WOM Flash Reviews – Sutekh Hexen / All Get Out / Dharma / Disruption Path / Shredder / Serpents / Hellvadec / Electric Hydra
Sutekh Hexen / 夢遊病者- “7” Split”
Sentient Ruin Laboratories
Split em vinil entre os norte-americanos Sutekh Hexen e os misteriosos 夢遊病者 (que significa Sleepwalker, ou seja, sonâmbulo). São duas entidades que têm o mesmo objectivo, a experimentação através da barulheira com vista a transcendência do ser humano para além do seu corpo. Podemos dizer que no caso dos Sutekh Hexen, isso é logo atingido mas que nos Sleepwalker, a coisa não é imediata, embora acabe por surgir, principalmente graças a umas melodias inesperadas. Para os amantes de noise e experimentalismo.
Nota 7/10
Fernando Ferreira
All Get Out – “Northport Sessions”
Rude Records
Este EP traz-nos um conjunto de canções que andam por dois mundos. Ora andam despidas ao seu básico onde as mesmas retém o seu poder emocional máximo ora se transformam com arranjos adicionais que ainda acrescentam mais emotividade e vida ao seu núcleo. Em termos genéricos, é algo que anda pelo indie rock/pop, mas a sua beleza é tão clara que é neste momento em que mandamos os rótulos dar uma curva.
Nota 8/10
Fernando Ferreira
Dharma – “Obselete”
Edição de Autor
Excelente surpresa os Dharma. “Obselete” é já o seu segundo EP e a banda apresentou-se perante nós com um som profissional, de grande qualidade e com uma mistura explosiva entre metal e hardcore mas consegue ir para além dos breakdowns constantes e apresenta muitas mais valias. Se estiverem curiosos como nós para os ver ao vivo, é já no próximo dia 2 de Novembro no Oeste Underground Fest que vão ter oportunidade para isso.
Nota 9/10
Fernando Ferreira
Disruption Path – “Warped Sanity”
Extreme Sound Records
EP de estreia dos brasileiros Disruption Path que se apresentam em grande forma com “Warped Sanity”, um trabalho onde o death/thrash comanda o som e de forma bastante competente. A produção é forte mas não deixa de transparecer aquele poder cru que o metal underground deverá conservar. Quatro temas bem interessantes e um nome a que se deve estar atento do outro lado do Atlântico.
Nota 8/10
Fernando Ferreira
Shredder – “Tortured Souls”
Hellfire Records
Death/thrash à antiga é o móbil dos Shredder. E quando dizemos à antiga, falamos em inícios da década de noventa. Aliás, não fosse a informação que nos diz que isto foi lançado em 2019, diríamos certamente que era de 1994 ou 1995. A banda australiana tem portanto o seu amor em relação ao género bem intacto e assente naquilo que está na base. É de louvar. É pena é que o resultado não seja assim tão memorável e até vintage demasiado. Interessante – principalmente os solos – mas ainda um longo caminho a percorrer.
Nota 6/10
Fernando Ferreira
Serpents – “Scongiuri”
Edição de Autor
E agora, algo (mesmo) completamente (absolutamente!) diferente! Serpents é o projecto que junta Karyn Crisis (ex-Crisis) e Luciano Lamanna (dj, produtor e engenheiro de som) com resultados sonos equivalentes a uma espécie de dark ambience moderno, com tornos mais electrónicos mas de uma forma minimalista. Crisis impressiona pelo alcance de voz num registo que não estamos habituados a conhecê-la mas que resulta bastante bem. Não é um trabalho que se ouça facilmente mas para quem tem os horizontes abertos (escancarados!) vai ser uma lufada de ar fresco.
Nota 7/10
Fernando Ferreira
Hellvadec – “Discomfort”
Edição de Autor
Mais uma estreia no mundo do metal. Os italianos Hellvadec apresentam quatro temas que nos dão indicações díspares quer em relação ao futuro, quer em relação ao seu som. A voz de Silvia aproxima-os dos Guano Apes, mas ao mesmo tempo leva-os para paragens mais pesadas. E mais nu-metal. As guitarras por outro lado são mais agrestes e trazem-nos o thrash caseiro que havia no início do milénio, com uma bateria demasiado digital para soar de forma orgânica. Esforçado mas ainda há todo um caminho à sua frente.
Nota 5/10
Fernando Ferreira
Electric Hydra – “The Last Of Us”
Moondawn Records
Rockão! Stoner, retro, não interessa. Simplemente rockão! Dois temas onde essa simplicidade está bem evidenciada e que deixa desarmado qualquer um que venha com algum tipo de má onda em relação a esta sonoridade, provavelmente por preconceitos. A simplicidade é chave e ela liberta. Principalmente com um rock destes. Sem dúvida que queremos ouvir mais desta malta.
Nota 8.5/10
Fernando Ferreira
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