The Great Old Ones – “EOD: A Tale of Dark Legacy” Review
1. Searching for R. Olmstead
2. The Shadow over Innsmouth
3. When the Stars Align
4. The Ritual
5. Wanderings
6. In Screams and Flames
7. Mare Infinitum
Duração 44:12
2017 Season Of Mist
Este é provavelmente o primeiro trabalho de pós-black metal que ouvimos em que sentimos que não existe necessidade de ter o prefixo, embora consigamos entender o porquê dele estar lá. O terceiro álbum dos The Great Old Ones não é a proposta típica de black metal, verdade. Existe aqui muito mais a acontecer do que “apenas” black metal, por isso, à falta de melhor termo, pós-black metal será. E pelo pouco que, confessamos ser pouco, conhecemos da banda, esta assume-se como a sua proposta mais sólida e bem conseguida até ao momento.
Como já devem ter reparado, pela designação da banda, Lovecraft desempenha um enorme papel nestes sete temas (contando com a curtíssima intro “Searching for R. Olmstead” e com o interlúdio “Wanderings”), como tem sido hábito desde o início da carreira do grupo francês. É engraçado pensar a importância enorme que um autor tem no mundo na música, inspirando centenas (milhares?) de músicos para dar atmosfera à sua música. É precisamente pela atmosfera que The Great Old Ones e concretamente, “EOD: A Tale Of Dark Legacy” se destaca.
O facto de termos três guitarristas – e dos mesmos usarem os números para fazerem uma diferença real – faz com que essa atmosfera seja bem conseguida ao longo de quase cinquenta minutos. De tal forma que nem se sente falta dos teclados – para quem acha que não se conseguem efeitos atmosféricos apenas com as guitarras. Um álbum daqueles que surge e que faz com que queiramos ouvir muitas vezes e mesmo assim ficamos com a impressão de que nos está a escapar algo. Diverso, inteligente, pesado e até emocional, este terceiro álbum coloca realmente os The Great Old Ones no centro das atenções.
Nota 9/10
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