The Answer – “Solas” Review
01. Solas
02. Beautiful World
03. Battle Cry
04. Untrue Colour
05. In This Land
06. Thief Of Light
07. Being Begotten
08. Left Me Standing
09. Demon Driven Man
10. Real Life Dreamers
11. Tunnel
Duração 49:11
2016 Napalm Records
Ora por esta é que não esperávamos. Os The Answer, que têm já uma carreira considerável, aparecem com um sexto álbum que nos parece bem mais suave do que aquilo que estávamos à espera. Talvez o problema seja nosso e do facto de termos analisado recentemente (este ano ainda) a reedição do seu primeiro álbum explosivo, que tem precisamente dez anos, e que nos conquistou com o seu poder hard rock explosivo. “Solas” inicia-se com o seu tema-título que apresenta-nos uma toada alternativa, algo que nos fez lembrar o álbum auto-intitulado dos The Cult, lançado na ressaca do grunge.
E não nos impressionou.
Avançando e vamos ficando com a sensação de que não estamos a ouvir a mesma banda que nos impressionou com “Rise”, embora audições mais atentas (e repetidas, muito repetidas) permitam-nos ir mais além do que a melodia e contemplação de “Beautiful World”, de “Battle Cry”, “In This Land”, “Thief Of Light” e “Being Begotten”, e que “Untrue Colour” e “Left Me Standing” são dos poucos casos onde o rock realmente ferve e que mesmo assim parece de forma pálida em relação ao que esperávamos. Se fosse para comparar, e com as devidas distâncias, é um pouco o sentimento do “Houses Of The Holy”, bastante diferente de uma bomba como foi o trabalho anterior. É esse o feeling deste trabalho.
Tal poderá suficiente para que a banda seja posta de parte por quem esperava por um trabalho forte de hard rock como tem vindo sido hábito. No entanto, “Solas” não é um mau trabalho. Não tem uma única música má, nem sequer embarca pelo lado do comercialismo – temos até a sensação de que segue na direcção oposta – o que demonstra o carácter forte da banda e a crença na sua música. Claro que existem sempre consequências de todas as acções pelo que sentimos que aqui elas também poderão existir, mas isso já será algo para capítulos posteriores. Por agora fica um álbum bem mais contido, “mellow” e longe do rock energético de outros tempos.
Nota 6.9/10