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Reportagem Frantic Amber, Toxikull, Expel The Grace @ Stairway Club 10-02-2018

O Stairway Club recebeu no Sábado 10 de Fevereiro a banda internacional Frantic Amber (Suécia), com o suporte dos Expel The Grace (Espanha), e os portugueses Toxikull. Esta é a passagem por Portugal, assinalando a sua última data, da Tour Ibérica ‘Burning Insight’. O ambiente estava ainda tímido à entrada no Stairway na hora da primeira actuação. A presença nessa mesma data de Rotting Christ em Lisboa, acompanhados de Carach Angren e Svart Crown, sentiu-se nessa noite, toda uma romaria se dirigira ao RCA. Mas isso não abalou nenhuma das atuações destas bandas que deram tudo. Mas já lá vamos. Viajem connosco na história desta noite, fotografada com a luz ambiente do Stairway Club, e sobre uma enorme descarga do mais puro metal. Espírito Underground!

 

 

A noite foi iniciada com a actuação os Expel The Grace. Vindos de Barcelona, primeira passagem por território nacional, e já rodados pelas datas por Espanha nesta tour, esta banda apresentou-nos um Death metal melódico técnico, consistence. Poderoso. É uma banda muito jovem com imenso talento. Uns tipos dark, simpáticos. Na bagagem trouxeram todos os temas do seu recente EP “Disharmony”, que gravaram em 2016 e lançaram a título independente. O som na casa estava incrível, mesmo no ponto, e ao abrirem pela ordem de ’Now I Can Hate You’, ’Famine’ e ‘Disharmony’, rockaram a casinha toda.

Seguiram-se os temas mais antigos “Under” (EP de 2015), e ‘Stolen’, uma malha retirada da primeira demo de 2011, com uma introdução mais groovy ao estilo Thrash, mas que avança para uma vocalização e ritmo insanos, passando por um refrão apocalíptico. Que poder! Nas duas malhas seguintes, “Severed Hope” e “Finale” regressaram ao disco “Disharmony”, e por esta altura, já é irreversível o mais metaleiro headbanging de primeira categoria e saudação à música de peso da banda! Inclusivamente, muito apoio de primeira fila vem da investida dos Frantic Amber, a banda sueca sempre a curtir em verdadeira tribo metaleira só alternando entre dois modos: Mosh e head banging. O som deles tem passagens confiantes, bateria avassaladora e solos bem conseguidos, alternados entre os dois guitarristas Marc Palomar e Ernie Gonzalez. Contagiaram a audiência com o seu som brutal e não tão infrequente na sua prestação, vieram tocar e cantar pelo meio da sala. A fantástica actuação terminou com o tema “(Miss)Erable” novamente do EP de 2015. Para os fãs de Death Metal europeu, que ainda não conhecem esta banda, sugiro que verifiquem os Expel The Grace: a sua página de Soundcloud tem os trabalhos que gravaram.

Literalmente a tocar em casa, chega o momento dos Toxikull, nativos de Cascais, que nos apresentaram o aço clássico Heavy/Thrash Metal. Em conversa com o Alex a.k.a Lex Thunder (guitarra / voz), ficámos a saber que esta banda tem o manifesto de dar ao mundo o que se está a sentir, e isso é uma expressão de arte. Fiquem atentos, pois eles prometem muitas novidades ao vivo! Neste concerto, a banda tocou quase na íntegra o álbum “Black Sheep”, que lançaram em Fevereiro de 2016 pela editora Non Nobis Productions. Iniciaram a actuação com ‘Little Piece of Hell’, e rapidamente somos convidados a viajar pelo som de heavy metal clássico.

Após a primeira música aconteceram alguns problemas técnicos na amplificação, mas o bom espírito de ajuda nos presentes e a boa disposição nada abalaram o ambiente de convívio, e em menos de nada, Toxikull live. Continuação! Daí em diante, seria sempre a rasgar. Sem interrupções, continuaram pela ordem de ‘Vicious Life’, ‘Manipulator’, ‘Kill Me Now’ e ‘Soulbound’. Espaço para a nova malha, ‘Surrender or Die’, um tema a ser lançado com o novo EP ‘The Nightraiser’, com data de lançamento anunciada para Março. Em momento algum, esta banda deixou arrefecer o ambiente na noite gelada de Inverno. No seu puro débito de Thrash com uma presença em palco electrizante, terminam com ’The Shepherd’ e ‘Black Sheep’ debaixo de muitos aplausos dos presentes. Poderão verificar os trabalhos de Toxikull na sua página de Youtube.

A 30 Minutos de distância, chegou a hora: Frantic Amber, finest Death Metal vindo da Suécia, mas com músicos vindos um pouco por todo o mundo. Quatro metaleiras, um baterista, uma presença explosiva em palco ao som do mais puro extremo heavy. O Death Metal nunca pareceu tão bonito. Uma mistura entre a beleza e a brutalidade. A actuação começou com a criação de um ambiente muito dark, ao som do instrumental de entrada para a canção ‘Burning Insight’. E naquele instante em que se abriram luzes, todo o peso foi revelado nas guitarras gritantes, riffs intensos, guturais frenéticos, por vezes solos e melodias que rapidamente contrastam com mais peso. Muito peso.

Frantic Amber agarraram a audiência para headbabging de primeira fila, a banda contagia todos os presentes. Ali. Sem rendição possível. Elizabeth Andrews (Lisa) é dona de um gutural poderoso. A performance foi marcada por vários momentos em que comunicou com o público, e entre apresentar temas, saiu uma mensagem inspiradora, de quem vive para criar a sua música e isso, meus amigos, é identidade. É paixão. E essa é notável em cada débito de energia e a viver aquele momento. A banda tocou a grande parte dos temas que compõem o seu primeiro álbum de longa duração, o aclamado ’Burning Insight’, lançado em 2014. Nota à parte, há uma edição belíssima em vinil, penso que será este disco no seu melhor, editado pela GMR Music Group na Suécia.

A intensidade continua pelos temas ‘Bleeding Sanity’, com uma entrada de melodia épica, logo seguida de ’Soar’, ‘Self Destruction’, ‘Entwined’ e ‘Grainne Mhaol’, por esta ordem. Somos brindados com uma canção nova ‘Lagertha’. Atitude. Poder. Som devastador. Sentimo-nos numa viagem ao universo do peso mais extremo. E que viagem, com o talento desta banda. Brutalmente mágico… O banquete continua ao som de ‘Ghost’, levando a banda a terminar esta primeira parte da sua atuação. Não pôde parar por muito tempo, as pessoas chamavam.

Para o Encore, trouxeram ‘Hammer Smashed Face’, uma cover de Cannibal Corpse, que não deixou ninguém indiferente, e terminaram o concerto com a magistral canção ‘Wrath of Judgement’ do EP homónimo, lançado em 2010. Em jeito de conclusão, foi grande a pegada da banda sueca. É notável a experiência e a capacidade desta banda a virar 10 anos de existência. Para fãs do género, imprescindível descobrir o recente disco ‘Burning Insight’. Cerca da 1h da noite, continuação da festa, daí em diante com o especial convidado para animar em DJ Set, o nosso mestre António Freitas.

Texto e Fotografia por Hélio Cristóvão para a World of Metal
Agradecimentos ao Stairway Club

 

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