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Reportagem – Dia 0 @ SWR Barroselas – 26.04.18

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Arranca a edição 21 do SWR Barroselas Metalfest. “Welcome To The Wasteland” é a frase com que a produção saúda os recém-chegados festivaleiros. As tendas multiplicam-se e o barulho de vozes e risos aumenta a cada segundo. Apesar dos ‘moshes’, do preto e da violência musical de que subsiste o festival, é um evento pacato, segundo diz um dos seguranças do recinto. Veterano de outras edições e residente na zona, acredita ser algo muito positivo para a localidade que há mais de 20 anos recebe este exército de negro.

A primeira banda deste pré-dia foi Paisiel. Um começo bastante peculiar. Bateria e saxofone distorcido, juntos para criar ambientes sonoros que quase parecem palpáveis. O uso de delay e a sobreposição frásica criam um som espacial, como se trata-se da banda sonora do salto interdimensional que todo o público faz, o salto para a dimensão Barroselas. O público demonstrou-se curioso, mas estático. Bem composto, no entanto.

Esse público bem composto aumentou com os We Dream Alone. Um metal mais moderno, a apresentar o mais recente trabalho, “Aether”, mas carregando o peso que o público tanto ansia, consegue despertar a audiência do transe em que a banda anterior a pôs. Vemos o primeiro headbang sério, os primeiros empurrões, e genuíno apreço pelos suecos que, para muitos, foram uma boa descoberta. Tirando um problema sonoro com os graves, com um interferência contínua que por vezes abafa os instrumentos, o som esteve bom. Riffs groovy que contagiam o público, boa interação com este, tendo o guitarrista descido do palco para estar mais perto dos ouvintes, e, no geral, uma boa disposição, apesar de uma pequena timidez, são uma banda que, muito provavelmente, iremos ver num palco principal daqui a uns anos.

Firebreather são já um nome de outro peso. Um nome que já corre em algumas bocas, bocas essas de fãs que acorrem ao palco. Os riffs stoner embalam as cabeças dos ouvintes, que de braços no ar voltam a sentir-se em casa em Barroselas, como se nunca tivessem saído. Os solos muito hard rock põe o público a mexer, e nos refrões alguns fãs começam a aquecer a voz para os restantes dias de festival. Boa disposição, maior à vontade no palco que a banda anterior, cm um bom som tirando a voz, que por vezes era quase inaudível.

Já os Putas Bêbadas foram um momento um pouco anti-climático nesta notie de reuniões e reencontros. Com uma sonoridade nitidamente punk, mas com um som muito sujo, que muitas vezes parece pura interferência. O público começa a dispersar, seja para as tendas ou para o bar, mas há quem goste e que fique a dançar. A nível de som não há muito para dizer, tirando que sempre que as vozes estavam, outra vez, pouco audíveis. Mas tabém não fazia grande diferença, porque a banda aparenta ser, no fundo, uma ávida fã do ruído.

Em Gost o público volta. E volta do bar. De repente saímos de um festival de metal regado a cerveja para uma rave alagada por ela. De um lado temos dançarinos, pessoas a curtir, a rir e de braços no ar, do outro seres estáticos que olham o palco incrédulos. Uma escolha inusitada mas que revela uma tentativa de ser mais eclético por parte do festival. No entanto, por muito que houvessem pessoas a divertirem-se, elas estão cá para ver bandas. Gost deu diversão, mas não vai ser um concerto comentado nos anos seguintes. Foi divertido. Just that.

Depois foi hora de dormir (ou não, que o bar está aberto até de manhã), e preparar para mais. No final de contas, um grande dia de abertura de um festival que promete muito. E que, há mais de 20 anos, cumpre as promessas.

Texto por João Pedro Freitas
Agradecimentos SWR Inc.


 

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