mexer com as hostes, e foi isso que os algarvios Shadowmare porporcionaram com o seu death/thrash. Depois do EP de estreia “From Hell to the Future”, há mais canções novas a tocar e apanharam o melhor som até à altura. Assim sendo, muito bem soou o hino “Mad Executioner” e toda a capacidade destes promissores jovens ficou bem patente nesta noite.
Avançaram as horas, esfriou a temperatura e também no palco, com a entrada do black metal dos Humanart. Celebraram a sua sexagésima actuação em Andam e mostraram toda a sua experiência, especialmente com a prestação de “Lines of Knowledge” tirado do álbum “Lightbringer”.
Hora de aquecer novamente e levantar muito pó com Prayers of Sanity. Vindos de Lagos, o experiente power trio debitou o seu thrash old school com muita sabedoria. “Face of the Unknown” é o álbum novo, destaque para “Someday” mas “Confrontations” não foi esquecido e muito menos o trabalho de estreia “Religion Blindness”. Nada a dizer, são grandes.
E como o tempo passa rápido quando nos divertimos, bateram as doze badaladas da meia noite. Se originalmente, deveríamos estar a finalizar a actuação de Holocausto Canibal, ainda os Primal Attack não tinham entrado, contabilizando um atraso de mais de duas horas na previsão inícial. A que horas entraram os Grog, nunca saberemos pois a World of Metal teve que abandonar o festival pois a sua boleia iria trabalhar no dia seguinte bem cedinho e ainda havia uma longa viagem pela frente. Ficou assim outro grande nome do thrash metal para ser apreciado (Primal Attack), assim como duas icónicas bandas de grind (Holocausto Canibal e Grog).
Esta humilde organização deu o seu melhor, de certeza absoluta, mas ainda há muitas arestas por limar. Uma média de 300 pessoas terá passado pelo recinto e resta-nos esperar que os dissabores não impeçam uma nova edição em 2018. A ideia está lá, a vontade também, e há lugar na zona centro para um festival mais undergroud como este.
Reportagem e fotos por Nuno Bacharel
Agradecimentos ao ADM Metal Fest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.