Review

Máquina do Tempo – Dusk / Madness Of Light / The Owen Guns / Factory Of Art

Dusk – “The Relic”

2022 – Edição de Autor

Na Costa Rica até poderá haver nomes muito sonantes de metal extremo, mas teremos sempre que incluir este projecto Dusk. Misturando a estética do black metal, com o industrial e noise, cada álbum lançado por esta banda é sempre uma lenta descida até ao inferno. Uma descida que consegue ser quase tão hipnótica e viciante quanto sufocante. Os elementos metal não são óbvios para além da voz, mas ainda assim este é capaz de ser um dos trabalhos mais pesados de 2022 que se tenha cruzado à nossa frente. Claro está, não será para todos para os que gostam da fusão destes mundos, definitivamente este será para vocês o disco do ano.

9/10
Fernando Ferreira


Madness Of Light – “Omen (EP Series Vol. I)”

2021 – Edição de Autor

Após tomar contacto com o segundo EP desta série, e ficar completamente fascinado, tive que pegar na máquina do tempo para ficar a conhecer o primeiro da série. E não fiquei desiludido embora estejamos perante algo bastante diferente. Mais metal, com as guitarras à frente na mistura e com os arranjos orquestrais a servir quase apenas como uma nota de rodapé (ainda que fundamental para dar toque de classe por diversas vezes). Instrumental mas mais in your face, não deixando de ter o feeling de banda sonora. No bandcamp da banda vem a indicação de que apesar dos Madness Of Light serem uma banda, estes EPs são feitos pelos guitarristas Filipe Mota e Francisco Silva de forma a angariar fundos para a banda.

8.5/10
Fernando Ferreira


The Owen Guns – “EP 2 Electric Boogaloo”

EP de punk rock desconcertante tal como o punk deve ser. Curto mas directo ao assunto e uma boa representação do potencial australiano. A banda é nova mas é composta por veteranos da cena punk e hardcore e com alguns dos membros a terem outras bandas no Canadá e na China. Segundo EP que prova que está mais que na altura de avançar para um álbum. Pequeno tesouro este que quem gosta de punk deverá conhecer.

8/10
Fernando Ferreira


Factory Of Art – “Grasp!!!”

1996 – AFM

Primeiro álbum dos alemães Fractory Of Art, quase trinta anos atrás e que nos dá uma perspectiva interessante da altura. Podemos ver claramente que a banda estava dividida entre dois mundos. Por um lado, o power metal mais musculado vindo da América do Norte (onde a voz de Gunter faz lembrar de vez em quando Michael Kiske dos Helloween. Por outro depois temos instrumentalmente umas aproximações bem flagrantes a ambientes típicos dos Fates Warning e Dream Theater. Boas músicas e uma identidade musical que se revela interessante, mas a questão que prende esta banda ao chão (aqui pelo menos) e impede-a de voar é mesmo a produção que nos apresenta uma bateria com uma sonoridade demasiado digital e que torna toda a sonoridade um pouco plástica. Conseguindo habituar-se a isso, é possível aproveitar bons temas mas não é fácil encontrar esse ponto de equilíbrio.

6.5/10
Fernando Ferreira


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