Report

WOM Report – Anzv, Morte Incandescente, Law Of Contagion @ Hard Club, Porto – 16.09.22

Em 2019, Ishkur iniciou mais um projecto onde assume todos os papéis de uma banda de, pelo menos, quatro músicos. O primeiro lançamento dos Law Of Contagion saíria no ano seguinte, intitulado “Woeful Litanies From The Nether Realms”, e apesar da boa recepção… bem, estávamos em 2020, concertos não era propriamente uma opção. Mas com a normalidade mais ou menos restabelecida e um novo álbum para promover, Ishkur reuniu três amigos para “o primeiro ritual” (conforme chamou à estreia ao vivo) e mostrou por que é que a World Of Metal considera “Oecomenical Rites For The Antichrist” um dos melhores álbuns de black metal português deste ano (mesmo com um feedback chato das guitarras aqui e ali).

O mais recente trabalho dos Morte Incandescente, “Vala Comum”, faz um ano no próximo Halloween, mas até podia ser mais antigo – o veterano duo é sempre bem-vindo em qualquer cartaz do género. Fã de baixo como sou, tive pena de não terem J. Goat (ou outro) a acompanhá-los em palco, mas acabou por dar uma imagem e uma sonoridade mais cruas à sua actuação. O público, pelo menos, estava bastante satisfeito, abanando a cabeça, aplaudindo após todos os temas, mandando piadas relativamente à marca de cerveja (Sagres) escolhida por Vulturius… No final pediram mais uma, o que não foi possível devido ao horário, mas tendo em conta que “Black Skull Crushing Metal” não constava da set list, pode dizer-se que sim, tocaram essa “mais uma”.

Todo o mistério que os ANZV fizeram à volta da sua identidade não era para durar, tendo os seus elementos subido ao palco “desmascarados” e revelando caras bastante conhecidas (Epping Forest, Daemogorgon…) – assim que a luz o permitiu. Concordo que um ambiente intimista, às escuras, seja o mais apropriado para este tipo de concerto, mas uma vez que a banda prolongou a intro de “Isimud” para que cada músico entrasse em palco com um objecto em mãos, colocando-o num tabuleiro em estilo de oferenda, nem que fosse só um holofotezinho sobre o dito tabuleiro de modo a conseguirmos acompanhar o ritual… Mas é provavelmente a única falha a apontar a este concerto que arrebatou uma casa bastante composta, tal como “Gallas” já o tinha feito desde o promissor primeiro single “Inane”.

Texto e fotos Renata Lino
Agradecimentos Notredame Productions


 

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