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WOM Reviews – Black Swan / Chromeskull / Five Ways To Nowhere / Brave / Gabriels / Old Bones / Rage In My Eyes / Mark Sloan

WOM Reviews – Black Swan / Chromeskull / Five Ways To Nowhere / Brave / Gabriels / Old Bones / Rage In My Eyes / Mark Sloan

Black Swan – “Shake The World”

2020 – Frontiers Music

Outro daqueles projetos de nos deixar água na boca. Depois de falar com o simpático Robin, sei que a coisa não vai ficar por aqui e ainda bem.

Começo pelo lado dos integrantes, então nada mais nada menos do que, Robin McAuley, voz, Reb Beach, guitarra, Jeff Pilson, baixo e Matt Starr, bateria…está tudo dito!

Preciso de mais? Certamente já todos vocês o ouviram e voltaram a ouvir e garantidamente a coisa não terá ficado por aí, pois este disco é puro metal, é de arrepiar e com tudo o que sempre nos habituamos a ouvir dos seus integrantes. A voz de Robin é fabulosa, Reb e Pilson são uns mestres nesta cena, grande solos, linhas de baixo fortíssimas e claro não podia deixar de fazer referência ao excelente desempenho de Matt, uma equipa que vence onde seja em que campo for, mas compreensivelmente e apesar de ficar feliz em saber que mais um ou dois discos virão, fica sempre o amargo da coisa não ter outra projeção.

“Shake The World” abre com aquela linha bem metal, fazendo sentir por momentos aqueles riffs Judas Priest, seguida de uma “Big Disaster” e depois de “Johnny Cames Marching” mais cadenciadas, rockeiras na sua essência, mas cheias de brilho e energia.

“Make It There” é o momento mais baladeiro que nos prepara para mais um punhado de temas ao estilo do primeiro e o fecho é no mínimo sublime. “Divide / United” tem aquele começo encantador de um piano que prepara as luzes para a voz de Robin brilhar, se é que ele precisa deste momento para o fazer.

10/10
Miguel Correia

Chromeskull – “Screams In The Night”

2020 – Edição de Autor

Podre. Heavy metal podre. Não é tão bom? Dois temas que nos transportam para a sonoridade mais crua do género mas que soa-nos fresco e essencial como se estivessemos em 1980 a ouvir a “Soundhouse Tapes” dos Maiden pela primeira vez – isto não querendo dizer que o que temos aqui soa exactamente a Iron Maiden, já que o elemento speed metal é bastante acentuado. É uma óptima apresentação da banda e um single à antiga que recomendamos. O tema-título é mesmo algo que vamos ouvir muitas vezes. Muitas mesmo.

9/10
Fernando Ferreira

Five Ways To Nowhere – “Bite Hard”

2020 – SOE Records

Fantástico trabalho hard rock como manda a lei. Guitarras generosas, bons riffs, boas melodias e bons refrões, mas acima de tudo uma voz com attitude por parte de Charlotte Hesse. Tudo coisas que se calhar não têm lugar nos dias de hoje, mas também já aprendemos que tudo tem lugar no dia de hoje desde que seja bem recebido, por isso fãs do género e fãs de boa música que rocka como tudo, tomem atenção a esta banda que vale bem a pena.

8/10
Fernando Ferreira

Brave – “The Oracle”

2020 – Edição de Autor

“The Oracle” marca o regresso dos brasileiros Brave, sendo o terceiro álbum de originais da banda brasileira. Power metal à laia americana (ou seja, afastada daquela sonoridade mais happy) com uma produção que mantém um certo tom áspero principalmente na distorção da guitarra. Estes são guerreiros que preferem as velhas tradições do metal e isso é, mais que nunca, valorizado e ainda visto como algo refrescante. Havendo sempre pontos por onde melhorar e evoluir, “The Oracle” apresenta-os como sendo um exemplo para a sonoridade mais “true” do heavy metal sul-americano.

7.5/10
Fernando Ferreira

Gabriels – “Fist Of The Seven Stars Act 3 Nanto Chaos”

2020 – Edição de Autor

Terceira parte deste conjuntode álbuns dedicados a adaptar a manga “Hakuto No Ken” de Tetsuo Hara e Buronson. A capa é caricata mas reflecte bem o que temos aqui. Musicalmente competente mas também altamente ingénuo, este trabalho do amigo Gabriels (não, não é erro de digitação) vai para além da pura demonstração das habilidades do músico como teclista mas também não se consegue assumir como um álbum conceptual interessante do início ao fim. Um meio termo desagradável que infelizmente não convence.

5/10
Fernando Ferreira

Old Bones – “Sleepwalker”

2020 – Edição de Autor

Consta que os Old Bones tiveram que penar bastante para chegar até aqui. Vinte anos de carreira e apenas agora a estreia discográfica que é um EP. Mas é um senhor EP. Uma sonoridade musculada onde podemos encaixar uma série de estilos, do mais tradicional ao mais moderno, do mais suave ao mais pesado (principalmente no que diz respeito às vocalizações). “Sleepwalker” é talvez incategorizável (podemos sempre arriscar um hard stoner sludge heavy groove, para ver se pega), mas não deixa de ser um trabalho ao qual queremos dar umas voltinhas de vez em quando.

7.5/10 
Fernando Ferreira

Rage In My Eyes – “Ice Cell”

2019 – Voice Music

Esta estreia dos Rage In My Eyes foi uma excelente surpresa. Trata-se de uma banda brasileira com músicos rodados na cena (alguns deles tocaram com Paul Di’Anno ao vivo) e com capacidade para escrever temas de heavy metal musculado e muitas vezes a entrar no domínio do power metal norte-americano. E essa é uma das partes curiosas do seu som. Apesar dessa aproximação ao som norte-americano, também têm o seu quê de europeu mas acabam por se situar algo longee da sonoridade típica das bandas brasileiras – não que essa sonoridade seja efectivamente um problema. Acaba por ser uma lufada de ar fresco e este um dos álbuns mais sólidos do ano passado que nos passou ao lado.

8.5/10
Fernando Ferreira

Mark Sloan – “Dreamer’s Lament”

2020 – Edição de Autor

Vamos ser realistas, a capa diz logo que este será um trabalho que terá um alcance limitado. O que em parte é pena porque Mark Sloan é talentoso na maneira como trata a música (esta é uma one-man band) e até canta. No entanto, apesar desse talento que é óbvio, o que resulta dele são músicas que infelizmente não são marcantes o suficiente para nos ficarem registadas na memória. O solo de “The Siege Of Bastogn” é sem dúvida um ponto alto. Do lado contrário temos uma dispersão de influências que vão do rock FM ao rock progressive, com outras coisas mais hard rock pelo meio. Para quem é nostálgico, não há como ficar indiferente a estas músicas, mas for a isso, o apelo não é o esperado.

6/10
Fernando Ferreira

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