WOM Reviews – L.A. Project / Land Of Gypsies / Nasson / Mecca
L.A. Project – “5 Dimensions”
2022 – Edição de Autor
Luis Amaro, é um veterano na cena. Surge na cena nos finais dos anos 80 com os seus Deadwitch e tempos mais tarde é convidado para se juntar aos Exiled, banda de Nuno Loureiro, ex-Merciless Death, como guitarrista. Depois dedicou-se ao estudo do contrabaixo e outros géneros musicais e pelo caminho houve várias tentativas de reavivar projetos ou mesmo de trilhar outros caminhos. Em 2020 dá um passo para um novo projecto, os CoastWise, banda de sonoridade hard rock, mas fruto da pandemia as coisas não saíram do papel dando espaço assim para aquilo que é agora L.A. Project, um projecto de música instrumental, mas com o evoluir criativo e entrada em cena de nomes como Angela, Mel Pollux, Eric Castiglia, todos vocalistas e dos bateristas Christian Gangeri e Bernardino Ponzani, ganhou corpo a ideia de transformar alguns dos temas em canções.
Os dois instrumentais apresentados, “City 339” e “Planet X” são o cartão de visita do guitarrista, onde os seus dotes técnicos são audíveis.
Nos restantes temas, “Gimme”, tem ali um toquezinho da sonoridade Van Halen e Dokken, “Goodbye” flui para uma linha mais melódica e pesada e finalmente “Rock Star” é composta por riffs rockeiros mostrando a versatilidade técnica e criativa do Luís. Mais um produto nacional… e o que é nacional…
10/10
Miguel Correia
Land Of Gypsies – “Land Of Gypsies”
2022 – Frontiers Music
Land Of Gypsies surge daquilo que foi o extinto projecto Gang Of Souls e conta com conhecido Terry Llous, veterano rockeiro, vocalista e fundador dos XYZ e o produtor e baixista Fabrizio Grossi, conhecido pelo seu trabalho com Glenn Hughes, Supersonic Blues Machine e Eric Gales. Com eles surgem os músicos de sessão Eric Ragno, nas teclas e Serge Simic na guitarra. São 45 minutos compostos por 11 temas de raízes rockeiras, pesado q.b., com melodia assentes num groove muito bluesy e onde os vocais marcam a sua posição. De músicos com qualidade só pode vir algo com a mesma e neste caso a coisa não foge ao padrão a que já nos habituaram ao longo das suas carreiras. Um disco interessante, que certamente não serve a todos, mas que dentro do estilo não passará indiferente.
9/10
Miguel Correia
Nasson – “Scars”
2022 – Frontiers Music
Nasson Prudant, um nome maior da música pesada chilena que agora se aventura em nome próprio, com o alto patrocínio da Frontiers. A primeira coisa que quem não conhece o seu trabalho é ficar impressionado não apenas com a sua voz como também no seu talento como produtor, compositor e instrumentista – aqui a cargo de teclados, guitarras, baixo e programação. Temas orelhudos e pesados mas sem dispensar a melodia que se espera de um álbum hard rock é o que se pode encontrar por aqui. Ao contrário daquilo que seria expectável termos por parte de um músico talentoso, não são os talentos técnicos e individuais que estão aqui mais em evidência (mas também não estão nada escondidos) e sim a faceta de compositor por excelência, com uma série de temas fortes presentes ao longo de um disco que é fácil de ouvir e fácil de ficar com fome por mais.
8.5/10
Fernando Ferreira
Mecca – “20 Years”
2022 – Frontiers Music
Para quem diz (como eu) que as compilações são uma coisa do passado, tomem lá um “bestofe” com três cds a retratar o melhor da carreira dos Mecca, a banda criada por Joe Vana e Jim Peterik (dos Survivor) que atinge no presente ano a simpática marca de vinte anos. Duas décadas de música ao longo de três cds não parece muito, pois não? Mais ou menos, tendo em conta alguns detalhes. Primeiro, este não é verdadeiramente um “bestofe” e sim uma reedição de três, ou melhor, dos três álbuns da banda com faixas bónus. O primeiro auto-intitulado lançado em 2022, “Undeniable” de 2011 e “III”. Para quem já os tem, não creio que umas poucas faixas bónus serão motivo para o investimento. Para quem gosta de A.O.R. e não conhece a banda, então sim, é mais que recomendado já que a qualidade musical é enorme. E já agora, a nota não se refere à qualidade musical, apenas ao facto de se tratar de uma reedição mascarada de produto novo.
6/10
Fernando Ferreira
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