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WOM Profiles – Tony Lazaro (Vital Remains)

Como aperitivo para o Morbid Fest e como um dos media partners oficiais do evento, a World Of Metal vai fazer uma série de artigos sobre as principais figuras das quatro bandas que vão subir ao palco no próximo dia 12 de Maio. Começamos esta semana por Tony Lazaro dos Vital Remains.

Os Vital Remains são uma das grandes bandas de death metal norte-americanas. Uma banda que talvez nunca tenha tido o reconhecimento que lhe é merecido. A operar desde 1988, a banda operou por diversas mudanças e embora não seja um dos membros fundadores (tudo partiu a partir de Paul Flynn e só depois deste dissolver a primeira encarnação da banda e arranjar uma nova, que Lazaro entra em cena), Tony Lazaro representa a essência dos Vital Remains, estando presente em todos os registos lançados pela banda até aos dias de hoje. Este é o seu perfil.

Tony Lazaro entrou para a banda como guitarrista ritmo dos Vital Remains em 1988 e aos poucos foi-se tornando uma força dentro da banda, uma força criativa e anímica que sempre levou a banda para a frente, mesmo quando as forças de bloqueio pareciam estar instaladas. Em 1996, Flynn decide desistir para se dedicar à família e Lazaro assume as rédeas da banda. Segundo as palavras do próprio, há sempre um membro em cada banda que é a força impulsionadora mas sem os restantes membros, independentemente de haver mudanças, uma banda nunca poderá verdadeiramente existir. E ele sente essa responsabilidade fazendo tudo para que não exista decepções, tanto internamente, como obviamente para com os fãs.

Olhando um pouco para as suas motivações, Lazaro tem o metal a correr nas veias. A forma como se expressa musicalmente, e, por consequência, os Vital Remains se expressam musicalmente parte interiormente, tendo como ponto de partida e como influência vários estilos diferentes de metal, criando dinâmicas diferentes que ajudam a enriquecer a sua música – o que não lhes impede de ter temas longos e épicos cheios de solos de guitarra neo-clássicos, harmonias ou elementos de flamenco. Tudo isto, segundo Tony Lazaro, surge naturalmente. Factor que também está relacionado com a banda ter demonstrado uma evolução constante que ainda não parou. Enquanto algumas bandas depois de lançarem um ou dois álbuns fortes no início da carreira, apresentam uma curva descendente, os Vital Remains e ele próprio vão evoluindo, evidenciando e apresentando melhores álbuns, trabalho após trabalho. Nunca renegando as suas origens e aquilo que gostam de realmente de fazer. Daí um título de álbum como “Forever Underground”. Há um certo orgulho nesta declaração. Lazaro sabe que a música que faz e gosta nunca será aceite de forma alargada, nunca gozará da popularidade que alguns dos seus pares gozaram no final da década de oitenta e no início da de noventa.

Quanto aos conceitos, há uma variedade muito grande de coisas que o podem inspirar, tais como notícias, música, livros, filmes, TV, qualquer coisa. Não fica indiferente ao que se passa no mundo, algo que infelizmente abunda e inspira todo o ódio e brutalidade que uma banda como Vital Remains usa como combustível para as suas composições. Obviamente que outra das suas inspirações é a sua aversão à religião católica, que Tony tem desde que praticamente se recorda. No fundo, os Vital remains servem como escapatória e exorcismo da sua raiva e sentimentos menos positivos.

Apesar do seu nome estar para sempre associado aos Vital Remains, a banda de death metal norte-americana nem sempre foi o seu único foco. Olhando para trás, tudo começou algures entre 1982 e 1983, quando esteve nos Melek Taus a tocar versões embrionárias de thrash metal, com as influências que todos tinham na altura – Venom, deixando para trás os Judas Priest e Black Sabbath como forças primordiais de inspiração – a banda terá mudado o nome para Ritual Sacrifice e lançado uma série de demos entre 1989 e 1994, um silêncio apenas quebrado pelo álbum de estreia editado no ano passado “When Hope Is Pain”, originalmente gravado em 1995 mas que nunca chegou a ser editado pela sua editora na altura, Massacre Records, ter falido. Depois disso evoluiu para os Equinox, numa abordagem mais técnica de thrash metal (que tinha mais influências de Possessed). Seguiram-se Somatic Death, uma banda que teve com amigos e colegas de escola entre 1985 e 1986 e com os mesmos membros surgiram os Dark Lord a tocarem black metal da primeira vaga por volta de 1987. Tudo isso ficou de parte quando em 1989 entrou para os Vital Remains mas é um retrato da sua evolução e amor ao género. Com Dark Lord chegaram inclusivamente a lançar uma demo, precisamente em 1987.

Lazaro também colaborou com uma marca de guitarras, entretanto falida, Yavcon Guitars na criação da guitarra The Crucifire. Com o design feito por ele, a guitarra lembrava um pouco as BC Rich, com um formato de cruz e com um “666” iluminado.

Além de ter sido uma força dominante na composição e interpretação dos temas de Vital Remains, também chegou a desempenhar os papéis de produtor no álbum da banda “Into Cold Darkness” e como designer nos álbuns “Forever Underground” e “Dechristianize”.

Abaixo poderão comprovar todo o seu talento numa representação daquilo que melhor faz, um dos pilares dos Vital Remains, death metal clássico mas muito peculiar, inclusive algumas faixas do álbum dos Fleshgod Apocalypse, “Labyrinth” onde Lazaro, a par de muitas outras figuras ilustres do metal, foram nomeados como tendo participado nos coros, sendo essa a forma de homenagem por parte da banda italiana prestar tributo e agradecimento a quem os inspirou na sua carreira e música – nada mais merecido..

 

Os Vital Remains são uma das grandes atracções para o Morbid Fest, que  conta já com 20 datas por toda a Europa e terá data única em Portugal.

PREÇOS
Pré-Venda: 25€
No dia: 30€

Bilhetes disponíveis em bol.pt e locais habituais.


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