Entrevista – Parforce

Os Parforce são um dos bons nomes do underground do heavy metal alemão e recentemente visitaram-nos num cartaz de puro hard’n’heavy onde pontuaram também os Casablanca, os Shivan e os Comandos. Não poderíamos deixar passar esta oportunidade em branco e estivemos presentes para fazer uma pequena mas esclarecedora entrevista aos Parforce. Por João Marcos

WOM – Quais as influências podemos encontrar na música dos Parforce?

Parforce – Os Parforce foram fundados por Micha e Burle no festival Swedenrock, por isso as grandes influências vão desde o hard rock clássico até ao heavy metal melódico. O nosso cantor Jan traz um toque moderno. Ele é jovem e cheio de energia.

WOM – O que é que andam a ouvir agora no carro?

Micha – Eu ando a ouvir Pain – “Live”, Evergrey – “The Storm Within”, Affector – “Harmagedon”, Eclipse – “Armageddonize” e Shivan – a melhor e mais subestimada banda que ouvi. Parabéns Portugal!

Ulf – Amplifier – “The Octupus”.

Jan – Eclipse – “Monumentum”.

Burle – Shivan também.

WOM – Como é para uma banda underground como a vossa para arranjar concertos na Alemanha?

Parforce – Não é fácil. A arte e tempo que investes para que não compensa muito. Houve uma altura em que os bares e clubes gostavam de música ao vivo e davam hipóteses às bandas. Hoje já não importa a música ou entretenimento mas é tudo negócios. Na Alemanha, o princípio de pagar para tocar tem sido aquele que prevalece. Se queres tocar num sítio, tens que pagar.

WOM – Porque é que continuam a tocar com esta idade. Qual a motivação? 

Parforce – Estamos a trabalhar numa máquina do tempo mas enquanto não conseguimos acabá-la, estamos a tocar com esta idade (risos). A motivação é simples. Todos amamos música e adoramos estar com as pessoas que também amam a mesma música que nós. E também adoramos ver quem está à frente do palco e abana a sua cabeça e que não ouve nem tecno, nem rap ou hip-hop (risos).

WOM – E já agora, o que pensam de Portugal?

Parforce – Os portugueses são muito amáveis. É a segunda vez que vos visitamos e em ambas as ocasiões fomos muitíssimo bem recebidos e acarinhados. Os donos das salas são muito porreiros. Fizemos muitos novos amigos em Portugal e não temos como agradecer todos os que nos apoiaram e muito. Um grande agradecimento também tem de ir para o Shivan, para a Maria e a família dela pelo acolhimento que nos deram e pela forma como nos receberam. Cumprimentos a todos.