WOM Reviews – Benothing / Denomination / Father Befouled
Benothing – “Temporal Bliss Surrealms”
2021 – Everlasting Spew
Nunca é tarde para ainda andar a revirar o tacho de 2021 e encontrar pequenas preciosidades da podreira como este EP de estreia dos Benothing. Death metal finlandês de 2021 mas que poderia muito bem ter sido lançado em 1991 que ninguém desconfiava, e se desconfiasse, não se iria queixar. Não é, contudo, simplesmente death metal porco e primitivo embora também tenha essas características. Há uma ambição nas composições que faz com que metade delas (ou seja duas) tenham durações pouco comuns. Curiosamente são esses os temas mais interessantes sendo que “State Of Surreal Bliss” e “Stasis Hexis” que abrem e fecham respectivamente este EP consigam ir para além do óbvio com ambiências cativantes e muito interessantes.
8/10
Fernando Ferreira
Denomination – “They Burn As One”
2022 – Edição de Autor
Álbum de eestreia dos Denomination que pega onde o EP/demo anterior tinha ficado, ou seja no death metal sueco. Não existem segredos – bem talvez na tom das guitarras e na equalização do som – a não ser mesmo ter a paixão necessária por death metal ou por aquele death metal específico. Isso sem dúvida que temos com fartura e mesmo sem ser o álbum mais vistoso do estilo, tem argumentos suficientes para garantir prazer metálico auditivo em pouco mais de meia hora. E podem adicioná-los ao lote de bandas a acompanhar, que a qualidade começa a ser garantida.
8/10
Fernando Ferreira
Denomination – “When Life Ends”
2021 – A.D.G.
Death metal à boa maneira sueca mesmo que seja vindo da Alemanha. Não interessa, é sempre bom venha onde vier. Já se sabe que temos aqui um feeling old school com aquela velha fórmula a resultar em pleno. Não acrescenta muito a quem gosta e também não vai converter quem já não gostava, mas para apenas quer um bom death metal, esta é uma boa maneira de passar o tempo. Cinco temas em menos de quinze minutos, e está feito.
8/10
Fernando Ferreira
Father Befouled – “Crowned In Veneficum”
2022 – Everlasting Spew
Não sou das pessoas mais exigentes com o meu metal embora admita que tenho gostos muito particulares. E no que diz respeito ao death metal, tão depressa valorizo a podridão – mediante o impacto global capaz de provocar – assim como também valorizo uma produção poderosa e límpida. No entanto, tenho que dizer que a primeira impressão com o som deste quinto álbum dos norte-americanos Father Befouled não me impressionou. Se as guitarras estão com um som podre que me agrada – com a voz a ficar um pouco afundada na mistura mas nada que afecte muito a apreciação – a bateria está com um som péssimo. Corta todo o punch das guitarras e na maior parte das vezes não se percebe bem se está a tocar com pratos sequer. As músicas em si têm o potencial para muito mais que a bateria acaba por afundar. E sim, é um pormenor, um pormenor que infelizmente não consigo deixar de ouvir e acaba por me distrair da música em si. E isso é o que não se quer.
5/10
Fernando Ferreira
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