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WOM Reviews – Conception / Alex Henry Foster / Terry Draper / Svengahli / Lost Symphony / Mindtech / Hex A.D. / Flight Of Eden

WOM Reviews – Conception / Alex Henry Foster / Terry Draper / Svengahli / Lost Symphony / Mindtech / Hex A.D. / Flight Of Eden

Conception – “State Of Deception”

2020 – Factory Label

Regresso dos Conception mais de vinte anos. Como é que se gerem as expectativas de uma banda que está sem lançar álbuns desde 1997? Principalmente uma banda que se tornou culto entre os apreciadores do metal progressivo. Acabaram em 1998 mas nunca deixaram de ter deixado marcado o seu lugar no meio da música pesada e “State Of Deception”, sem expectativas, não desilude. É exactamente o que se espera deles. E é um álbum que consegue ser visto como uma evolução natural de “Flow”, de 1997, como ainda soar totalmente integrado nos tempos em que correm. Também ajudará, o facto de contar com os mesmos músicos, com Roy Khan a liderar. Trabalho que faz esquecer o tempo mas que lembra aquilo que sempre gostámos neles.

9/10
Fernando Ferreira

Alex Henry Foster – “Windows In the Sky”

2020 – Hopeful Tragedy Records / Sony Music Entertainment / The Orchard

O nome Alex Henry Foster poderá soar familiar aos fãs de pós-rock. Mais concretamente aos fãs dos Your Favourite Enemies, banda onde Foster é frontman. E apesar do seu trabalho a solo, o primeiro, se possa encaixar no género pós-rock, há todo um conceito de spoken word que absorve por completo quase toda a totalidade do álbum. “Windows In The Sky” é como que declamar poesia com música a acompanhar, havendo uma desconexão aparente entre os dois mundos que estão bem ligados. Há também um certo feeling levemente) psicadélico que também nos vai envolvendo. Sem dúvida que este é um trabalho que vai cativar todos os fãs de pós rock e muitos mais.

9/10
Fernando Ferreira

Terry Draper – “Sunset On Mars”

2020 – TerryTunes Records

Este foi o meu primeiro contacto com o estilo Progressive Pop, e devo dizer que foi estranho. Muito estranho. Habituada a sonoridades de rock e metal progressivo, a inovação sonora aliada a elementos de pop não foi surpresa mas não deixou de ser toda uma aventura, num mundo novo. E depois desta introdução, Sunset On Mars é o álbum de 2020 de Terry Draper. Um álbum conceptual, de tema Espacial, que nos fala de uma Terra destruída, e na importância do nosso papel nesse destino. As músicas são incrivelmente orquestradas e senti muito uma influência/mistura de Beatles meet Space em algumas musicas (ou António Variações and the green men from Mars). A musica de entrada abre a história com um belo pôr de sol em Marte “Sunset in Mars”, rico em sons ambiente, só faltando uma bebida fresca para acompanhar. “All of Our Days” trouxe-me à memória António Variações e o álbum contínua de uma maneira tão variada, que o fio condutor é a “estranheza” que o caracteriza. “Terminus Politicus” chega a ser catchy em muitas partes. A ultima musica, para mim, fecha o álbum com chave de ouro “If I only had a brain” e conclui a história de uma forma fantástica (e sim, é uma musica muito Oz, faz tanto sentido). Tenho a plena sensação que é um álbum que ganharia outra dimensão se eu tomasse uma ou outra substância psicotrópica. “Navegar na maionese cósmica” ganhou um novo sentido, para mim, a ouvir esta obra. Se quiserem ouvir algum que vos surpreenda e não tenham contacto com este estilo, dêem uma chance a Sunset On Mars. Terry Draper não vai desapontar.

