Valient Thorr – “Old Salt” Review
Os Valient Thorr são um bom exemplo de como a persistência compensa. Tocando uma espécie de híbrido entre o heavy metal, o hard rock, o proto doom e até o rock sulista, a banda foi quase desde o início uma banda de culto, onde esse mesmo culto nunca se alongou muito de álbum para álbum, mas chega hoje, treze anos após o lançamento do primeiro trabalho, a um ponto onde este “Old Salt” consegue angariar as atenções tanto dos fãs como da imprensa especializada na música pesada. O facto de estarem numa editora como a Napalm Records também não é certamente alheio a este facto.
Sendo já o sétimo álbum, também é de esperar alguma (muita) experiência por parte da banda norte-americana que não fode muito ao que é o seu som e a sua identidade. É certo que o rock está cada vez mais na ordem do dia na mistura com outros subgéneros do metal. Basta olhar para os Red Fang e Baroness, apenas para citar os exemplos mais óbvios, embora também não podemos dizer que estes Valentes não andem à boleia de quem quer que seja. Com onze músicas boa onda, o principal problema que encontramos neste conjunto de temas é que os mesmos não ficam. Por muito que tentemos, e tentámos, mas os mesmos não ficaram.
Pelo lado positivo, o facto da banda ter aqui e ali picos de psicadelismo, é algo refrescante, assim como outras influências de rock mais noise, misturadas com o que já falámos atrás. Mas as músicas, essas… não ficam nem à lei da bala. É um álbum para o qual é necessária paciência, que vai crescendo, mas que esse mesmo crescimento é lento demais para que não seja necessária uma dose de paciência cavalar. Para ouvir sem grandes expectativas e verão que vão gostar. Mesmo que não se lembrem depois o que raio estiveram a ouvir.
1. Mirakuru
2. Lil Knife
3. Cut and Run
4. No Count Blues
5. The Trudge
6. Worm Up
7. Spellbroke
8. Linen Maker
9. The Shroud
10. Looking Glass
11. Jealous Gods
Duração
2016 Napalm Records
Nota 6.7/10