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Road To Vagos – Watain

Os amantes das artes negras não se poderão queixar de não ter espaço no Vagos Metal Fest. Não só têm, como o têm de forma luxuosa. Os Watain começaram a sua carreira há pouco mais de duas décadas e aos poucos foram caminhando para serem uma das grandes forças do black metal mundial. A banda sueca começou então em 1998 com um claro propósito de recuperar o black metal para o seu lado mais sério e ritualista.

No mesmo ano lançaram a demo “Go Fuck Your Jewish “God””, uma demo com um som bem caótico e que não deixava antecipar o que se seguiria. No entanto, ainda nesta fase primordial ainda se teria um álbum ao vivo, “Black Metal Sacrifice” lançado em cassete numa edição limitada a 50 unidades.

Ainda antes do primeiro álbum de originais, “Rabid Death’s Curse”, lançaram um single 7″ em vinil com dois temas intitulado “The Essence Of Black Purity” mas foi mesmo com o já mencionado que as atenções começariam mesmo a voltar-se para a banda sueca. Este trabalho foi o único em que a banda apresentou dois guitarristas. A reacção foi positiva e inseriu-se na explosão que o black metal mais hermético teve no início do milénio.

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A banda não deixou de batalhar no underground e no ano seguinte lançaria mais um álbum ao vivo, “The Ritual Macabre” numa edição exclusiva em cassete limitada a 666 cópias. No mesmo ano também lançariam um split em vinil, limitado a 300 cópias com os Diabolicum – “The Misanthropic Ceremonies”. Se o primeiro álbum teve um bom impacto, foi definitivamente com o segundo, “Casus Luciferi” que os Watain se tornaram um dos nomes mais procurados dentro do black metal.

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Tanto em termos de produção como em termos de composição, as opiniões da crítica e fãs eram unânimes: este foi verdadeiramente um passo em frente na sua carreira, um passo que também os viu a voltarem-se mais para as influências suecas do que as norueguesas bem presentes nos trabalhos anteriores.

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O facto de “Casus Luciferi” ter sido bem sucedido também fez com que a banda se resguardasse dos lançamentos underground e se focasse exclusivamente nos álbuns. Da Drakkar Productions que lançou os dois álbuns anteriores passaram para a Season Of Mist para editar o algo controverso “Sworn To The Black”.

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“Sworn To Black” representou a subida da banda ao próximo nível de exposição e não só. Todos sabemos que não é fácil uma banda de black metal ter sucesso. Mais difícil ainda é conseguir ter sucesso sem alienar grande parte da sua base de seguidores. E foi o que aconteceu de certa forma aqui, com grande parte dos seguidores a não ficarem completamente convencidos com a produção bastante limpa embora mantivesse em termos de composição o seu estilo mais ou menos intacto, tirando alguns riffs a descair para o death ou thrash metal.

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A aclamação viria, com toda a justiça,  aquando o lançamento de “Lawless Darkness”, talvez um dos seus trabalhos mais unânimes mesmo que tenham arriscado ainda mais no departamento das dinâmicas. Temos um álbum ambicioso que mostra a banda sueca a não renegar as suas raízes mas também a mostrar que é capaz de fazer muito mais do que aquilo que seria expectável deles. A fasquia ficou elevada de forma impressionante.

Essa rota ascendente não passou despercebida e conforme se tornaram um dos nomes mais apetecíveis da música extrema, a Century Media chegou-se à frente e agarrou-os sendo que o primeiro resultado desta ligação é o algo polémico “The Wild Hunt”. Como já foi dito atrás, a banda simplesmente não consegue parar quieta em termos criativos mas depois de um álbum como “Lawless Darkness” é assim tão estranho que tenham tentado outra coisa completamente diferente? Não. Todavia poucos estavam preparados para uma “They Rode On”, mencionando apenas o caso mais flagrante do risco que tomaram.

Apesar desse feedback, a banda não deixou de continuar a crescer e atrás desse facto vieram alguns álbuns ao vivo (“Tonight We Raise Our Cups and Toast in Angels Blood: A Tribute to Bathory” e “Stellar Descension Infernal in Budapest” que apontavam a mira aos fãs mais acérrimos da primeira fase da banda) e alguns splits (com Mayhem, em exclusivo para a digressão em conjunto das duas bandas, e com Tribulation, com um aperitivo para os novos trabalhos de ambas as bandas que iriam sair em 2018). “Trident  Wolf Eclipse” era um álbum aguardado tanto por fãs como pela crítica e para surpresa de alguns, mostra os suecos muito menos experimentais e mais focados no black metal puro que sempre esteve na base do seu som. Seja como for, é sabido que no Vagos Metal Fest, quando os Watain estiver em palco, toda a terra se cobrirá de negro.

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