Booby Trap – “Overloaded” Review

1. Bring It to the Mosh Pit

2. Overloaded 03:00  

3. Fuck Off and Die! 02:40  

4. Bloody Mary 04:36  

5. Nightmare (Go Away) 03:35  

6. Vulgar Display of Semen 00:37  

7. One of Us Is Dead 03:06  

8. Von Beer 01:40  

9. Drunkenstein 03:16  

10. Booby Trap 2.0 03:06  

11. Carved in My Bones 02:57  

12. Beber até Morrer (Ratos de Porão cover) 02:05  

13. The Boat Is Full 01:44  

14. Time for My Meds 02:48  

15. Manifesto

Duração 38:31

2016 Firecum Records 

A banda de Aveiro Booby Trap poderá ter demorado vinte anos a lançar um álbum de estreia, mas felizmente não demoraram mais do que três anos a colocar cá fora o sucessor de “Survival”. O seu thrash metal apunkalhado (ou hardcorizado, vá) continua acutilante como nunca e estas músicas soam refrescantes de tanto poder que apresentam. Por um lado têm um cariz mais clássico ou retro, a fazer lembrar as jardas que nos apareciam no underground em meados da década de noventa, enquanto por outro apresentam uma irreverância metálica que na altura era rara de encontrar.

Por falar no elemento metálico. Algo que temos que obrigatoriamente referir é o trabalho de guitarra por parte de Pedro Azevedo que está a tocar como um animal. Confessamos que crossover nunca foi um dos nossos subgéneros preferidos, principalmente porque um dos nossos elementos favoritos costumam ficar para trás: os leads e solos de guitarra. É logo o motivo de começarmos ficar viciados neste conjunto de temas. No lado menos positivo, temos a produção que nos parece que não é tão poderosa quanto poderia ser, principalmente na parte rítmica (baixo, guitarra e bateria).

Com alguns interlúdios (uns mais dispensáveis que outros) a compor o ramalhete, o que temos aqui é um bom conjunto de originais, uma versão inspiradíssima de um clássico dos Ratos de Porão, “Beber Até Morrer” e uma reinterpretação do tema que dá nome à banda, onde se mistura um feeling meio Bestie Boys, que até resulta. Diverso o suficiente para nos manter interessados e curto o suficiente para que rapidamente voltemos à carga, este segundo álbum mantém a promessa dos Bobby Trap feita em “Survival”, que a malta de Aveiro veio para ficar e para desbundar.

Nota 7/10