Immolation – “Atonement” Review

Uma das mais batalhadoras bandas de death metal norte-americano está de volta. Os Immolation são uma das bandas que mais respeitamos no death metal que nos chegam do outro lado do oceano principalmente pela sua perseverança e por apesar de terem tido algumas flutuações artísticas, nunca fizeram um trabalho propriamente mau. Quatro anos já passaram desde “Kingdom Of Conspiracy” e não é este “Atonement” que muda a tendência. Ao décimo álbum, percebemos, pela capa, de que a banda talvez estivesse a tentar recuperar alguma das suas raízes, pela forma como recuperar o seu logo antigo.

Ou então não tem nada a ver.

Talvez um pouco dos dois. Não podemos dizer que a banda aqui esquece tudo o que aprendeu ao long destes mais de vinte e cinco anos de carreira, até porque este trabalho é bem dinâmico, bem mais que o anterior álbum. Temos um midtempo ameaçador que não se importa de ser interrompido por rajadas de blastbeats sempre que necessário. Também não sentimos que a mudança de guitarrista – saiu Bill Taylor e entrou Alex Bouks – tenha tido grande influência na mudança de rumo, já que a identidade assegurada por Ross Dolan e por Robert Vigna continua bem omnipresente.

Assim sendo, este trabalho poderá ser visto de duas formas. Poderá aborrecer quem nunca gostou da fórmula dos Immolation e poderá agradar todos aqueles que são fãs daquilo que a banda norte-americana fãs. Temos dúvidas de que os que se inserem no grupo gostem do death metal como estilo, por isso podemos concluir que está tudo muito bem no reino dos Immolation, com onze músicas de death metal bruto, dissonante e cheio de groove (ouvir “Thrown To The Fire” e tentar estar parado sem mexer a cabeça) como seria expectável. Está tudo bem e recomenda-se vivamente.