Eu, Robô Review
Adaptado de um romance de Isaac Asimov, Eu, Robô, é um inteligente filme, que mistura ficção científica com filme policial e estrondosos efeitos especiais. Vamos ao enredo; Passado em Chicago no ano não tão longínquo de 2035, o filme começa com a apresentação de Spooner (Will Smith) detective de homícidios que é chamado para investigar um aparente suicídio de Dr. Alfred Lanning, o cérebro responsável pela criação/fundação da empresa de robóticaUS Robotics. Empresa essa que se prepara para lançar um novo robô que será distribuído em larga escala pela população. Spooner é ajudado na investigação pela Dra. Calvin (Bridget Moynahan), responsável pela tarefa de dar aspectos mais humanos aos robõs. Devido a acontecimentos passados Spooner tem um ódio a robôs o que o coloca em rota de colisão com a USR e com a Dra. Calvin. E esse ódio é aumentado quando um robô é o principal suspeito do homicídio do Dr. Lanning.
Eu, Robô é simplesmente genial, um dos melhores filmes de ficção científica dos ultimos anos (pelo menos na altura em que tinha sido lançado) que segue a linha de Relatório Minoritário, de o argumento se sobrepor ao aspecto visual mas o aspecto visual ser simplesmente deslumbrante. E também dá muito que pensar, no mesmo aspecto de que O Homem Bicentenário (curiosamente também de Asimov que foi um flop de bilheteiras, injustamente na minha opinião), levantado questões filosóficas sobre onde começa e onde acaba o que chamamos de “humanidade” e se a simples simulação de inteligência poderá evoluir para algo para além disso, para uma consciência autónoma e independente de programações externas.
Além de contar com muito boas interpretações, Eu, Robô mostra que afinal o cinema de ficção científica não é unica e exclusivamente carros a voar, armas laser e desculpas para mostrar cenas espectaculares/impossíveis, se bem que há aqui uma cena ou outra mais “exibicionista” mas nada que comprometa o filme e quase passam despercebidas. Mais um filme para juntar a outras obras como A.I., Relatório Minoritário, Pago Para Esquecer, Homem Bicentenário, onde se prova que ainda é possivel fazer filmes de ficção científica, ter bom argumento, ter excelentes efeitos especiais e no final ainda nos fazer pensar neles por levantar questões que não estão tão longe do nosso dia-a-dia como á primeira poderiamos supor. Muito recomendado.
Nota 9/10