WOM Review – A Constant Storm – “Lava Empire”
“Storm Alive” foi uma excelente surpresa, que nos surpreendeu dentro dos meandros do death metal melódico mas que já apontava muitas possíveis soluções para o futuro. Muitos caminhos criativos, algo que “Lava Empire” acaba por confirmar. Talvez de forma inesperada. Em vez de seguir o caminho, mais ou menos previsível, do death metal melódico, Daniel Laureano optou por ter um conceito sólido, sustentado por músicas que vão para lá dos limites do género. Temos momentos acústicos, temos vibes à la world music mas, mais uma vez, sem ir para os facilitismos das melodias folk (não que haja algo de errado com isso), e ainda assim, temos uma coesão que pareceria teoricamente impossível.
Até nas vocalizações há uma maior diversividade. Apesar de termos novamente as vocalizações de Ricardo Pereira (vocalista dos Moonshade, banda onde também Daniel integra), temos ainda o próprio Daniel a cantar e a participação de Inês Rento, que dá um colorido bem mais vasto à paleta. Para os fãs de “Storm Alive” ou até mesmo de Moonshade, esta é uma entidade completamente diferente e que poderá causar estranheza. Acreditem, essa sensação é mesmo muito passageira. Quanto mais nos dedicamos a este álbum, mais conseguimos interiorizar as suas diversas facetas e perceber como as mesmas se integram de forma quase perfeita no todo. Uma lição que se poderia aplicar para muitas áreas da nossa vida.
“Lava Empire” é ousado e a sua maior ousadia é mesmo deixar a criatividade falar mais alto e mostrar que a mesma não poderá ser confinada a qualquer tipo de limitações creativas ou preconceitos estilísticos. Uma ousadia que até faz mais falta do que se possa suspeitar hoje em dia. Não é por acaso que conta com o apoio da World Of Metal.
Nota 9/10
Fernando Ferreira
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