WOM Report – Seventh Storm, Moonshade @ Hard Club, Porto – 28.10.22
Depois do concerto de apresentação de “Maledictus” no RCA, no passado dia 8, foi a vez do Hard Club receber esta mesma festa dos “deuses da Babilónia”. Não esgotou como em Lisboa, mas não deve ter faltado muito à casa invicta para atingir a sua capacidade. Ou isso, ou o público chegou-se tanto à frente e berrou tão alto, criando um ambiente tão caloroso, que parecia que a sala estava quase a rebentar pelas costuras.
A primeira parte esteve a cargo dos Moonshade, que também tinha a sua quota parte de fãs presentes. A promover o seu segundo álbum “As We Set The The Skies Ablaze”, editado em Julho, mas a celebrar naquela precisa noite o quarto aniversário do primeiro “Sun Dethroned”, a banda de melodic death metal portuense provou, mais uma vez, merecer toda a atenção que tem recebido. Além da competência musical de todos, o vocalista Ricardo Pereira é igualmente comunicativo e tem sempre uma piada a dizer – desta vez foi relacionado com o volume da ovação que lhes prestámos (“já ouvi melhor, mas está bom”). Tive pena de não ouvir “Lenore” ou “The Flames That Forged Us” (já que era o aniversário do álbum de estreia…), mas fui compensada com “The Antagonist” no final do cncerto, com a participação de Sofia Beco (Phase Transition), que tocaram ao vivo pela primeira vez.
“Maledictus” é um trabalho excelente. Os elementos dos Seventh Storm têm todos um traquejo musical de respeito. Ciente disto, não devia ter ficado surpreendida com a grandiosidade do que aconteceu naquele palco, mas fiquei.
Tal como no álbum, “Pirate’s Curse” abriu o concerto, mas trocaram a ordem das seguintes – até porque “Saudade” tinha de ser a última… Por várias vezes alguém no público gritou “vocês são grandes!” e a uma delas Rez respondeu “vocês é que são”, por estarmos ali a apoiar as bandas nacionais; mas a garra da nossa resposta – quer no acompanhamento das letras, quer nos aplausos e aclamações – tornava difícil distinguir quem estava a apoiar quem e qual sentia mais gratidão por semelhante ambiente.
Entre “My Redemption” e “Seventh” – as últimas do alinhamento “normal” – vieram os agradecimentos formais, não só ao público mas também aos Moonshade (“banda do caraças!”) e à Notredame. O encore, como já referido, foi composto por “Saudade” nas duas versões – primeiro em inglês e depois na nossa língua (“E clara que não podíamos ir sem tocar a ‘Saudade’ em português”), em semi-acústico. Usando as palavras do Ricardo dos Moonshade, os Seventh Storm têm uma sonoridade direccionada “lá para fora” mas com uma essência “tão nossa”. E é provavelmente esta a chave do seu sucesso.
Texto e fotos por Renata Lino
Agradecimentos Notredame Productions
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