Review

WOM Review – Evil Invaders / Vio-Lence / Incrypt / Reaper

Evil Invaders – “Shattering Reflection”

2022 – Napalm

Estavamos mesmo a precisar de um pouco daquela dose metálica exacerbado que sabemos que só podemos encontrar num disco dos Evil Invaders. E isso detecta-se logo pelo abanar frenético de cabeça assim que os riffs cortantes começam a ser disparados a torto e direito e com aquele feeling primordial de metal. Heavy metal. Tudo bem que estamos a falar de uma banda que funde muito bem o thrash e o speed metal, mas o espírito está aqui muito presente. Aliás, em algumas das vezes até vai mesmo por caminhos de heavy metal clássico como nas “In Deepest Black” e “Forgotten Memories” (estas a lembrar muito Judas Priest), ou até a meio épica “The Circle” que termina o disco. Um álbum que facilmente qualquer fã de metal tradicional e do bom thrash metal (com gostinho old school) vai viciar facilmente e que os fãs de coisas mais extremas vão apreciar também, já que a colagem ao death/thrash e black/thrash metal não é assim tão difícil de fazer.

9/10
Fernando Ferreira


Vio-Lence – “Let The World Burn”

2022 – Metal Blade 

É fácil perceber o porquê de algumas pessoas acharem que o metal estagnou e que aquilo que o move ultimamente é apenas a nostalgia. Afinal são os grandes nomes do passado os que mais agregam pessoas e os novos valores não conseguem ter o mesmo impacto. E também a ajudar a esse apelo temos regressos do outrora uns com mais validade que outros. Ouvindo este EP que marca a primeira música nova desde o último álbum de originais que já data de 1993 e podemos dizer que consegue validar a curiosidade desta música para além do simples “é da antiga banda dos gajos de Machine Head” – neste caso o Robb Flynn que ainda está na banda norte-americana e Phil Demmel que saiu para se dedicar aos Vio-Lence. Thrash metal agressivo e old school sem grandes euforias mas sem momentos fracos. Sinceramente, precisamente aquilo que se precisava, para quem ficou a chorar com o fim dos Slayer, está aqui uma boa alternativa – com as devidas distâncias e identidades de cada uma das bandas.

8.5/10
Fernando Ferreira


Incrypt – “Thrashing Extinction”

2022 – WormHoleDeath

Confesso que a intro “Skullking” me deixou algo apreensivo. E confuso. Comecei logo a pensar “será que a promo veio errada? Isto não parece nada thrash metal.” Efectivamente a intro (enorme apesar dos dois minutos mas são dois minutos da nossa vida que nunca mais vamos recuperar) dá mais ar de ser apropriada de um álbum dos Profanum, uma mítica banda do underground polaco que misturava (suposta) música de câmara com black metal. Mas não, foi apenas falso alarme, na realidade estamos mesmo perante o quarto álbum dos thrashers australianos que surgem cheios de vontade principalmente depois de estarem calados durante cinco anos. Não se sente que venham com vontade de reinventar a roda mas também porquê concertar o que não está partido? Não há necessidade, tal como a já referida intro.

8/10
Fernando Ferreira


Reaper – “Viridian Inferno”

2022 – Dying Victims Productions

Não, estes não são aqueles Reaper. Estes são australianos e embora toquem uma sonoridade bastante semelhante (o cruzamento bastardo entre speed/thrash metal e o black), este é ainda o seu álbum de estreia. Roupagem bastante crua para estas canções que não trazem nada novo neste tipo de coisa mas que é sempre bem apreciado para quem ainda sente saudades de Motörhead e gostaria que o Lemmy fosse vivo para fazer um projecto com pessoal do black metal. Agressivo, simples e a recordar os tempos idos do underground do metal extremo na década de oitenta. Tem o seu encanto mesmo que na prática já tenhamos ouvido tudo isto e feito de melhor forma.

7/10
Fernando Ferreira


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