Review

WOM Flash Reviews – Zonder-Wehrkamp / Leo Viridi / Gjöll / Vice / The Brood / Mitchell Mantell / Twin Seeds / Solitary

Zonder / Wehrkamp – “If It’s Real”

2019 – Edição de Autor

Projecto que reúne o baterista Mark Zonder e o multi-instrumentista e cantor Gary Wehrkamp, dois nomes que não serão estranhos para os amantes do rock/metal progressivo. Zonder é o baterista dos Fates Warning, enquanto Wehrkamp vem dos Shadow Gallery. O resultado é o que se espera, rock progressivo de grande qualidade, tradicional e que nos faz pensar nas grandes referências do género da década de oitenta. Por vezes parece que falta um pouco de sangue na guelra a este álbum, algo que não perturbará os fãs das duas bandas, principalmente dos Shadow Gallery.

Nota 7/10
Review por Fernando Ferreira


Leo Viridi – “LV1”

2019 – Edição de Autor

Não sabemos bem se esta é uma super-banda ou se um projecto de um músico com convidados especiais. Normalmente estas coisas são descartáveis e pouco memoráveis – fruto também do sistema triturador e da esmagadora oferta de propostas que temos hoje em dia – no entanto, e tentando ser o mais realista e justo possível, este álbum poderá marcar pela qualidade dos seus temas ainda que tenhamos três abordagens distintas que fazem com que seja difícil olharmos para “LV1” como um álbum coeso. Temos a abordagem instrumental, bem conseguida, temos a abordagem mais melódica e a mais metálica. Leo Viridi, o músico por trás de tudo (e das guitarras e do baixo), convidou Glen Drover (ex-Megadeth), Devin Mysyk e Keith Garrett para debitar solos (drover também deu umas perninhas nas teclas), assim como a bateria ficou a cargo de Shawn Drover (também ex-Megadeth) e com os vocalistas convidados Henning Basse, Chris Clancy, Danni Carroll e o teclista Derek Sherinian. Fosse um pouco mais coeso nas diferentes faixas e o resultado seria inesquecível. Não é, no entanto, isso que o faz o mau trabalho. Muito pelo contrário.

Nota 8/10
Review por Fernando Ferreira


Gjöll – “Residual”

2019 – Wormholedeath Records

Os EPs continuam a ser uma excelente forma de apresentar as bandas ao público. E quando a coisa corre bem, fica-se cheio de vontade e curiosidade de ouvir mais num outro EP ou mesmo álbum. Com os Gjöll sem dúvida que existe essa curiosidade embora tenhamos que admitir que a coisa não é propriamente esclarecedora em relação à banda e à sonoridade. Temos diversas abordagens (demasiadas) em apenas quatro temas. Talvez com mais temas e mais espaço, essas abordagens se poderiam materializar em conjunto de forma mais harmoniosa e não tão desconexa. Ainda assim fica uma excelente impressão, de que estamos perante um diamante em bruto, com muitas arestas a lapidar. A começar pela produção.

Nota 7/10
Review por Fernando Ferreira


The Brood – “Democratic Warfare”

2019 – Downfall Records

Cada um tem a sua especialidade e no caso da Inglaterra, teremos que dizer que o death/grindcore é certamente uma delas, sendo que os The Brood são um dos seus mais fieis representantes. A carreira infelizmente ainda é curta de acordo com os nossos desejos, aliás, tal como este “Democratic Warfare”. Grindcore com um toque de hardcore – a nível da voz – os The Brood arrebentam-nos as fuças em pouco mais de oito minutos. Em bom tom masoquista temos que dizer que… QUEREMOS MAIS!

Nota 9/10
Review por Fernando Ferreira


Vice – “3 Fingers Up”

2019 – Lictoc Music/ Pride & Joy Music

Rockão divertido e inconsequente. Tal como faz bem à alma ouvir de vez em quando. Esta foi a grande razia com o grunge, este tipo de som descomprometido, rock duro e com apelo fácil para as melodias vocais e refrões viciantes. Os Vice começaram em 89 e após algum sucesso na altura desapareceram. Poucos anos atrás voltaram e “3 Fingers Up” é já o segundo álbum desde esse regresso que tem todos os motivos para manter a boa disposição em alta. Podemos até esquecer-nos deles, mas garantimos satisfação enquanto a audição durar.

Nota 7.5/10
Review por Fernando Ferreira


Mitchell Mantell – “This Is Your Opportunity

2019 – Edição de Autor

Temos a informação de que Mitchell Mantell é um multi-instrumentalista austrailiano e também um produtor e este seu primeiro EP é o testemunho do seu talento onde se juntam também dois vocalistas (Joshua Ratcliff na voz limpa e The Pruitt nos guturais/voz gritada) com um metal que tanto pode ser visto como progressivo como metalcore. Está bem conseguido ficando apenas a “queixa” que em alguns momentos a música (como a “In The Wind”) ganhava mais caso houvesse menos coisas a acontecerem – por muito chavão que seja, por vezes, menos é mesmo mais.

Nota 6.5/10
Review por Fernando Ferreira


Twin Seeds – “Red Powder”

2019 – Edição de Autor

Projecto instrumental nacional que tem nas guitarras a sua principal força e também fraqueza. Se por um lado os Twin Seeds apresentam cenários próximos em relação aos que podemos encontrar nos guitar-hero da década de oitenta e noventa, por outro lado a produção e até o tom das guitarras (e de certa forma a composição e arranjos) remetem-nos para as produções caseiras do novo milénio, onde já se consegui encontrar um som decente em comparação com os estúdios profissionais. Decente mas ainda assim algo limitado. São essas limitações que acabam estar presentes principalmente nos leads de guitarra onde nem sempre soam tão bem como deveria ser. No entanto, não deixa de ser um EP interessante e recomendado para quem gosta de rock instrumental.

Nota 6.5/10
Review por Fernando Ferreira


Solitary – “XXV”


2019 – Doc Records

Os Solitary podem não ser a banda mais activa do underground britânico mas este EP é representativo da sua luta ao longo de vinte e cinco anos de carreira – o título do EP não é por acaso. Thrash metal como se convencionou fazer na década de noventa onde o músculo das guitarras são o ponto mais importante. Esforçado e competente q.b., “XXV” é uma boa comemoração de carreira.

Nota 6.5/10
Review por Fernando Ferreira


 

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