Labirinto – “Gehenna” Review
1. Mal Sacré
2. Enoch
3. Qumran
4. Aung Suu
5. Locrus
6. Avernus
7. Aludra
8. Alamut
9. Q’yth-El
10. Gehenna
Duração 60:34
2017 Pelagic Records
Bomba! Não no sentido em que é usado na lingua anglo-saxónica que tem o sentido de “falhanço”. Este álbum é uma verdadeira bomba, daquelas obras-de-arte que nos surgem sabe-se lá de onde mas que não querem mais partir. Para já, o que se impõe é alguma informação acerca dos Labirinto. Como o nome poderá deixar a pista, trata-se de uma banda brasileira que é um dos nomes mais inventivos do pós-rock/metal actualmente. Não se deixem enganar pela falta de conhecimento acerca da banda, isso é algo que após ouvir este “Gehenna” ficará automaticamenre resolvido. O próximo passo natural será procurar o fundo de catálogo da banda.
Mas adiante que estamos a divagar. Temos dez temas dividos ao longo de uma hora e que apresenta precisamente aquilo que é esperado quando estamos a falar de pós-rock ou pós-metal. No entanto, onde os Labirinto se excedem (de uma forma positiva) é mesmo nas composições que usam os lugares comuns dos géneros e injectam-lhe dinâmicas que as tornam viciantes. Peso e um sentido de progressão, de verdadeira progressão, faz com que temas como o épico de abertura “Mal Sacré” vão crescendo a cada audição, isto após ficarem logo na memória à primeira.
Não deixa de ser um álbum denso, do qual sentimos que temos que lhe dar a devida atenção e ter alguma paciência para que se manifesto por completo. Será uma experiência pessoal e admitimos que cada um terá a sua própria maneira de o digerir. Quanto a nós, precisámos de algumas audições e a cada uma delas, novos e deliciosos pormenores se foram revelando. Pelican e Isis são nomes aos quais podemos recorrer se quiseremos mostrar rapidamente a alguém o que temos aqui, mas há muito mais. Temos peso, distorção, riffs memoráveis e melodias que poderiam estar na banda sonora a usar nos momentos de climax de qualquer filme de Hollywood. A parte boa é que os filmes podemos fazer nós na nossa cabeça. A música ideal já cá está.
Nota 9/10
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