Clockwork Boys – “Cantigas de Escárnio e Maldizer…/ A Dor Passa, O Ódio Fica” Review
CD 1 – “Cantigas de Escárnio E Mal Dizer”
01. Patruha Do Purgatório
02. Um Passo Da Loucura
03. Fio Da Navalha
04. Filho Da Droga
05. Deusa Do Submundo
06. Cobra Kai Rock N Roll
07. Ela Gostava De Sadomaso
08. Paulo Fruta
09. Código Do Silêncio
10. Antisocial
Duração 38:44
CD 2 – “A Dor Passa… O Ódio Fica!”
01. A Dor Passa, O Ódio Fica!
02. Vida Maldita
03. Facadas Na Noite
04. Bebe Do Meu Sangue
05. Sou Só Mais Um Na Multidão
06. Glória Aos Piratas
07. Liberdade Condicional
08. Na Balada Da Noite
09. Rebeldes Tatuados
10. Coisa Ruim
Duração 30:37
2016 Helldprod
Apesar de terem apenas surgido no novo milénio, os Clockwork Boys são uma boa representação daquilo que é o punk rock nacional clássico que é como dizer, nunca deixando para trás a piscadela ao rock’n’roll. Com uma história conturbada, à boa maneira portuguesa, como não pode deixar de ser, onde o pára-arranca é infelizmente uma realidade, acaba por contrariar essa tendência com um novo álbum. No entanto, o que temos aqui não se trata de apenas um novo álbum e si uma celebração da música dos Clockwork Boys e do género do punk rock em Portugal.
E porquê? Porque o que ouvimos aqui, do início ao fim, é punk rock clássico sem tirar nem pôr. Não temos no entanto nenhum exercício fútil de nostalgia ou qualquer cheiro a mofo. Longe disso. Principalmente por ser um pacote bem atractivo num duplo CD irresistível. Por um lado, no primeiro CD temos o novo trabalho da banda onde nos mostra que os rapazes estão iguais a si próprios, corrosivos e acutilantes, sem esquecer o facto de termos mais dez malhas que podem ser candidatas a clássico do género em Portugal – “Filho da Droga”, “Paulo Fruta” e “Antisocial” são faixas que vêmos a serem tocadas ao vivo de forma acentuada.
No segundo Cd temos a reedição do álbum “A Dor Passa, O Ódio Fica”, aquele que já é um clássico, apesar de ter apenas quatro anos com o bónus de ter uma faixa extra, “Coisa Ruim” que encerra este álbum. Talvez para o público que não fala português ou mesmo que não é português o impacto possa ser reduzido, mas para nós que assistimos esta cena a crescer e crescemos com ela, um álbum destes soa como uma excelente prenda. Agora que o Natal está à porta, até é uma boa motivação para oferecer a alguém que se goste e que tenha bom gosto musical. O nosso mais recente vício.
Nota 9/10
Com o apoio de