WOM Reviews – Ignited / Michael Sweet / Nasty Ratz / FearyTales / Dragonlore / Mallet / Mantar Bhandal / Veritates
WOM Reviews – Ignited / Michael Sweet / Nasty Ratz / FearyTales / Dragonlore / Mallet / Mantar Bhandal / Veritates
Ignited – “Steelbound”
2019 – Edição de Autor
Os brasileiros Ignited dão um passo importante com este disco, pois a terem a sorte do lado deles, “Steelbound” poderá abri-lhes muitas portas mundo fora. O som deles parece disparar em todas as direções de forma arrasadora não deixando pedra sob pedra. Um excelente disco de Power Metal, carregado de emoção, pujança com alguns riffs a soar algo sombrios, mas dando o toque necessário para aquilo que é o contexto lírico de “Living In The Dark”. Deixo um aviso, preparem-se para 50 minutos de audição intensa e acreditem que muito teria para dizer sobre “Steelbound”, mas acima de qualquer outras palavras reforço a indicação de ser uma ENORME disco! Descubram-no!
10/10
Miguel Correia
Michael Sweet – “Ten”
2019 – Massacre Records
Michael dispensa apresentações e na minha opinião qualquer que seja a sua aposta musical, a coisa é de levar em consideração e pode-se sempre afirmar que é aposta ganha, pois, a sua versatilidade e inspiração nunca param de nos surpreender, seja a solo seja dentro da banda que o projetou para a cena, nomeadamente nos anos 80 que são os Stryper. “Ten” é a prova disso mesmo, e como o nome indica é o seu 10º trabalho solo!!! Então, “Ten” tem de tudo aquilo que já o musico já nos habituou mas aqui o que dá gosto sentir e ouvir é a lista de convidados que nele participaram e falo de Jeff Loomis, Gus G, Joel Hoekstra, Tracii Guns, Todd La Torre, Richard Ward, Howie Simon, Marzi Montazeri e Mike Kerr, possivelmente algum me deve ter escapado…normal, mas tais colaborações dão um toque diferente à mentalidade e linha orientadora na composição de Michael. É sempre demais fazer uma audição a um trabalho tão conceituado!
10/10
Miguel Correia
Nasty Ratz – “Second Chance?”
2019 – Sleaszy Rider Records
Sem conhecermos nada dos Nasty Ratz e apenas graças à sua música – por vezes é bom meter som a dar sem olhar para capas, comunicados de imprensa ou seja o que for – ficámos rendidos com a forma como eles rockam como se não houvesse amanhã. Com melodia, com garra e até com um pouco de azeite, sim. Mas tudo resulta da melhor forma nestes dez temas que sem grandes pretensões, cumprem a sua função sem qualquer tipo de esforço. Até nos fazem sentir que é simples escrever um álbum com temas catchy e refrães que suportam a passagem das muitas audições sem meter raiva ou desejar cortar os pulsos por termos sido vítimas de lavagem cerebral. Surpreendentemente eficaz.
8/10
Fernando Ferreira
FearyTales – “FearyTales”
2019 – Buil2Kill Records
FearyTales são um grupo Italiano de power metal, misturam o heavy metal com algumas influências do neoclássico, ao bom estilo de outras bandas suas conterrâneas. A voz limpa alternada com gutural que funciona bastante bem no meu entender, dando assim alguma originalidade ao antigo conceito, instrumentalmente bem concebido; mistura poderosos solos de guitarra, riffs cuidados tal com uma bateria frenética. No seu homónimo trabalho presentearam-nos com temas como o “culto de la morte” uma música mais melódica e dramática, ao que contrasta com o tema “ Ascencion”, já num ritmo mais acelerado e dinâmico. O pequeno trocadilho do seu nome funciona bem fear/fairy, conceito já muito utilizado no power metal, tal como a temática dos contos e fantasia medieval, podemos comparar com bandas como Raven, Running Wild, Rage e Grave Digger.
7/10
Nídia Almeida
Dragonlore – “Lucifer’s Descent”
2020 – Pure Steel Records
Oriundos do norte da America, os Dragonlore fazem a sua estreia com um som Heavy Power Metal com uns toques trashy fazendo lembrar os old school Overkill e Metal Church. Influências à parte, o que se pode dizer deste disco é que se trata de uma audição acima da média, pelo menos para mim, fan de toda esta “turpe” metálica, desde sempre. A secção rítmica faz um trabalho muito com uma vez que há por aqui excelentes riffs a voz de Joe Lawson deixam fortes indicadores de um futuro de sucesso… Deixo indicação para algumas faixas entre as quais destaco “Lucifer’s Descent”, Hand Glory”, mas, olhem que a escolha foi difícil! Este é o primeiro disco, como referi anteriormente, mas deixo o aviso que não devem dormir à sombra dos louros que dele possam recolher pois a sonoridade ainda precisa de algum equilíbrio para chegar ao topo.
8.5/10
Miguel Correia
Mallet – “Rock’n’Roll Heroes”
2020 – Edição de Autor
Os Mallet são uma banda de rock fundada em 1979, na Alemanha. Neste momento em forma de trio a banda tem como currículo suporte para nomes como os Scorpions, Deep Purple e Status Quo, sem dúvida grandes oportunidades de se mostrar. Este disco serviu para o meu primeiro contato com eles e com o seu trabalho, apesar de tantos anos de existência, para mim eram uns ilustres desconhecidos! Mas, falando de “Rock’n’Roll Heroes”, é falar de 14 temas originais muito dinâmicos musicalmente, estruturados num rock clássico e muito melódico. Recomendo.
8.5/10
Miguel Correia
Mantar Bhandal – “Equivalent Exchange”
2019 – Dark Essence Records
Single à antiga, onde temos um lado B – pelo menos em vinil, já que a versão digital abaixo surge apenas o tema “Deeper”. E por falar neel, temos uma grande malha, melódica e imediata de uma forma quase cinematográfica – aquele “ahum ahum ahum” é como se nos fizesse uma tatoagem no cérebro. No lado B temos a “The Benevolent Pawn” registado ao vivo que nos surge com um som algo estranho mas ainda assim, é um ponto positivo na aquisição do vinil. Quem quiser só o single digital, também não fica a perder.
8/10
Miguel Correia
Veritates – “Killing Time”
2020 – Pure Steel Records
Da Alemanha mais um produto Heavy Metal de nome Veritates. O que nos propõe com este disco é uma audição sem deslumbrar, globalmente algo inconsistente, mas, que no fundo e depois de ouvir várias vezes fico com a ideia de que a banda poderá melhorar no futuro. O que mais me defraudou neste disco foi a necessidade de o ouvir várias vezes para o tentar “encaixar” de alguma forma naquilo que estava a fazer. Por vezes sentir composições algo complexas que não entram tão facilmente, mas ao mesmo tempo sentir que a qualidade está lá, sim, sem dúvida! “The Past Is Death” é uma forte abertura, muito clássica, com bons riffs e vocais que se destacam, mas a coisa nem sempre é assim e como referi anteriormente há opções que não são benéficas para aquilo que poderia ser o caminho a trilhar. Quem sabe no futuro a coisa afina e a banda me conquista de forma definitiva.
7.5/10
Miguel Correia