Review

Máquina do Tempo Reviews – Dysemblem / Rotting Christ / Cabal / Madvice / Cryptivore / Assumption / Strangers / Lykantropi

Dysemblem – “Autotomy”

2019 – III Damnation / Immortal Bytes

Founded in 2012, Dysemblem is a British duo dedicated to the death metal variety. However, this isn’t your typical style of death metal, at least in what concerns their most recent release: Autotomy (2019). At the beginning of this album, the sound starts very slow paced and distorted to the point that you think they forgot to tune their guitars before starting recording, however this quickly goes away with the second track that, despite its rhythm being always the same, manages to create a beautiful and hypnotizing sonority that promises to break a lot of necks on its path. From that point on, the album starts demonstrating its many different features, for example my favorite (the track Horns) in which the sound takes a beautiful turn to more balanced sounds which involve a lighter guitar (that even reminded of the lighter heavy metal by Black Sabbath on Symptom of the Universe) but always with the death metal guttural vocals, mind you. I found incredible how every track stood out in different points on the “death metal spectrum”, from heavier to lighter, and that’s a remarkable thing in my book. The strangest thing that I found, as a matter of personal taste of course, was the way the last three tracks were interconnected: I suspect that initially it was a long track that was then divided into three, because they are basically the same rhythm and overall sonority (principally the first two); however that isn’t really criticism, just a suspicion that I think is noteworthy. That being said, even if you don’t like the first tracks, it’s highly advised that you try more than one, because in this positively loose album there’s an abundance of styles and sonorities to the point that you are bound to appreciate at least one of them. I for myself, liked about 80% of the album (the middle section in this case), for its moderate intensity and by managing to create such a quality product without any type of fancy sounds.

8.5/10

Review por Matias Melim


Rotting Christ – “Sanctus Diavolos”

2004 / 2019 – Sleaszy Records

Não conseguimos encontrar uma razão para a reedição deste trabalho dos Rotting Christ, já que não traz nada de novo. É talvez uma forma de disponibilizar novamente o álbum para o novo público, sem os brindes do costume. “Sanctus Diavolos” é um álbum marcante na carreira da banda sem o ser verdadeiramente. Continua a metamorfose que a banda tinha andado a fazer nos trabalhos anteriores, largando progressivamente a costela mais gótica do final da década de noventa e introduzindo novos elementos que até ganham contornos mais sinfónicos. Continuamos a ter as melodias de guitarra e começamos a ter também o lado mais ritualista da banda que se formos a ver sempre fez parte de si mesmo quando se pensa que não. Não sendo um trabalho que os fãs se lembrem (ou até mesmo a banda, na hora de escolher o alinhamento, pelo menos nos últimos tempos) temos aqui grandes malhas, como a já clássica “Serve In Heaven” ou o tema-título.

8.5/10

Review por Fernando Ferreira


Cabal – “Midian”

2000 – 2019 Vic Records

A nossa mente está tão pouco habituada às mudanças que fez-nos confusão pensar como algo lançado em 2000 sendo um clássico mas é isso mesmo que temos aqui por parte dos Cabal, uma banda que dentro do death e do thrash metal até tinha uma sonoridade old school tendo em conta o ano em que foi lançado mas que isso não lhe retiram nem um bocado do seu impacto. Pequeno álbum (pouco mais de meia hora) mas com sete músicas que falam ao coração de qualquer fã de thrash metal. Não conhecíamos e só por causa disso temos que ficar gratos à Vic Records, porque esta ida ao baú valeu mesmo a pena.

9/10
Review por Fernando Ferreira


Madvice – “Everything Comes To An End”

2018 – Time To Kill Records

Interessante Estreia por parte dos Madvice, que também tém uma capa muito interessante. Sonoridade dentro do death metal melódico com um pé na tradição sueca (a banda é italiana) e outro nas tendências mais modernas embora a balança tenha tendência a pender mais para o lado tradicional – uma “The Gate” até nos remete mesmo para os finais da década de noventa. Apesar das referências indicadas, tenho que salientar que isto não cheira a algo requentado por terceiros. A banda consegue estabelecer uma identidade ou pelo menos o início da construção de uma. Ficamos com expectativa para ver aquilo que nos vão trazer no futuro. Nota para a surpresa na forma da “Everybody Wants To Rule The World” que não sendo má (aliás, é muito boa até) deveria ter surgido no final do disco mesmo e não como sétima faixa. Detalhes.

8/10
Review por Fernando Ferreira


Cryptivore – “Unseen Divinity”

2017 – 2019 Vaginal Autopsy Records / Dawning Septic Productions

Reedição da demo de estreia dos australianos Cryptivore que nos trazem um death metal cru, meio sueco mas com afinidades pelo grind. A mistura resulta bem e estes temas acabam por nos cativar para algo mais, sendo um ponto de partida interessante. Aos sete temas originais (contando com a outro “Paralysis”) juntam-se três temas bónus que são um atractivo interessante. Ficamos a aguardar que esta reedição motive a banda a lançar mais qualquer coisa.

7.5/10
Review por Fernando Ferreira


Assumption – “The Three Appearances”

2014 – 2020 Everlasting Spew Records / Sentient Ruin Laboratories

As três aparições… fiquei curioso com o título deste EP dos Assumption, originalmente lançado em 2014 e agora recuperado pela Everlasting Spew Records. Death/doom cavernoso como manda a lei e que é feito para os fãs die hard da coisa. Por acaso até nos inserimos no lote mas acreditamos que aqueles que não se inserem possam ter algumas dificuldades. Bem, dos fracos não reza a história e este é um EP old school como já não se vê muito hoje em dia. Atenção ao tema-título, épico com mais de doze minutos.

8/10
Review por Fernando Ferreira


Strangers – “Brand New Start

2019 – Maldito Records

I must admit that I didn’t do my homework this time. Many times, making reviews consists in more than listening to an album; it involves also researching about the bands that come to us, thing that I didn’t do this time. I just put the album in my playlist and listened to it so that I could comment on it. This album is divided in 9 tracks with strong rhythmic bases and good melodies. I was blown away with tracks such as “The Wind”, “Wake Up” and also the opening track “Higher Again”. It’s an album that I admit to be, in the whole, very capable and full of marks of Melodic Rock. Oh ok, Strangers are a band from our neighboring country and if they are that close, they could come over to our country.

10/10
Review por Miguel Correia


Lykantropi – “Lykantropi”

2017 / 2020 – Despotz Records

Para além de mobília e almôndegas, se há coisa que a Suécia tem exportado para o mundo são bandas revivalistas dos anos 70. No caso do rock dos Lykantropi não nos ficamos pela simples influencia, mas na total imersão na época, um pouco como se alguém tivesse gravado um álbum á 45 anos que só agora viu a luz do dia. Lançado originalmente em 2017, o álbum auto-intitulado da banda sueca é agora reeditado depois do lançamento em 2019 de “Spiritousa”.O single “Black Old Stone”, que abre o trabalho de estreia, dá o estilo para tudo o que se segue, rock dos anos 70 com tons de folk, cantado com voz masculina e feminina e toques de ocultismo. Quem se deixar enfeitiçar por esta proposta, vai encontrar mais umas quantas pérolas neste álbum como “Light Night”, “Blue Eyes” ou “Dödens Dans” que fazem valer a pena a audição deste trabalho. Fica no entanto um sentimento que falta algo, provavelmente uma personalidade mais forte que eleve “Lykantropi” acima de um mero exercício de nostalgia.

7/10
Review por Filipe Ferreira


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