Stortregn – “Singularity” Review
Para quem já tinha saudades de uma proposta de metal bruto da Suiça. então é porque estava mesmo a precisar do segundo álbum dos Stortregn. Não que tenha alguma coisa relacionada com as bandas clássicas do país como Coroner, Celtic Frost ou Samael, porque efectivamente encontra-se longe de todos os estilos muito pessoais de cada uma das três bandas mencionadas. A haver alguma aproximação, teríamos que citar o início do milénio onde a melodia do black e do death se fundiam de vez em quando, com alguma thrashada pelo meio.
Ou seja, se na teoria até tem pontos em comum, na prática assume-se um pouco mais genérica no seu black/death metal com pormenores que ficam muito bem mas que já foram usados antes – por exemplo, aquela paragem acústica na “Black Moon Silhouette”, tem o seu quê de Dissection. As guitarradas por vezes relembram-nos os Susperia ou até mesmo Dimmu Borgir, principalmente pela abordagem vocal de Romain. Este conjunto de referências serve logo para deixar uma série de pessoas desinteressadas e até conseguimos perceber, já que este tipo de trabalho seria bombástico lançado quinze anos atrás.
Quererá isso dizer que está fora do seu tempo? Não, nem por isso, soa bombástico agora também. Apenas já ouvimos este tipo de coisa algumas vezes, mas até não nos importamos de ouvir outra vez, até porque a potência de temas como “Acosmic Ascendent”, “Omega Rising ou “Nightside” Of Eden” não é fácil de ser ignorada. Para quem consegue não se importar com o sentimento de déjà vú ou gostar de nostalgia, está aqui um álbum capaz de proporcionar muitas boas horas de diversão, já que este é um álbum quase perfeito, cuja grande falha é mesmo ter chegado um pouco tarde demais no tempo.
1. Enlighten Salvatio
2. Acosmic Ascendant
3. Crimson Depths
4. Vertigo
5. Omega Rising
6. Aurora
7. Black Moon Silhouette
8. Nightside of Eden
9. Elegy
10. Neverending Singularity
Duração 43:23
2016 Non Serviam Records
Nota 8.3