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Manowar – “Louder Than Hell” Review

1996, um grande ano para o metal em geral, que ficou na minha memória por ser o ano em que os Manowar regressaram aos álbuns após quatro longo anos. Lembro-me que, ainda na escola, corri depois das aulas para a loja de CDs mais perto para o comprar, após algumas semanas inquietantes de espera. Assim que tive o CD, lembro de abrir o livreto, transformado em poster apenas para apreciar o trabalho de Ken Kelly em grande esplendor (uma das razões, além da Marvel, DC e Image mais tarde, que me levaram a ter uma paixão pelo desenho). Já conhecia a “Return Of The Warlord” – uma espécie de desilusão que só anos mais tarde admiti, uma homenagem/ligação a uma música bastante fraca da banda, “The Warlord” – mas estava em pulgas para ouvir aquilo que na minha cabeça era a sequela do “Triumph Of Steel”.
Pois… nesse aspecto foi uma grande desilusão. Logo à primeira audição “Louder Than Hell” é um pálido reflexo do álbum anterior, para mim um dos melhores de Manowar. Este trabalho marca o regresso de Scott Columbus à bateria, o que foi outra desilusão, já que para mim Rhino tinha um poder insuperável na bateria que nem ele voltou a demonstrar nem os Manowar voltaram a ter. Depois Karl Logan… por muito bom guitarrista que é, e é, parece-nos que é o mais fraco dos três que por lá passaram. Não tem o feeling de Ross The Boss – aliás, comparado com o mestre, tem o feeling de uma batata cozida – nem a fúria de David Shankle.
É um álbum mau? Não. Aliás, comparado com o que viria a seguir, é uma obra prima, o último bom álbum da banda norte-americana, que poderia acabar com a carreira aqui que seria menos doloroso para todos. Existem aqui temas mais apoiados no heavy metal básico (como a já mencionada “Return Of The Warlord”, a “Brothers Of Metal Pt. 1”, “The Gods Made Heavy Metal”, “Number 1” e a “King”) e é essa falta de poder que compromete este álbum, mas mesmo assim, são bons temas dentro daquilo que esperamos da banda. Depois temos a balada que é a mais azeiteira da banda mas que mesmo assim resulta e é com a “Outlaw” e “The Power” que as coisas se tornam mais interessantes e o épico instrumental “Today Is A Good Day To Die” que é uma das melhores (se não a melhor) coisa que a banda fez de nos últimos vinte anos.
Apesar de na altura considerar o álbum uma desilusão, isso não me impediu de o ouvir até à exaustão e de hoje ainda ser eficaz, no entanto, e tendo em consideração tudo que a banda fez depois, era a indicação de que as coisas já não eram o que eram e que as fórmulas aqui estabelecidas foram repetidas ad aeternum nos futuros trabalhos de originais. Ainda assim, um bom álbum de heavy metal.
1. Return of the Warlord
2. Brothers of Metal Pt. 1
3. The Gods Made Heavy Metal
4. Courage
5. Number 1
6. Outlaw
7. King
8. Today Is a Good Day to Die
9. My Spirit Lives On
10. The Power
Duração 50:08
Nota 7.5/10

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