7/10
Filipa Nunes

Svenghali – “Nightmares Of Our Design”

2020 – Edição de Autor

Svengahli são uma banda de Death Metal Progressivo. Voz limpa contrasta com um gutural bem ao estilo do Death, riffs pesados, instrumental composto por longos instrumentais, melancólico com um tracinho de Doom. Dão-nos a conhecer o seu EP “ Nightmares Of Our Own Design”, Não dei destaque a nenhuma música em particular, pois as quatro musicais interligam-se para contar uma só narrativa. Recomendo vivamente este trabalho, principalmente a fãs de Opeth.

8/10
Nídia Almeida

Lost Symphony – “Chapter I”

2020 – XOff Records

Esta foi uma excelente surpresa. Lost Symphony não é uma banda. É mais um projecto que junta uma tonelada (literalmente, uma tonelada!) de mestres como Marty Friedman, Bumblefoot, Oli Herbert (entretanto já falecido), David Ellefson, entre muitos outros. Todos reunidos à volta de Benny Goodman (multi-instrumentista e produtor), Brian Goodman (o seu irmão, que se ocupa da composição e arranjos orquestrais), Cory Paza (baixista), Kelly Kereliuk (guitarra), Paul Lourenco (bateria) e Siobhán Cronin (dos Starset nos violinos, eléctrico e acústico e viola). Como já dissemos muitas vezes no passado, não interessa termos muitos nomes se a música não for superior a tudo isso. E realmente é. Instrumental, mas longe de ser apenas mais um álbum de shredd. Sinfónco mas sem cair em exageros de virtuosismo orquestral. Tudo em boa medida e equilíbrio num álbum que é um sucesso criativo – e consta que o capítulo dois já vem a caminho.

8.5/10
Fernando Ferreira

Mindtech – “Omnipresence”

2020 – TriTech Music

Os Mindtech, provenientes de Oslo, Noruega, têm já quase uma década de actividade, mais do que isso se contarmos com o período em que foram Beyond Flames, entre 2007 e 2008. São donos de um som altamente progressivo e vanguardista que contém temas futuristas e polémicos, com “Omnipresence” a ser o seu mais recente lançamento. Apesar de este ser apenas o seu segundo lançamento, a maturidade é já perceptível com faixas muito bem compostas, melodias intoxicantes e viciantes e sonoridades realmente progressivas que denotam uma forte coesão entre o grupo. Mathias Indergård encabeça o grupo com vocais esplendorosos em cada tema, sendo “The Big Question”, “The Lotus Eyed”, “Standing Tall”, “Through the Veil” e “Brahman” os destaques deste segundo disco.

8/10 
João Braga

Hex A.D. – “Astro Tongue in the Electric Garden”

2020 – Fresh Tea

Hex A.D. são uma banda Norueguesa de Heavy Metal Progressivo; considero som desta banda inovador pois vão buscar as suas inspirações a bandas de décadas passadas, mas com uma sonoridade bem mais pesada que a do hard rock tradicional, melodias épicas, a voz é limpa mas não demasiado aguda ( que funciona bem na minha opinião).  Presenteiam-nos com o seu novo álbum “ Astro Tongue in the Electric Garden”. Destacam-se os Temas “Hawks e Doves ” e “Old Bones”, músicas melódicas, com componentes do Progressivo e riffs ao estilo do Heavy metal.  Recomendo sem dúvida este novo trabalho da banda, podemos comparar com bandas como Running Wild e Masterplan.

8/10
Nídia Almeida

Flight Of Eden – “Dante’s Inferno”

2020 – Edição de Autor

Acredito que este EP vai surpreendente muitos fãs de metal progressivo, mesmo daqueles que não gostem assim tanto de peso (meus amigos, se tiver metal no peso, deverão esperar algum peso) já que a banda tem algumas influências de death metal moderno. No entanto a melodia e o bom gosto nos arranjos parecem imperar acima de tudo o resto. As músicas sucedem-se como se fossem diferentes capítulos do mesmo livro – e ainda são nove capítulos. Um EP com sabor a álbum, que é sentido como tal. Boa surpresa e mais uma excelente banda.

9/10
Fernando Ferreira

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