Review

WOM Reviews – Proscriptor McGovern’s Apsû / Reapter / Fearytales / Shady Glimpse

WOM Reviews – Proscriptor McGovern’s Apsû / Reapter / Fearytales / Shady Glimpse

Proscriptor McGovern’s Apsû – “Proscriptor McGovern’s Apsû”

2021 – Agonia

Deveria ser sempre assim. Uma banda lendária acaba e uma versão 2.0 surge logo de seguida. Este trabalho auto-intitulado dos Proscriptor Mcgovern’s Apsû – que esperemos que se passe a chamar por apenas Apsû, como costuma ser normal neste casos – é a continuação lógica dos Absu que foram dissolvidos por questões disputa legal sobre a sua designação. E é apenas o “p” que os separa dos Absu porque o espírito da banda está cá, senão ainda mais acutilante e eficaz. Afinal o álbum anterior já datava de 2011. Dos Absu, claro. A componente black metal surge associada a um thrash metal extremamente técnico, algo que sempre distinguiu a banda de todas as outras quando o black metal começava a ser popular. Para ir apreciando e degustando lentamente porque é um álbum onde só será imediato para quem já achava que stava mais que na hora de ter um álbum da banda norte-americana. Apesar de ser um álbum de estreia que sabe a continuação, esta nova vida de Proscriptor deixa-nos cheios de esperança em relação ao futuro.

8.5/10
Fernando Ferreira

Reapter – “Blasted”

2021 – Edição De Autor

Thraaaash! Os italianos Reapter fizeram o melhor que poderiam fazer da pandemia e aqui está o resultado. “Blasted” é o terceiro álbum de originais e traz-nos um thrash metal com laivos de death e com potência a rodos. Sabem quando estão a ouvir música e a imaginá-la (ou a situá-la) a ser tocada ao vivo? É quando nos dá mais poder. É esse o sentimento que percorre neste trabalho que está longe de ser unidimensional. Consegue conjugar melodia e peso bruto sem qualquer problemas de identidade. Aliás, até numa das faixas mais “calmas”, não deixamos de ter vozes extremas e um sentido de melodia épica. “Blasted” é um álbum que poderá até ser apreciado pelos fãs de coisas mais modernas mas ainda assim tem argumentos suficientes para ficar no coração dos que gostam dos principais elementos de metal.

8/10
Fernando Ferreira

Fearytales – “MMXXII”

2022 – Buil2Kill/Nadir

Os Fearytales são uma banda que já passaram pelas nossas páginas e este é o seu segundo trabalho. Para quem ainda não os conhece, podemos dizer que são uma proposta moderna que mistura thrash e death metal melódico com alguns momentos de metal tradicional. Aquilo que os distingue mais é o facto de terem linhas vocais muito próprias acrescendo a este facto o cantar em italiano. Com um ambiente peculiar e estranho a quem está habituado a coisas mais directas neste estilo, não deixa de ser uma proposta interessante, apesar de requerer alguma habituação para quem chegue agora. Não muita mas alguma. Sobretudo ao italiano.

7.5/10
Fernando Ferreira

Shady Glimpse – “Supreme Gift”

2021 – WormHoleDeath

Quando não se espera nada, é positivo. Sem ideias pré-concebidas, sem expectativas, apenas aquilo que se tem. A parte não tão positiva é quando ficamos reféns dos primeiros momentos e os primeiros momentos deste “Supreme Gift” são bem estranhos. Claro que faz tudo mais sentido quando sabemos que a banda é japonesa e até toca um thrash metal intenso (ali a beirar o death sobretudo devido às vocalizações. Mas é thrash intenso e bom apesar de algo estranho – há sempre um pormenor ou outro que nos parece fora mas lá está, este sentimento é normalizado por sabermos a nacionalidade da banda e até faz com que o já citado pequeno tema de abertura “The New World” e a instrumental “Route 56” (que poderia ser usado para uma demonstração das habilidades de um guitarrista de fusão numa exposição qualquer) acabem por ser interiorizadas mais ou menos bem mesmo sabendo que são temas que seriam perfeitamente dispensáveis. É no thrash que a banda cativa e consegue impressionar, e no final fica-se satisfeito para tomar conhecimento com esta banda que lança agora o quarto álbum onze anos após o terceiro.

7.5/10
Fernando Ferreira

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