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WOM Reviews – Fireforce / Satan’s Fall / Dangerous Time For The Dead / Lords Of Black / Thrust / Ashen Reach / 1945 / Goblins Blade

WOM Reviews – Fireforce / Satan’s Fall / Dangerous Time For The Dead / Lords Of Black / Thrust / Ashen Reach / 1945 / Goblins Blade

Fireforce – “Rage Of War”

2021 – Rock Of Angels Records

A sonoridade power metal americana é daquelas que facilmente se reconhece numa audição. Aqui foi logo no primeiro acordo que percebi o que me esperava em “Rage Of War”, mas a surpresa veio com o passar da mesma, uma vez que este disco dos belgas Fireforce surpreende muito ao longo de cada faixa. Mantendo seu próprio estilo, a banda oferece aos seus ouvintes uma ótima audição e um ataque à nossa mente sem precedentes. Há muitas melodias furiosas, umas rápidas e outras mais ritmadas rápidas, mas todas mostrando o power dos FF e com o selo de uns vocais cheios de garra e dinâmica e onde há ainda espaço para um tema mais calmo, falo de “Forever In Time”. “Rage of War” é para um dos melhores álbuns dos FireForce e com muita pena minha não posso dar mais do que aquilo que vou dar.

10/10
Miguel Correia

Satan’s Fall – “Final Day”

2020 – High Roller Records

O ano não poderia acabar da melhor forma com heavy/speed/power metal tradicional. Ainda mais quando nos surge de uns “novatos”. Entre aspas porque a banda já tem cinco anos de carreira com uma demo e um EP editados, mas só agora chegou o álbum de estreia. Um álbum que tem mesmo aquela garra e aquele sangue na guelra que é suposto que as bandas estreantes terem. Nem sempre isso é tudo. Quando surge aliado a um conjunto fortíssimo de temas, então é mesmo o pacote completo. E é verdadeiramente o pacote completo. Heavy metal que entusiasma e faz recuar até aos primórdios, não do género, mas do primeiro contacto com o estilo. O entusiasmo de ficarmos apaixonados por toda uma mística que era totalmente nova. É essa ingenuidade e essa paixão que temos aqui à tonelada.

9/10
Fernando Ferreira

Dangerous Time For The Dead – “Dangerous Time For The Dead”

2020 – Edição de Autor

Da Holanda para o resto do mundo com toda a vibe da NWOBHM dos anos 80 eis os Dangerous Time For The Dead e o seu EP de estreia. Quatro temas, análise simples e direta. Então, ao ouvir esta proposta senti-me na minha adolescência quando comecei a descobrir a música mais pesada e isso afetou-me de tal forma que ainda hoje me bate com tudo. Este EP parece saído diretamente dessa época, chamada de ouro, com aquela sonoridade muito crua, pesada e hoje direi clássica. Solos épicos, toda uma abordagem enérgica e poderosa é assim que soam os holandeses e fiquem atentos porque se as condições permitirem depressa vão ser falados!

10/10
Fernando Ferreira

Lords Of Black – “Alchemy Of Souls – Part I”

2020 – Frontiers Music

Lembro-me de ter feito a review do impressionante “Icons of the New Days”, disco que me motivou a chegar à fala com Tony Hernando, guitarrista e mentor dos Lords Of Black, e que não me trouxe a novidade de ouvir Ronnie, uma vez que antes já tinha visionado e ficado deslumbrado com um concerto dos Rainbow, onde percebi estar perante um vocalista com capacidades fora do normal, aliás, só podia, para estar ali, e para confirmar isso basta ver as suas mais recentes colaborações.

Agora com novo trabalho o que há a dizer? Bem, a linha é a mesma, aqui temos tudo aquilo que levou os Lords Of Black a sair do underground para a ribalta: a força e destreza mantém-se e claro, aliadas ao peso e melodia e ao power de uma voz que completa ou que é completada pelas equilibradas e brilhantes linhas musicais ouvidas em cada tema, tornando-o provavelmente no álbum mais eclético e ousado até hoje da banda.

Nota final para aquilo que também pode representar este disco. O ano de 2019 foi uma espécie de hiato para Romero na banda, levando a que Hernando fizesse o teste a vários nomes para o seu lugar, onde ao vivo até surgiram nomes como Diego Valdes (Dream Child) e Dino Jelusick (Animal Drive).

10/10
Miguel Correia

Thrust – “The Helm Of Awe”

2020 – Pure Steel Records

Os Thrust, sem serem um caso de sucesso estonteante do heavy/power metal norte americano, tem vindo a apresentar bons trabalhos nos últimos cinco anos, altura em que tornaram mais frequentes as edições. Nem sempre quantidade é qualidade (até costuma ser o inverso) mas neste caso sente-se que a banda está cada vez mais a solidificar a sua fórmula de heavy metal tradicional. “The Helm Of Awe” apresenta muitos poucos passos ao lado – “Killing Bridge” poderá assim parecer mas é apenas um tema que necessita um pouco mais de insistência. Para quem gosta de heavy metal, sem dúvida uma paragem mais que recomendada.

8/10
Fernando Ferreira

Ashen Reach “Homecoming”

2020 – Edição de Autor

Cenário mais comum nos dias de hoje, termos bandas que lançam álbuns de estreia que são aguardados. Bandas que já exploraram o seu devido caminho pelos spotifys e youtubes desta vida. Ainda assim o caminho até aqui não foi nada fácil, com algumas mudanças de formação inesperadas mesmo após da grande oportunidade que foi abrirem para os Bullet For My Valentine. E isso não os impediu de chegarem ao álbum, mais fortes que nunca. Ou pelo menos assim nos parece, com um hard n’ heavy moderno e ligeiramente alternativo. O som é original na medida em que não conseguimos identificar referências ou influêcias óbvias. Boa estreia e uma banda que tem motivos para se encontrar no centro das atenções.

8/10 
Ferenando Ferreira

1945 – “Act 1”

2018 – Edição de Autor

EP de estreia dos espanhóis 1945 – nome estranho – que nos trazem heavy metal cantado em inglês – algo que também é pouco comum. Sem ser muito explosivo, o que se destaca mais destes temas é voz de Sarah Garcia, a vocalista que tem um tom rouco e pouco melódico. Os temas são interessantes apesar de ainda embrionários do que poderá ser um grande heavy metal que precisa de mais tempo para maturar mas que consegue ter uma boa base no que apresenta.

6/10
Fernando Ferreira

Goblins Blade – “Of Angels And Snakes”

2020 – Massacre

Musicalmente, o som neste álbum é o padrão do power metal, agressivamente misturado com riffs de guitarras muito diretos aos nossos ouvidos. Por sorte começo esta review depois de ouvir outra dentro do mesmo género que não vou referir aqui, mas que me ajuda a perceber que este disco fica a léguas em termos de qualidade e composição. Há muitos clichés, pouca originalidade e assim facilmente vai ser um disco que vou passar à frente! Não me convenceu nem por um momento.

5/10
Miguel Correia

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