Savior Review
Filme de guerra que apresenta um ponto mais humano do que é normal. Joshua Rose (Dennis Quaid – Extremamente Perigosos) entra numa mesquita e mata todos os que se encontram lá dentro, depois da sua mulher (Nastassja Kinski – Velocidade Terminal) e filho terem sido assassinados num atentado bombista. Para fugir, ele e o seu melhor amigo Peter (Stellan Skarsgard – Ronin) alistam-se na Legião Estrangeira, acabando destacados para Bósnia. Depois de Peter falecer, Rose vê-se cada vez mais à deriva numa guerra que se alimenta de ódio étnico. Do lado dos sérvios, torna-se cada vez mais insensivel a todas as atrocidades que presencia mas a partir do momento em que assiste a uma troca de prisioneiros e fica responsável por uma jovem rapariga, Vera (Natasa Ninkovic), vitima de violação e grávida algo muda dentro de si. O seu novo parceiro pretende assassiná-la e á sua criança de raça misturada sendo impedido por Rose. Todavia os maus tratos infligidos, provocam o nasicmento prematuro da criança. Depois de ter assistido ao parto, Rose vai entregá-la à casa dos seus pais, mas estes também a rejeitam, principalmente depois de a verem com uma criança. Entregues a si próprios, procuram fugir dos soldados sérvios e das equipas de limpeza étnica que actuam pelo país.
Savior é um filme anti-guerra que não é fácil de ver por ser brutalmente real, possuindo várias imagens fortes que são impossíveis de esquecer (principalmente a cena do rio. Não é a questão de ser gráfica, é questão de sabermos que foi assim que as coisas aconteceram). Apesar de realizado por Predrag Antonijevic (Hard Cash), um realizador sérvio, não é apresentado nenhuma explicação política para a guerra, não há pontos de vista raciais (até porque as personagens principais fogem dos sérvios no inicio) e não é um filme pró-sérvio, nem pró croata. Se há algo que é defendido é a valorização da vida humana, independentemente da raça ou credo.
Quaid está simplesmente fenomenal com uma das suas interpretações mais bem conseguidas de sempre, num filme onde praticamente não há diálogos, onde as duas principais personagens interagem quase apenas por gestos. Reparem na expressão dele, no final, quando uma personagem lhe diz “you are a good man” e vão perceber o que estou a dizer. Simplesmente um dos filmes da minha vida.
Nota 9/10
Support World Of Metal