Máquina do Tempo – Albaluna / Starchaser / Blackeye / Skills
Albaluna – “Heptad”
2021 – Edição de Autor
Tem sido extremamente gratificante apreciar a discografia dos Albaluna e este é, até ao momento, o seu último álbum de originais e também aquele mais desafiante e complexo. Junta o lado mais festivo mas também tem muito do lado conceptual mais saliente, com temas que poderão não ser tão imediatos como aqueles de lançamentos anteriores. No entanto, por outro lado, ganha-se uma capacidade maior de encetar viagens que se tornam apaixonantes – os épicos “Palimpsestus”, “Nawbah” e “Samarqand” são exemplos máximos. Não deixa de ser impressionante esta qualidade e como a mesma parece passar um pouco ao lado sendo underground para grande parte dos portugueses. O que é continua a ser estranho termos música tão bela e sedutora ser tão desconhcida. Este será provavelmente o seu trabalho mais ambicioso e completo.
9/10
Fernando Ferreira
Starchaser – “Starchaser”
2022 – Frontiers Music
Depois de ter saído dos Tad Morose, o guitarrista Kenneth Jonsson tinha como plano fazer um álbum a solo, mas esses planos foram alterados para o surgimento de uma nova banda, após a química entre Jonsson e os seus novos companheiros de banda ter sido assinalável. Com músicos que marcam ou marcaram presença em bandas como Therion, Hammerfall, Cibola Junction, Lions Share, Shaggy entre outros, este elenco fortíssimo só é superado pela qualidade das suas músicas que viajam entre o hard’n’heavy, com um forte impacto melódico e com um conjunto coeso de temas. O facto de não conseguirmos muito bem identificar influências ou referências faz com que seja sentido com uma lufada de ar fresc. Um bom álbum
8.5/10
Fernando Ferreira
Blackeye – “Blackeye”
2023 – Frontiers Music
Provavelmente será feriado o dia em que disser que temos um álbum que não seja um projecto criado quase de propósito à medida da editora e/ou dos seus integrantes. Estou a ser injusto porque nem só desses trabalhos a editora vive, mas a quantidade deste tipo de coisas é mesmo grande e para provar isso, vamos falar de mais um, neste caso Blackeye, que é construído à volta do vocalista dos Pink Cream 69, David Readman. E é um bom álbum, que só não é excelente devido a alguns passos em falso e ligeiramente fora da identidade power metal – ainda que esses passos em falso não resultem propriamente em má música. Ainda assim, e sabendo que a probabilidade de haver seguimento para este projecto, não deixa de ser uma boa estreia.
8/10
Fernando Ferreira
Skills – “Different Worlds”
2022 – Frontiers Music
Projecto da Frontiers poderá ser uma nova categoria para género musical. Felizmente que a qualidade vem acompanhando a quantidade mas há sempre um entusiasmo que vai arrefecendo a cada novo projecto, sendo que são os nomes que acabam por nos puxar. Neste caso, os Skills contam com Renan Zonta dos Electric Mob, Brad Gillis dos Night Ranger, Billy Sheehan (Mr. Big, The Winery Dogs e Sons Of Apollo) e David Huff dos Giant. Tudo nomes que garantem uma quallidade parva musical. E é isso mesmo que temos, um hard rock raçudo que tem mais efeito do que propriamente as tiradas AOR. Ainda assim, apesar desta dualidade de vertentes, é um bom trabalho ao qual se pode recomendar facilmente aos fãs de sonoridades mais melódicas dentro do tradicional.
7/10
Fernando Ferreira
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