Report

WOM Report – Riverside, Mechanism @ Lisboa Ao Vivo,Lisboa – 03.11.18

Depois de terem actuado em Portugal pela última vez em 2015 no Paradise Garage, os Riverside regressaram agora para apresentar o novo trabalho “Wasteland”, sendo também esta nova passagem marcada por ser a primeira depois do triste desaparecimento do guitarrista Piotr Grudziński.

Com eles trouxeram os também polacos Mechanism que se encontram a apresentar o segundo álbum “Entering the Invisible Light” lançado este ano. Os cerca de 45 minutos que durou a actuação permitiu aos Mechanism mostrarem a qualidade do seu prog metal. O som esteve óptimo durante todo o concerto e a banda manteve-se sempre comunicativa, com o grande destaque a ir para o vocalista Rafal Stefanowski que conquistou o público com a excelente prestação e simpatia, e acabou mesmo a fazer um pequeno vídeo a partir do palco. A despedida fez-se com “The Grand Confusion” e sem dúvida que a banda polaca deve ter conseguido mais alguns fãs em Portugal, especialmente julgando por aqueles que no fim da noite se deslocaram á banca de merchandise para obter o novo álbum autografado e ter dois dedos de conversa com a banda.

Após uma pequena pausa, entravam os Riverside no palco do Lisboa ao Vivo. Depois de um período muito difícil para a banda, os Riverside entraram numa nova fase da carreira, e o concerto de Lisboa foi disso um exemplo, ao apresentar uma banda muito positiva e a fazer um concerto em que acima de tudo queriam que o publico se divertisse e participasse. Esse objectivo foi cumprido logo com o coro de vozes que acompanhou Mariusz Duda em “Acid Rain” e “Vale of Tears”, os primeiros temas da noite, como se fossem já clássicos da banda. Rapidamente se percebeu que o público do LAV estava com os Riverside na forma calorosa como os receberam e ás novas músicas.

A setlist com a duração de duas horas, teve um foco muito forte em “Wasteland” (que tirando a intro “The Day After” foi tocado na totalidade), mas ainda assim foi bastante equilibrada, conseguindo passar por toda a discografia dos polacos. A primeira incursão pelo passado dos Riverside fez-se com “Reality Dream I” e “Out of Myself” (sempre um momento marcante), ambas do primeiro álbum de 2004. Pelo meio houve espaço para uma musica nova “Lament” que não destoa do material mais antigo. O inicio da “Second Life Syndrome” transformou-se em mais um momento “proggy” da noite com “Left Out” a recuperar “Anno Domini High Definition”. Temas de álbuns passados como “Lost (Why Should I be Frightened By a Hat?)”, “Forgotten Land” e “Loose Heart” (aqui com uma roupagem ligeiramente diferente), foram intercaladas pelos novos temas, a balada “Guardian Angel”, e o instrumental “The Struggle for Survival” que funciona como um tema mais progressivo á moda antiga dos Riverside. A set principal encerrou da melhor forma com “Wasteland” um dos grandes destaques do novo álbum, onde as luzes e as imagens nos ecrãs ajudaram a transportar o ambiente de western pós-apocaliptico ao LAV, com o coro dos presentes na sala a ajudar muito a tornar o momento ainda mais especial.

O encore iniciou-se com Mariusz Duda apenas a cantar acompanhado pelo teclista Michał Łapaj em “The Night Before” num momento que teve tanto de belo como de intimista. Seguiu-se outro clássico “02 Panic Room” onde Duda desafiou o público mais uma vez a cantar o refrão, e o publico respondeu positivamente. Antes de “River Down Below” houve espaço para uma sentida homenagem a Piotr Grudziński que conseguiu aquele que foi de longe o maior aplauso da noite.

Foi numa nota positiva com Mariusz Duda despedir-se do público português desejando que todos fossem felizes que os polacos deram por terminada mais esta paragem no nosso país. Essa atitude foi uma constante ao longo de um concerto em que existiu uma banda em palco genuinamente feliz por estar ali, e um publico que fez questão de demonstrar o carinho pela banda. Tal como Duda dizia antes do concerto em conversa com a WOM, nesta tour os Riverside subiram de nível em relação a todos os aspectos. O facto de se apresentarem numa sala maior, com o espectáculo visualmente mais interessante até agora na carreira da banda, e com um concerto deste nível só o vem a comprovar. Ficou a promessa de que as passagens da banda polaca por Portugal seriam mais frequentes. Lá estaremos de novo.

Texto por Filipe Ferreira
Fotos por Filipa Nunes
Agradecimentos Free Music Events


 

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