WOM Review – Mirror / Bible Black / Steelbourne / Overdrive
Mirror – “The Day Bastard Leaders Die”
2022 – Cruz Del Sur Music
Esta é uma daquelas bandas (ou super-bandas) que não engana ninguém em relação ao que vêm. Heavy metal clássico como manda a tradição da década de oitenta mas sem imitar ninguém em concreto – será fácil apontar os Iron Maiden como uma referência mesmo sem termos nenhum tema ou passagem parecida. Muito memos a voz do vocalista que nem anda perto nem daquilo que o Paul Di’Anno ou Bruce Dickinson fizeram. Simplesmente heavy metal com uma boa voz, bons riffs e excelentes solos e é essa a simplicidade do estilo que é suficiente para capturar a atenção de quem reconhece a genialidade onde quer que seja. Terceiro álbum fantástico!
9/10
Fernando Ferreira
Bible Black – “The Complete Recordings 1981-1983”
2022 – Louder Than Loud
Que tesouro fantástico. Não há nada melhor do que o primeiro lançamento de uma banda sejam todas gravações de há quarenta anos atrás – mais concretamente três demos. E sim, a produção é datada assim como também o estilo das músicas em si, mas a parte curiosa é que este é mesmo um conjunto de temas que empolgam com sucesso qualquer fã de heavy metal e onde até uma versão da “Paint It Black” dos Rolling Stones (um dos temas que as bandas de rock e metal por norma preferem fazer cover) soa refrescante. Mesmo com a produção a variar e tendo três vocalistas diferentes, sente-se como um verdadeiro álbum. E sim, temos três vocalistas sendo que o menos famoso é Jeff Fenholt que chegou a colaborar com Tony Iommi/Black Sabbath e com a banda Joshua, enquanto os outros dois é um tal de Lou Marullo que ficou eternizado como Eric Adams e o outro é Joey Belladona dos Anthrax. Um tesourinho essencial e obrigatório para todos os fãs de hard’n’heavy.
8/10
Fernando Ferreira
Steelbourne – “A Tale As Old As Time“
2021/2022 – WormHoleDeath
Inicialmente editado em formato idenpendente no ano passado, “A Tale As Old As Time” é agora reeditado pela WormHoleDeath. Esta estreia da banda dinamarquesa aposta no power metal que se encontrava a pontapés no início do milénio e que apesar de ter uma produção mais ou menos límpida (quando o que era comum na frente escandinava era ter ter produções cristalinas que davam um feeling menos orgânico à sua música), há por aqui uma aproximação mais bruta da escola alemã. Mesmo sem ser memorável, não há como dizer que este é um mau álbum. Tem todo os pontos necessários para satisfazer qualquer fã de heavy e power metal. Bons temas, boa voz, bons solos, o que é preciso mais?
7/10
Fernando Ferreira
Overdrive – “Reflexions”
1981/2003/2022 – Regain
Pequeno tesourinho que a Regain Records decidiu partilhar com o mundo. Mais do que uma reedição do primeiro EP desta banda sueca ou da versão reeditada em 2003, temos aqui esse lançamento, assim como umas gravações que gravaram numa rádio em 1980 e ainda um segundo CD que contém o “Live In The Raw 1981” que tem nome de bootleg e soa como um mas que ainda assim tem um feeling puro e que ainda seria mais agradável se o vocalista não cantasse tantas vezes ao lado de uma afinação decente. No geral um pedaço de história interessante de um nome que provavelmente desconhecem.
7/10
Fernando Ferreira
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