Overkill – “The Grinding Wheel” Review
1. Mean, Green, Killing Machine
2. Goddamn Trouble
3. Our Finest Hour
4. Shine On
5. The Long Road
6. Let’s All Go to Hades
7. Come Heavy
8. Red White and Blue
9. The Wheel
10. The Grinding Wheel
Duração 60:19
2017 Nuclear Blast
Thraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaash! Já sabemos que o álbum de Kreator era muito aguardado, mas no que nos diz respeito, Overkill ocupará sempre um lugar especial no nosso coração. Sem querer contestar que a carreira da banda teve muitos altos e baixos e que teve inclusive um período criativo medíocre durante parte da década de noventa do século passado e na primeira década do presente século, a sua forma de thrashar sempre nos falou ao coração. Desde o carisma de Bobby Blitz até à liderança de D.D. Verni, Overkill sempre foi a representação de uma banda que não desiste mesmo quando as coisas não correm de feição.
Tal como Kreator, a banda assistiu a um renascimento e ao regresso aclamado um pouco por toda a parte à boa forma com “Ironbound” de 2010, ao qual “Electric Age” e “White Devil Armory” não deixaram esmorecer. E é nesse espírito de thrash metal poderoso e cativante que os Overkill se apresentam com “The Grinding Wheel”. Juntando um saudável feeling heavy metal (que aliás sempre fez parte da identidade da banda e que apenas ficou algo esquecido em álbuns como “From The Underground And Below” e “Bloodletting”) a estilo mais aventureiro e épico – presente em álbuns como “Under The Influence” e “The Years Of Decay” – este é um trabalho que mostra inconformidade.
Fazendo a analogia (a última) com Kreator, é fácil reparar que enquanto os alemãescontinuam a aplicar a fórmula bem sucedida dos últimos trabalhos (nada de errado com isso), os Overkill acharam por bem olhar para trás e ver que elementos do seu passado glorioso e rico podiam incorporar nestes novos temas. O resultado continua a ser um álbum bem forte, não tão imediato como os últimos mas sem dúvida que uma prova cabal que a banda, ao seu décimo oitavo álbum (18!) continua com criatividade suficiente para apresentar algo diferente, mais inesperado e fora da fórmula dos últimos álbuns, e mesmo assim ser bem sucedida. Os mestres estão de volta.