Shvpes – “Pain.Joy.Ecstasy.Despair” Review
01. Bone Theory
02. State Of Mine
03. Skin & Bones
04. False Teeth 96-24
05. Smoke & Mirrors
06. Breaking The Silence
07. The Otherside
08. Two Minutes Of Hate
09. Pain. Joy. Ecstasy. Despair
10. God Warrior
11. Tear Down The Walls
Duração 38:37
2016 Spinefarm Records
Como raio se diz este nome? Por vezes parece que estamos mais numa prova de obstáculos do que propriamente no mundo da música. Será que o “V” é para ser lido como “V” ou será que é como “U”? Se for este último, dá um sentido engraçado (e inesperado de certeza para a banda) em português. Ou será até para ler como um A, como se estivesse invertido? Bem, seja como for vamos lá a isto. “Pain.Joy.Ecstasy.Despair” trata-se do álbum de estreia dos Shvpes, que até tem um conceito engraçado – algo como que para melhor viver, para melhor termos a alegria e o êxtase, temos que experienciar a dor e o desespero.
Conceito bom. E a música? Pois… aí é que já temos mais dúvidas. Este álbuma inicia-se de forma forte com “Bone Theory” mas acaba por ser esse tema que revela todo o resto do álbum porque tudo o que vemos e ouvimos de seguida remete-nos para a base lançada com essa primeira faixa. E que base é essa? Rock/(nu)metal moderno com muito de pós-qualquer-coisa-core lá no meio e com a velha fórmula da voz gritada (à la hardcore) e com os refrões melódicos (melosos) que já vimos centenas de milhares de vezes noutros sítios.
Temos que ser sinceros, nunca gostámos de Linkin Park mas é precisamente ao que soam os Shvpes, caso tivessem surgido depois do metalcore ter explodido e não antes. E admitimos que esta banda até nos soa bem mais interessante e ameaçadora do que alguma vez nos soaram os Linkin Park. Para quem for mais sensível (metalicamente falando), definitivamente é um trabalho para passar ao lado. Para quem tem saudades da sonoridade andava na berra dezasseis anos, poderá matar saudades por aqui. Moral da história: muitas vezes verificamos que por muito que o tempo ande, há sempre algo que nos faz olhar para trás. Mesmo que não queiramos.
Nota 5/10