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WOM Reviews – Ani Lo Projekt / Allen / Olzon / Fallen Arise / Inno / Living Tales / Neverlight / Ad Infinitum / Inherently Lost

WOM Reviews – Ani Lo Projekt / Allen / Olzon / Fallen Arise / Inno / Living Tales / Neverlight / Ad Infinitum / Inherently Lost

Ani Lo Projekt – “A Time Called Forever”

2020 – Pride & Joy Music

“A Time Called Forever” é o segundo trabalho da banda búlgara que nos proporciona um pouco de groove metal sinfónico, com alguns vocais ásperos pelo meio e felizmente que a banda foge daquilo que é o padrão definido por muitas bandas do género, criando um álbum pesado e arrojado, pois a presença de linhas bem heavy metal é complementada pela fabulosa voz de Ani Lo, uma vocalista cheia de energia e com a capacidade de chegar onde outros não chegam. Globalmente gostei desta proposta, mas também sinto que a banda ainda tem muito para dar e fico na expectativa relativamente aquilo que virá a seguir. Claro que já perceberam que Ani está em total destaque, e o ponto máximo surge em “Walk Alone”, oiçam e digam se não tenho razão para esta afirmação. Recomendo, claro que sim!

10/10
Miguel Correia

Allen / Olzon – “Worlds Apart”

2020 – Frontiers Music

Quando o melhor de dois mundos se funde o resultado só pode ser este! “Worlds Apart” traduz na sua audição aquilo que anteriormente pretendo dizer e que sei que vocês vão facilmente compreender, depois de o ouvir, pois quem conhece o percurso dos seus integrantes e chega até este lançamento vai ficar no mínimo de sorriso na cara.Não sendo uma novidade, falar deste disco é falar de um trabalho bem produzido, onde a composição é muito boa, com partes da guitarra absolutamente extraordinárias a cargo do também conhecido Magnus Karlsson e onde Russell Allen e Anette Olzon oferecem excelentes resultados, numa combinação explosiva. Só posso dizer bem…e recomendar!

10/10
Miguel Correia

Fallen Arise – “Enigma”

2020 – Rock OF Angels Records

Novo álbum de originais dos gregos Fallen Arise, o terceiro para ser mais terceiro, que nos traz mais uma boa dose metal gótico com tendências sinfónicas. Este trabalho é como um best of de todas as grandes bandas do género, mas sempre um fio condutor e uma identidade imutável. A vantagem é que eles estão no ponto ideal antes de termos algumas alterações na sonoridade que acabam por lhe retirar essência. Ou seja, para quem gosta desta sonoridade, saber que aqui encontrará belas canções onde a voz de Fiona Creaby é uma enorme mais valia. Nenhuma banda está imune às mudanças e à evolução, mas por enquanto os Fallen Arise estão com o coração no sítio correcto.

8.5/10
Fernando Ferreira

Inno – “The Rain Under”

2020 – Time To Kill Records

Os Inno mostram como se faz apresentar um som moderno mas sem necessariamente a soar como todos os outros mas ainda assim a apresentar pontos de convergência suficientes para agradar ao público. “The Rain Under” é o álbum de estreia que mostra a banda italiana a andar pelos mares do metal gótico como também a mostrar uma costela modernaça na produção e assim como na estrutura das canções. Simples e catchy, aqui está, em parte, a resposta a todos os cépticos em relação à evolução dos Lacuna Coil. A solução não passa por ficar preso a um passado e sim saber evoluir. Ao primeiro álbum e em relação à concorrência, os Inno mostram que há muito por onde evoluir e que não é bicho de sete cabeças soar (ou até mesmo ser) moderno. É só preciso ter boas canções por trás.

8/10
Fernando Ferreira

Living Tales – “Delusional Mind”

2012 – Edição de Autor

Esta foi uma boa descoberta. Os Living Tales apresentaram-se perante a WOM para mostrar o seu mais recente trabalho, “Mirror” mas antes de avançarmos para esse álbum, resolvi ir descobrir a estreia da banda do Porto. E o que temos é uma agradável mistura entre metal gótico e progressivo – fusão que não é tão óbvia como isso. Bons temas e uma boa voz que não tem um tom tão comum para o género em si – o que poderá exigir algum período de habituação. Seja como for, neste álbum (curto, infelizmente) resultou muito bem. Vamos ao novo?

8/10
Fernando Ferreira

Neverlight – “The Quiet Room”

2019 – Edição de Autor

“The Quiet Room” apresenta-nos aquelas premissas que já conhecemos. Voz femina a atirar para o operático, guitarras fortes ainda que melódicas e arranjos orquestrais. Por esta altura isto já não é supresa para ninguém. Já não é há muito tempo. Agora o que interessa mesmo é a qualidade das músicas, é o fazer temas que mantenham a identidade da banda – este é o seu terceiro álbum – sem também aproximar-se dos campos criados por outros. À partida, apesar de parecer uma missão impossível, os Neverlight safam-se muito bem, com conjunto de excelente temas que conseguem explorar diferentes texturas do mesmo género, por muito gasto que ele aparente estar.

9/10 
Fernando Ferreira

Ad Infinitum – “Chapter I: Monarchy”

2020 – Napalm Records

Trabalho de estreia dos Ad Infinitum que é o que se pode chamar, tudo aquilo de bom e de mau que o metal gótico e sinfónico tem na sua essência. No lado positivo, a capacidade de juntar de forma bem sucedida o elemento sinfónico com riffs (ainda que poucos) e solos (idem idem aspas aspas, mas bem inspirados). No lado negativo o facto de nos parecer igual a tantas outras coisas que já ouvimos antes. Não há nada aqui que nos surpreenda. Isso num álbum de estreia não é estranho, ainda que a qualidade sonora seja efectivamente enorme – e que nos dê um certo pressentimento que os próximos trabalhos não fujam muito a isto. Agora vamos lá a ser justos. Há por aqui mérito, há boa música e sobretudo, bons executantes. Normalmente isto tudo junto dá bons álbuns mas este arrisco-me a dizer que não irá sobreviver o teste do tempo. Veremos que virá depois. Para os fãs de Evanescence desejosos por algo mais pesado, está aqui o vosso álbum. Para quem não gosta da banda norte-americana (ou sequer dos Within Temptation em início de carreira), podem por de parte.

5/10
Fernando Ferreira

Inherently Lost – “Our Last Midnight”

2020 – Entwined Recordings

Este nosso primeiro contacto ou apresentação com os Inherently Lost foi um bocado agridoce. Para já ficamos sempre entusiasmados por vermos uma banda a lançar o primeiro registo (parece-nos que é o primeiro registo) e queremos sempre que seja algo que nos deixe rendidos e apesar de alguns pontos onde isso acontece, infelizmente, não deixa de haver um teto limite para aquilo que podem alcançar. A produção (demasiado) caseira é um deles. O outro é a abordagem a um certo death/black/gothic melódico que apesar das boas ideias não tem a eficácia desejada. Pelo menos agora em 2020. Tivesse sido lançado em 2000 e a história teria sido outra, e de lá até cá teria havido uma progressão – aquela que sentimos como necessária. Boas ideias e boas vozes não deixam no entanto de nos soar de forma genérica, e as covers de Clint Mansell / Kronos Quartet e Cradle Of Filth não são suficientes para salvar. É um início e deverá ser visto como tal. Agora é continuar.

5/10
Fernando Ferreira

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