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WOM Reviews – The Osiris Club / Venus Syndrome / Hollow / Kosmodome

WOM Reviews – The Osiris Club / Venus Syndrome / Hollow / Kosmodome

The Osiris Club – “The Green Chapel”

2021 – No Profit Recordings / Bad Elephant Music

Como anunciado, aqui está o segundo álbum dos The Osiris Club que tínhamos em cima da nossa mesa. E entra logo a mantar. “Phantasm” é um excelente início de álbum, um tema fortíssimo que junta tanto as sensibilidades space-rock e psicadélicas assim como tem sempre aquela tonalidade alternativa que em conjunto com outras coisas torna tudo mais interessante. E este é um álbum que evoca inúmeras influências, musicais e de literatura, que vão de Killing Joke e King Crimson a Voivod e Black Sabbath. Essa desconcertância psicadélica é aquilo que a banda já nos está habituada a trazer. Não faz com que a sua música seja imediata (nem quer para os fãs de som pesada nem para quem gosta de som progressivo) mas é sem dúvida muito mais interessante. Cheio de detalhes, está aqui um álbum que há sempre algo de positivo a retirar.

8.5/10
Fernando Ferreira

Venus Syndrome – “Cannibal Star”

2021 – Rockshots

Se alguém se interroga da importância das bandas de covers ou tributo, basta pensar que a mesma é uma porta de entrada, muitas vezes, para que os músicos possam exprimir a sua própria identidade musical. Foi o caso dos Venus Syndrome que nasceram a partir de uma banda de cover aos Dream Theater. Curiosamente, não é o primeiro nome que pensamos – mais depressa pensa-se em bandas como Redemption, Threshold ou Haken – o que também é testemunho que nem sempre os gostos musicais e influencias limitam o espectro de criatividade dos músicos e artistas. Este seu segundo álbum revelam uma identidade bem formada e em especial, a capacidade de compor grandes temas de metal progressivo. Sóbrio, sem devaneios ao nível da estrutura, pode ser o prog para quem quer variar o estereótipo.

8/10
Fernando Ferreira

Hollow – “Tower”

2021 – Rockshots

Foi bom ver que não foram preciso quase duas décadas para ter mais um álbum dos Hollow. E também é bom ver como regressam em pouco tempo com um álbum sólido ainda que não seja tão eficaz como os dois anteriores. “Tower” é contido como se esperava dos Hollow. Eles sempre foram uma banda que gostam mais de apresentar temas sólidos do que um meio de evidenciar as suas competências técnicas – que sempre foram muitas. A questão é que desta vez, demora um pouco mais do que esperado para estas músicas entrarem e quando isso está a acontecer, o álbum acaba. Volta-se ao mesmo e tem-se mais trinta e seis minutos de prazer auditivo. É preferível assim do que quase vinte anos sem nada.

7.5/10
Fernando Ferreira

Kosmodome – “Kosmodome”

2021 – Plastic Head Distribution

Feeling boa onda presente ao longo de toda esta estreia dos Kosmodome. A diversividade é sem dúvida um dos seus pontos fortes, apesar de termos o progressivo e o rock psicadélico como peças fulcrais deste puzzle sonoro. Há também aqui uma aproximação ao pós-rock principalmente na forma como as guitarras se apresentam, o que também não lhe faz mal nenhum. Para um álbum de estreia, e isto tem sido muito comum ultimamente, é bom encontrar uma linha e identidade bem definida. O resultado é entusiasmante e com margem para progressão e evolução.

7/10
Fernando Ferreira

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