WOM Reviews – Anthony Gomes / Lightlorn / Ter / Tomorrow’s Fate
Anthony Gomes – “High Voltage Blues”
2022 – Rat Pak
Rockão! O título diz muito e a capa complementa aquilo que o título já deixava claro: este é mesmo o disco de rock que andávamos à procura. O primeiro trabalho de Gomes pela Rat Pak Records é uma espécie de compilação de alguns dos seus clássicos mais rock, sendo que todos foram regravados e apresentam uma personalidade mais eléctrica. Não só é uma boa forma de começar uma nova fase da carreira do guitarrista como também uma boa porta de entrada para quem ainda não o conhecia. Depois de “High Voltage Blues”, vão ficar os melhores amigos, garantimos!
9/10
Fernando Ferreira
Lightlorn – “These Nameless Worlds”
2022 – Edição de Autor
Interessante estreia por parte deste duo sueco que faz bom uso dos lugares comuns do black metal atmosférico que é tão melódico que também mete o pezinho naquilo que se convencionou chamar de pós-black metal. E claro que quando se fala de lugares comuns, pensa-se logo em coisas que já se está farte de ouvir. Pode ser o caso mas ainda assim, esta meia hora de música não é um sacríficio. Longe disso. É antes a promessa de um projecto que tem muito por onde crescer e que evidencia poder criativo para nos poder surpreender num futuro próximo. Se não surpreender na forma, pelo menos na qualidade das músicas, extrapolando o que já apresentam aqui.
8/10
Fernando Ferreira
Ter – “Homeward Bound”
2022 – Edição de Autor
Primeiro EP da one-man band catalã Ter. A sonoridade coloca-se nos campos do black metal pagão folk mas com capacidade para evidenciar muitos mais caminhos num futuro próximo. Trabalho embrionário é certo, mas que demonstra já muita qualidade que deverá solidificar-se em propostas futuras. Balanço positivo e curiosidade em ouvir mais.
7.5/10
Fernando Ferreira
Tomorrow’s Fate – “Appreciate The Time”
2022 – ROAR! Rock Of Angels Records / NRT
Estreia dos austríacos Tomorrow’s Fate que trazem uma sonoridade descontraída dentro do hard rock mais clássico. O comunicado de imprensa refere algumas influências alternativas que sinceramente não detecto, a não ser talvez pela voz de André Reiter e mesmo assim tenho dúvidas. A voz acaba por ser o elo mais fraco na minha opinião, com um timbre que não tem a força e carisma necessário. Falta-lhe rudeza para enquadrar no tom de rock clássico mas também não é melódica o suficiente para apontar numa direcção mais melódica. Os temas em si são interessantes em termos instrumentais, produção no ponto, mas tudo somado à voz, não temos propriamente uma proposta muito memorável, infelizmente. Veremos a sua evolução.
6/10
Fernando Ferreira
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