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WOM Report – Viseu Rockfest @ Asdreq, Quintela de Orgens, Viseu – 20.07.19

No passado dia 20 de Julho, decorreu a sétima edição do Viseu RockFest, o festival teve lugar na ASDREQ, Quintela de Orgens, Viseu. Um cartaz preenchido por dez bandas, percorrendo assim, diversos estilos de rock e metal, conseguindo agradar à maioria do público presente.

Eram 16:30 quando se começaram a ouvir os primeiros acordes vindos do palco, dava-se então o início da sétima edição do viseu RockFest, com os Orangotango a trazerem o melhor do seu stoner rock e apresentando o seu primeiro álbum ao público visiense, num concerto que ia aumentando o ritmo com o decorrer do tempo e se o ritmo aumentava o número de pessoas no recinto aumentava também.

Cerca de uma hora depois os “lisboetas” Reverent Tales entravam em palco, a banda liderada por Raquel Nunes presenteou o público com o melhor só deus prog/groove metal. O grupo com apenas um ano tocou temas do seu primeiro e único álbum lançado até à data, tocando também o single Above Me.

A tarde já ia meio, quando foi a vez de se ouvir algum sludge metal trazido pelos Maxila. A banda de São João Da Madeira formada por elementos de EAK, Gordura e As They Come foi uma das surpresas do dia. Consegui chamar a atenção de todo o público, que mostrou interesse e satisfação ao longo do concerto.

Zentaura, foi a quarta banda a entrar em palco. Os espanhóis trouxeram o gótico/industrial ao Viseu Rockfest. A banda apesar de pouco conhecida pelo público despertou a atenção das pessoas presentes, levando a que estas abordassem a banda após o concerto para parabenizar.

Se existe banda que conhece bem o público de Viseu é Biolence. A banda portuense voltou a trazer o seu death metal por volta das 20:30h. O ritmo acelerado da bateria e os vocais de César fizeram com que começassem os primeiros moshpits no recinto.

Uma das bandas mais aguardadas da noite era sem dúvida Okkultist. A banda de Beatriz Mariano veio apresentar o seu mais recente álbum, “Reinventing Evil”, fechando a atuação com “Satan My Master”, uma cover do original de Bathory. Desta forma o quinteto conseguiu ter uma atuação cheia de energia com apenas três breves paragens, onde o guitarrista Rui Belchior aproveitava para puxar pelo público.

Com a energia em alta não havia melhor altura para os Clockwork Boys entrarem em palco e colocarem o público em êxtase com o seu Punk Rock. O grupo deu tudo o que tinha e não tinha em palco, para que o público não perdesse a energia que tinha e continuasse a cantar alguns versos das músicas juntamente com eles.

Antes entrarmos na reta final do festival tivemos Dawnrider com o seu doom. Através do seu registo mais calmo foi possível recarregar um pouco as energias. Apesar de o público se dispersar um pouco pelo recinto ao longo do concerto, a banda continuou a receber o mesmo apoio do inicio ao fim.

Faltavam apenas duas bandas atuar, Equaleft e Grindead, quando o sistema de som pregou uma partida a toda a gente e fez com Equaleft tivesse um atraso de quase 30 minutos. Ao entrar em cena a banda depara-se com um público reduzido e vencido pelo cansaço, a tarefa de reanimar o público não era fácil. Apesar de se apresentarem com menos um guitarrista e com Luis Moreira dos In Vein na bateria, Equaleft consegue trazer a energia de volta ao público com os temas “Once Upon A Failure” e “Fragments”. A setlist teve principalmente temas do novo álbum “We Defy”.Equaleft foi sem dúvida uma das bandas chave desta edição.

Para terminar este dia repleto de metal, Grindead veio dar o remate final. À semelhança das suas outras passagens por Viseu, a banda  foi bem recebida pelo público, o grupo nortenho, apesar de ter um público bastante reduzido, não desiludiu conseguindo por quem os estava a ver a moshar de início ao fim. Terminado apesar dos atrasos e das temperaturas altas, que levaram a uma menor aderência nas primeiras horas, podemos dar esta sétima edição como mais um sucesso. E também como mais uma afirmação de José Rocha em trazer cada vez mais festivais de música pesada ao centro do país.

Infelizmente, não nos foi possível apresentar um registo fotográfico do concerto de Grindead devido a problemas com o material, cartões de memória corrompidos continuam a ser dos maiores inimigos de um fotógrafo.

Texto João Pedro Silva
Agradecimentos Rocha Produções

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