WOM Report – Darkness Is Forever – Year 0 @ RCA Club, Lisboa – 29.12.18
No passado dia 29 de Dezembro, a WoM teve o prazer de assistir à primeira edição do Darkness Is Forever Fest, muito bem organizado pela Amazing Events, que se revelou um excelente programa para terminarmos 2018 em cheio com cinco bandas a darem o seu melhor em palco, de forma a proporcionarem ao público uma memorável experiência visual e sonora.
A primeira banda a abrir as hostilidades vem de terras espanholas e dá pelo nome de Pylar, que nos transportaram para lugares históricos, de preferência, castelos rodeados de grandes bosques, com o seu doom metal de contornos xamânicos e grandes ligações à Mãe Natureza, tamanha é a forma como a banda, cuja identidade dos seus elementos permanece misteriosa e oculta por máscaras e vestes longas, consegue reproduzir determinados sons, criando mesmo a impressão de estarmos noutras dimensões através da passagem de temas dos seus trabalhos como “Pyedra” (2016) ou “A Ella Te Conduce La Sagrada Espyral” (2017). Sem qualquer interaçcão com o público, os Pylar limitaram-se a comunicar através da sua música e elementos cénicos, tendo conseguido muito bem dar conta do recado, deixando os presentes curiosos para descobrir e investigar posteriormente as suas origens, tal é o estado contemplativo com que ficámos. Uma actuação poderosa e inesquecível daquele que é “o segredo mais bem guardado do underground espanhol”, segundo as palavras da banda na sua página de Facebook.
Em seguida, os nacionais Cavemaster liderados por Mário Rodrigues (Karbonsoul, Projekt Noïr), deram o litro, apesar dos problemas técnicos iniciais, mas conseguiram cativar a audiência com o seu black metal puro old school e que pujança de som! Ritmos alucinantes das guitarras, a ambiência majestosa dos teclados, o som trovejante e infernal da bateria e a voz cortante ao comando. Impossível não ficarmos rendidos a esta colossal banda que já leva na bagagem três álbuns magníficos, “ Sob o Abismo do Infinito” (2016); “In Memoriam” (2017) e “Exumação” (2018). A setlist desta terrífica actuação foi a seguinte: “A Morte Que Me Leva Para o Abismo”; “Extinção”; “Existência Sem Existir”; “Falsa Profecia”; “Ódio, Caos, Ira, Destruição”; “Vida Perdida”; “Negro Culto” e “Sede de Sangue”.
Para acalmar as hostes, contámos com a ajuda do duo proveniente da Invicta, que dá pelo nome de OAK, e que nos apresentaram os seus temas de funeral doom/death metal, nomeadamente “Sculptures” a ser incluído no seu primeiro álbum de longa duração com edição prevista para este ano de 2019. Tendo já uma vasta legião de seguidores e um brilhante design em termos de merch, os OAK deram um concertão daqueles de arrepiar a espinha e deixaram-nos em modo de espera pelo seu primeiro opus. Esperemos que voltem rápido.
A surpresa da noite veio da Noruega, os Uburen arrasaram por completo o público com o seu viking metal, a provocar os primeiros crowdsurfings, debitando grandes malhas dos seus trabalhos editados. Agradeceram bastante ao público com um perfeito “Obrigado!” e ensinaram-nos como se brinda em norueguês “Skål”(lê-se skôl), de forma a festejar “a nice time we’re having on stage with you!” Setlist demolidora: “The Mountains Weep”; “Draug”; “Oskoreia”; “Our Land on Fire”; “Som Var”; “Entrance to Valhalla”; “Remembrance” e “Blood Eagle”.
Para terminar em cheio, os mui aguardados Harakiri For The Sky, que vieram directos da Áustria para nos brindarem com uma actuação consistente e memorável, baseada no seu quarto álbum de originais, intitulado “Arson” (2018), mas algo fria devido à falta de interacção com o público, nem mesmo uma palavra de agradecimento, apenas um dos membros fundadores do duo, que conta com a ajuda de músicos de sessão ao vivo, veio cumprimentar alguns fãs e distribuir autógrafos.
Texto por Sandra Nunes
Fotos por Hélio Cristovão
Agradecimentos Amazing Events
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