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Gateway To Selfdestruction – “Death, My Salvation” Review

Poderia ser nome de banda de doom metal, mas não, os Gateway to Selfdestruction tocam black metal com tiques depressivos mas ainda assim black metal. Com uma sonoridade bem pujante, as músicas contidas em “Death, My Salvation” transmitem bem desesperança e negritude, sendo que não será ideal para ouvir quando se quer estar bem disposto, tendo a capacidade para tornar um dia de sol num dia de chuva. A banda alemã poderá ser nova nisto e “Death, My Salvation” poderá ser o álbum de estreia mas o que apresenta aqui é algo que muitos veteranos não conseguem:
Um álbum sólido do início ao fim e dinâmico.
Sim poderá ser difícil de imaginar um álbum de black metal depressivo como algo dinâmico, mas a verdade é que a banda, munida de agressividade e de melancolia, sem falar já de uma atmosfera muito própria – daquelas de ouro, que são dificeis de reproduzir – tem aqui nestas oito faixas, um conjunto de temas muito forte que tanto nos apresenta a tradição típica escandinava no que diz respeito às melodias (ouvir a “Destroyed Self”) como nos apresenta melodias marcantes que não soariam destoadas num álbum de doom metal (tanto a “Black Quiet Death” como a “Reset” ou a “Silence”).
“Death, My Salvation” não traz nada de novo mas o seu entusiasmo (ou pelo menos entusiasmo com que nos deixa faz com que fiquemos irremediavelmente apaixonados por ele tal como ficámos no passado com outras obras semelhantes, essas um pouco mais revolucionárias (“Brave Murder Day” dos Katatonia ou “Livets Ändhållplats” dos Shinning, apenas para citar dois exemplos). Não sabemos se a banda fará alguma metamorfose tal como os dois exemplos atrás mencionados, mas aqui, e para já, têm um trabalho muito sólido dentro do campo difícil do black metal depressivo.
01. The Blessing
02. Black Quiet Death
03. Destroyed Self
04. Reset
05. Silence
06. Soziopath
07. Rigidity
08. Mirrors Of Despair
Duração 46:39
Nota 9/10

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