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WOM Reviews – Dropdead / Kratzer / Daufødt / Citizen Rage / Ghost:Hello / Night Goat / The Carvels / King Bull / Köter

WOM Reviews – Dropdead / Kratzer / Daufødt / Citizen Rage / Ghost:Hello / Night Goat / The Carvels / King Bull / Köter

Dropdead – “Dropdead”

1993 / 2020 – Armageddon Label

Não é fácil distinguir os lançamentos de uma banda que tem todos os álbuns com o mesmo nome – ou seja, a própria designação da banda). Neste caso nem é problemático, vindo de quem vem. Com qualidade assegurada, basta apenas dizer que este é o de 1993 e que é mais um conjunto de bujardas punk/grind perante as quais não temos qualquer defesa. Aliás, nem se quer ter. Já lá vão quase três décadas e mantém-se tão acutilante como na altura, testemunho para a sua qualidade. Também ajuda o upgrade sonoro dado pela masterização de Brad Boatright. Vamos mas é lá partir isto tudo!

9/10
Fernando Ferreira

Kratzer – “…Alles Liegt In Scherben”

2020 – 7 Degrees Records / 783 Punx

Chris Reese e Tom Dring dos Corrupt Moral Altar têm uma nova aventura musical, estes Lake Baihal, e apesar de ser apenas um tema, em termos de duração, podemos dizer que se trata de um EP já que são quinze minutos, numa autêntica viagem de montanha-russa, com vários géneros a juntar-se do black ao doom metal, onde até solos de saxofone se fazem sentir. Tudo flui de forma perfeita. De tal forma que a cada vez que ouvimos há novos pormenores a surgir e novas perspectivas. E é apenas um tema. Imaginem um álbum inteiro.

9/10
Fernando Ferreira

Daufødt – “1000 Island”

2020 – Fysisk Format

Há algo de especial no punk/hardcore escandinavo. Os norugueses Daufødt são o mais recente exemplo que nos surge aqui para comprovar esta regra. Um álbum de estreia abrasivo e monstruoso cuja capa não é mais do que um tímido (e enganador) aviso daquilo que vamos encontrar aqui. É certo que o maior elemento corrosivo é mesmo a voz de Annika, a vocalista da banda, que tem um timbre monstruoso. Uma banda para ter em conta, está dado um aviso muito sério em forma de doze faixas curtas.

8/10
Fernando Ferreira

Citizen Rage – “Black”

2020 – Wasted Wax Records

Hardcore com espírito thrash mas sem ser propriamente crossover. É uma forma de definir os Citizen Rage. Dedo (ou pé até) na ferida e um sentido de revolta que é mais que jusificado nos dias em que vivemos. São quatro temas curtos que não chegam aos dez minutos mas são mais que suficientes para garantir muita acção fisíca com tendência para movimentos compulsivos de arremesso de todos os objectos por perto. Parece algo perigoso mas é bastante benéfico à alma, garantimos. O punk que há em nós precisa disto, mais que nunca.

8/10
Fernando Ferreira

Ghost:Hello / Night Goat – “Split”

2020 – Interstellar Smoke Records

Split que junta duas bandas de Ohio que combinam muito bem com um rock alternativo, meio apunkalhado na atitude mas com um pedigree que os permite (e a nós que os ouvimos) ir ao espaço e voltar. Space rock punk? Porque não, uma espécie de actualização dos Hawkwind com um Lemmy a querer modernizar as coisas mas com os pés mais acentes na terra e menos no LSD. Space rock psicadélico sóbrio? Pode ser. Seja o que for, é bom.

8/10
Fernando Ferreira

The Carvels – “Live At The Cutting Room”

2020 – Die Laughing Records

A primeira vez que se ouve este álbum dos The Carvels, um nome aparece logo em mente de imediato: The Ramones. Depois ao procurarmos mais informações sobre eles, verificamos que são mesmo uma das influências do grupo, junto com Blondie e os Heartbreakers, além de também ir buscar um pouco influências de girls band da década de sessenta e do psicadelismo que começou a despontar nessa altura (lá muito ao fundo). Aquele ambiente da década de cinquenta e inícios da de sessenta está muito presente, principalmente pelo saxofone que dá o toque extra de classe. Pouco mais de vinte minutos de boa disposição e boa onda que tem um encanto retro interessante.

7/10 
Fernando Ferreira

King Bull – “What Happened Here?”

2020 – Riot Records

Fuzz apunkalhado, é logo o que está em cima da mesa quando se pode ouvir “Pay Attention”, o tema que abre as honras do EP dos King Bull. Descomprometido de forma honesta (ou seja, não é nada que encaixe nos padrões da música retro e vintage que está na moda), estes temas vão até à essência do rock norte-americano e junta-lhe aquele sentimento proto-punk de bandas como New York Dolls enquanto se cruza com outras coisas mais modernas. Boa onda que fica e um EP que se ouve muito bem.

7/10
Fernando Ferreira

Köter – “Blah”

2020 – Ambulance Recordings

Assumem-se como punk mas a sonoridade com que nos brindam é mais rock que outra coisa. Mesmo que seja um rock excêntrico. Os alemães trazem três temas que rockam de forma pouco vulgar mas que de qualquer forma rockam. É pela forma como não é fácil de definir que o que fazem que a sua música é tão eficaz. Espera-se mais, pelo menos para ver se conseguimos defini-los de forma melhor do que apenas espécie de rock apunkalhado sem ser muito punk.

6.5/10
Fernando Ferreira

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