Review

WOM Reviews – Flogging Molly / Exist In Ruin / Leprous / Pisswitch / St Barthélemy’s Temple

Flogging Molly – “Anthem”

2022 – Rise

Finalmente, o novo álbum dos Flogging Molly. Tivemos muito tempo se term notícias deles e como tal as expectativas para um novo álbum eram grandes mas já sabíamos que estavamos livres de nos desiludirmos. E isso em si poderá ser motivo de desinteresse para muitos. Poderão sempre alegar “fazem sempre o mesmo, não há surpresa”, o que nem sempre é verdade. O facto de se esperar a excelência não significa que saibamos como é que essa excelência se vai manifestar. E neste caso temos onze temas do melhor que pode haver de celtic punk rock. Músicas para cantarmos em coro e dançar alegramente como se não houvesse qualquer tipo de preocupação. Ou então tendo bem noção das preocupações mas sabendo que isso não deve ser impedimento para a farra – como um tema como “A Song For Liberty” poderá inspirar. Um álbum de pura diversão musical num dos subgéneros do punk que mais preferimos.

9/10
Fernando Ferreira


Exist In Ruin – “Exist In Ruin”

2022 – WormHoleDeath

Ao ouvir este EP de estreia de Exist In Ruin poderá não parecerr mas estamos mesmo perante uma one-man band. Death metal melódico e sinfónico ou metal sinfónico a aproximar-se do death metal melódico (qualquer uma das duas não estará errada) com uma enorme capacidade para empolgar para quem gosta da abordagem mais épica e cinematográfica do metal extremo onde os coros majestosos, as vocalizaçãoes melódicas a contrastar com o gutural sem dúvida que roubam todas as atenções. E tirando o facto do som da bateria ser algo artificial – algo que se compreende devido a ser programado – temos um trabalho sólido. Aliás, até mesmo a questão da bateria nem é algo que tenha um impacto muito grande neste EP que é sem dúvida uma excelente forma de começar uma carreira.

8.5/10
Fernando Ferreira


Leprous – “Aphelion (Tour Edition)”

2022 – InsideOut Music

“Aphelion” foi com certeza um dos grandes álbuns de 2021, tendo sido considerado um dos dez melhores do ano. O objectivo não é fazer uma crítica a esse álbum, que já foi analisado em edições anteriores, mas falar deste ‘Tour Edition’ que conta com duas faixas bónus, “A Prophecy of Trust” e “Acquired Taste (Live 2021)”. Para além das faixas bónus, o álbum conta com músicas ao vivo em espetáculos na Alemanha e França.

À semelhança com “Pitfalls”, “A Prophecy to Trust” segue essa linhagem de pessimismo e escuridão, como se os demónios ainda estivessem presentes e prontos a atacar e a subjugar a realidade da pessoa em sofrimento. A grande diferença entre “Aphelion” e “Pitfalls” é a temática, com o primeiro a evoluir em termos de progressão emocional, tendo avançado para um estado de espírito mais livre e pacífico. A faixa “Acquired Taste” foi tocada em 2021, com grande apoteose, sendo uma excelente demonstração da capacidade da banda norueguesa de serem animais de palco e de estúdio, de igual modo. Este ‘Tour Edition’ mostra uns Leprous ao vivo, com faixas bónus, sempre para agradar aos fãs, que querem cada vez mais de uma banda que se tem tornado, de ano para ano, no grupo obrigatório do metal progressivo e sem rótulo.

8/10
João Braga


Pisswitch / St Barthélemy’s Temple – “Split”

2022 – Babylon Doom Cult

Não sei como é que este disco vem cá parar, só sei que o tinha aqui para analisar. Rima e tudo. A rima apesar de podre, não é tão podre como aquilo que se pode ouvir aqui. Principalmente o lado dos Pisswitch – e aqui temos que fazer a separação das águas. Com o som que parece ter sido registado com um microfone no centro da sala de ensaios da banda e com a roupa toda de Inverno em cima, a música também não é melhor ainda que possa ter algumas indicações interessantes ao nível do minimalismo e da repetiação. Infelizmente torna-se aborrecido pouco tempo depois. Já os St Barthélemy’s Temple, fazem uso quase das mesmas armas (música compassada e hipnótica, não tão minimalista). A diferença é mesmo a produção. Crua mas perfeitamente audível que torna o som ainda mais poderoso e sinistro. Como dia e noite. Ó bartolomeu, mais valia teres lançado isto sozinho do que num split coxo.

5/10 (e os cinco é referente aos St Barthélemy)
Fernando Ferreira


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