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WOM Reviews – Archon Angel / Toundra / Villagers Of Ioannina City / Astodan / Novena / White Stones / Orion Saiph / Age Of Emergence

WOM Reviews – Archon Angel / Toundra / Villagers Of Ioannina City / Astodan / Novena / White Stones / Orion Saiph / Age Of Emergence

Archon Angel – “Fallen”

2020 – Frontiers Music

Já não sendo novidade para muitos dos nossos leitores, Archon Angel é mais um daqueles brilhantes produtos da Frontiers e que agora nos chega.Não é uma novidade para mim também, uma vez que já tinha tomado conhecimento deste disco ou de parte dele pelo que já circula no Youtube e aquando o primeiro contacto fiquei surpreso positivamente com o que estava a ouvir e falo concretamente do tema “Fallen”.Claro que tendo o nome de Zak Stevens pelo meio já é motivo para sentir que algo de diferente me estava a ser dado a ouvir. O que penso e desejo é que Archon Angel não seja mais  projecto que fica para trás, percebendo o objetivo destas apostas mas enquanto fan desejo sempre mais uma vez gosto de ouvir musica com qualidade como a de “Fallen”.

10/10
Miguel Correia

Toundra – “Das Cabinet des Dr. Caligari”

2020 – InsideOut Music

Este é um álbum atípico dos Toundra. Atípico pela forma como é sentido pela própria banda. Surgiu do desafio de integrar a música da banda no clássico do cinema que dá o título a este trabalho e como tal a banda saiu fora do seu plano habitual de música para mergulhar neste plano conceptual. Sou da opinião que em termos criativos, uma banda só tem a ganhar em sair da sua zona de conforto. E sim, estamos já a adiantar que foi uma aposta ganha. As paisagens são aquelas que se esperaria da banda espanhola, embora com um outro objectivo que se nota desde o início. É uma viagem diferente daquela que estamos habituados mas nem por isso menos proveitosa.

9/10
Fernando Ferreira

Villagers Of Ioannina City – “Age Of Aquarius”

2019 / 2020 – Napalm Records

Surpreendente álbum. Não conhecendo a banda de lado nenhum – sempre o melhor quando não há qualquer tipo de expectativas – fiquei completamente fã, ainda nem sequer tinha acabado a primeira audição. E como todas as coisas boas da vida, nem dá para definir muito bem. Há por aqui um forte travo a progressivo, mas há outras coisas que se metem pelo meio, como elementos da world music. Acaba por se tornar, desde logo irrelevante. Não fosse a missão de tentarmos dissecar este trabalho e depressa nos concentrariamos na música do que propriamente ao que soa. Até porque o que temos aqui é mesmo pura emoção, um trabalho que vai para além do óbvio, deixando uma primeira impressão excelente.

9.1/10
Fernando Ferreira

Astodan – “Bathala”

2020 – Dunk! Records / A Thousand Arms

Astodan, banda belga que traz-nos o seu segundo álbum, este “Bathala” que vem mesmo ao encontro do que os fãs de pós-rock instrumental gostam. Não ouvi ainda o álbum de estreia, por isso a imparcialidade foi total. Até mesmo em relação ao género em si, já que reconheço de que existem características muito marcadas na sua essência que normalmente se repetem ad aeternum. Essa era a única expectatitiva e admito que um bocado tóxica, mas que a mesma foi completamente superada graças a um álbum que nos consegue abstrair de tudo o resto, da realidade, dos vírus, da estupidez humana e do que nos rodeia. E a cada audição, no final, fica o mesmo vazio. O mesmo retornar lento a uma realidade que nos parece cada vez mais feia. Consta que é inspirado numa tribo filipina que tinha por hábito enterrar os seus mortos verticalmente em árvores ocas. Tendo tudo o que se passa no mundo, acho que é das coisas que ouvi nos últimos que mais faz sentido.

9.1/10
Fernando Ferreira

Novena – “Eleventh Hour”

2020 – Frontiers Music

Depois de uma estreia bem referenciada, os Novena trazem-nos, com o selo da Frontiers, “Eleventh Hour”, um disco composto por um punhado de faixas de linha sonora de prog metal, traduzindo-se num resultado global, sólido, pesado e com uma particularidade. Há no alinhamento cinco temas com mais de oito minutos onde se destacam “Lucidity”, The Tyrant” e “Prison Walls”, que ultrapassam os dez minutos e acreditem que fluem de forma sublime pelos nossos ouvidos, numa demonstração inequívoca da capacidade técnica e criativa da banda. Faixas pesadas, com momentos melódicos e um par de portas que se abrem numa viagem louca e explosiva. Recomendo.

9/10
Miguel Correia

White Stones – “Kuarahy”

2020 – Nuclear Blast

Quando se vê um álbum de estreia editado pela Nuclear Blast, das duas três, ou se trata de de uma reedição ou é uma projecto que reúne muitos nomes conhecidos. Neste caso optamos pela segunda hipótese. Whte Stones é um projtecto  que reúne membros e ex-membros de bandas como Opeth, Vidres A La Sang, Ered e Evnar e Sheidim, entre muitos outros nomes. Martin Méndez é o nome mais sonante e acaba por ser o elo de ligação com a sonoridade que associamos sobretudo aos já citados Opeth. Seria como estes decidissem fundir o passado e o presente com um maior sentido de esquisitice psicadélica que não chega a ir muito mais longe e um maior peso metálico concentrado em músicas que não passam os cinco minutos. O resultado, tal como a indicação indica, é interessante, mas fica a faltar uma personalidade mais própria – algo que a tal citada esquisitice não disfarça. O entusiasmo, todavia, não desvanece por esta falta de identidade aparente e cheira-nos que de futuro poderá estar aqui algo de bastante relevo.

7/10 
Fernando Ferreira

Orion Saiph – “Seven Stages Of Grief”

2018 – Edição de Autor

Orion Saiph são uma banda de metal progressivo proveniente de Espanha, que tem “Seven Stages Of Grief” o presente álbum, abrangendo também o metal sinfónico e o folk. É bem concebido  bastante harmonioso, com algumas melodias orientais à mistura e solos longos e bem elaborados, com o vocalista a alternar a voz limpa com gutural. Gostei especialmente dos temas “Final Spring ” e  ”Distante Sun ”- Um som bastante inovador recomendado para fãs de Myrath , Ophaned land e Evergrey.

9/10
Nídia Almeida

Age Of Emergence – “The War Within Ourselves”

2020 – Edição de Autor

Mais um bom exemplo de como a cena da Austrália, a cena underground, é bem mais rica do que aquelo que se espera. Os Age of Emergence tocam uma mistura de metal progressivo com hard’n’heavy a atirar ao épico e o resultado neste EP são cinco temas agradáveis que demonstram um talento bruto embora, verdade seja dita, há ainda um caminho evolutivo a percorrer. O facto de não andar propriamente a percorrer este ou aquele conjunto de lugares comuns faz com que nos faça antecipar com curiosidade o seu futuro.

7/10
Fernando Ferreira

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