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WOM Reviews – Dark Sarah / Feuerschwanz / Fovitron / Lord Of The Lost / Evilon / Rumahoy / Velvet Ocean / Illumishade

WOM Reviews – Dark Sarah / Feuerschwanz / Fovitron / Lord Of The Lost / Evilon / Rumahoy / Velvet Ocean / Illumishade

Dark Sarah – “Grim”

2020 – Napalm Records

Eu sei que nos queixamos muito, no geral, de termos trabalhos que encaixam perfeitamente num género e em como não oferece qualquer tipo de surpresa ou desafio. No entanto, ocasionalmente, também acabo muitas vezes por referir que o factor mais importante é mesmo termos bons temas que, apesar de todos os clichês, possam superar esses obstáculos e apresentarem músicas com emoção, bons arranjos orquestrais e uma voz fantástica. A voz de Heidi Parviainen já não é surpresa para ninguém assim como o talento da banda para fazer grandes temas. Como tal não há como considerar este um grande trabalho de metal gótico/sinfónico. Quem não gosta do estilo vai encontrar sempre defeitos, mas quem gosta sabe que estamos perante um álbum com qualidade.

8.5/10
Fernando Ferreira

Feuerschwanz – “Das Elfte Gebot”

2020 – Napalm Records

Os Feuerschwanz são um dos nomes grandes da cena folk/rock metal teutónica mas cujo seu impacto fora da fronteiras do seu país não é particularmente impressionante. Pelo menos aqui dos nossos lados. Como na World Of Metal estamos sempre ávidos de música nova, podemos dizer que foi muito bom termos sido apresentados ao seu som, principalmente por trazerem de vez em quando uma forma de folk bastante interessante (alguma vezes até bastante próximo de um Kusturika, por exemplo, na “Mission Eskalation”). Fazem a festa sem a menor dificuldade e nós ficamos fãs, obviamente. Com vontade de conhecer o que está para trás.

8.5/10
Fernando Ferreira

Fovitron – “Altar Of Whispers”

2020 – Alcyone Records

Vamos voltar um bocado atrás no tempo. Pronto, já sei, vão-se todos embora a pensar que vamos embarcar em mais uma viagem nostálgica. Basta pensarmos um bocadinho para verificar que hoje em dia, toda a música é nostálgica porque entre aquela que se assume como original, das duas três, ou não é (porque não se consegue fugir às influências base) ou então é esquisita demais para que consigamos ficar apaixonados por ela. No caso dos Fovitron, a viagem não é longa. Basta uns quinze anos talvez (ou pouco mais que isso) onde temos o black metal sinfónico em alta. Claro que apareceram toneladas de bandas e nem todas com nível de qualidade desejado, mas se a banda grega surgisse nessa altura, seria sem dúvida um destaque entre as propostas mais tradicionais do género. Orquestrações bem conseguidas, sem ser demasiado exageradas e ainda mantendo a noção de que estamos perante sintetizadores e não samples de orquestra (algo que ajuda na viagem nostálgica). Os temas são longos e apesar de bem conseguidos, infelizmente não são propriamente memoráveis à primeira. Não tem de ser necessariamente mau até porque quando isso acontece, mais depressa nos fartamos e “Altar Of Whispers” tem o dom de nos fazer querer voltar para mais. E mais.

8.5/10
Fernando Ferreira

Lord Of The Lost – “Swan Songs III”

2020 – Napalm Records

Os Lord Of The Lost estão de volta com o seu terceiro capítulo desta sua saga “Swan Songs”. Regressam em grande com um álbum duplo onde conjugam tanto novos temas como as versões de clássicos seus. Para quem gostar da banda, este é sem dúvida um item mais que apetecível, sendo mais apetecível ainda quando se junta na edição deluxe um cd com versões demo de oito das novas músicas, outro com versões instrumentais e orquestrais dessas mesmo oito e ainda das regravações dos novos temas, finalizando com um duplo CD ao vivo. Apetecível, não é? Pelo menos em termos de quantidade. Em termos de qualidade, e pelo que nos podemos pronunciar, é igualmente apetecível, com uma conjunto forte de temas e que não sofrem em nada em termos de impacto com a falta de distorção. Para fãs da banda e não só.

8/10
Fernando Ferreira

Evilon – “Leviathan”

2018 – WormHoleDeath

O álbum de estreia dos Evilon poderá não surpreender ninguém, mas quem é que será capaz de recusar um bom death metal melódio que gosta de usar melodias folk? Ninguém no seu perfeito juízo, claro está. “Leviathan” é um daqueles álbuns que sem grandes pretensões, consegue cativar todos, com o riff, com o som ou mesmo com a melodia certa para o momento certo. Fomos ao nosso arquivo de trabalhos que nos passaram ao lado na altura e em bom momento que o fizemos porque a qualidade é mesmo acima da média.

8/10
Fernando Ferreira

Rumahoy – “Time II: Party”

2019 / 2020 – Napalm Records

Editado pela própria banda no ano passado, os Rumahoy encontram na Napalm Records uma nova casa para editar este seu segundo trabalho. Não fica a dever muito à imaginação quer pelo nome da banda quer pela capa. Temos então folk metal, festivo e bem regado a humor, feito já para por todo o pessoal a mexer. Algo que resulta muito bem num festival (lembram-se deles?). Claro que algo assim vai soar-nos a déjà vú, principalmente para nós que gostamos de Alestorm, um nome que acaba por ser universal neste tipo de coisas. Bons temas – algumas escorregadelas manhosas como a “Poop Deck Party” – e excelentes melodias. A voz não é propriamente melódica mas encaixa neste tipo de coisa. Entretem e muito bem.

7.5/10 
Fernando Ferreira

Velvet Ocean – “Purposes And Promises”

2020 – Edição de Autor

Os Velvet Ocean surgem-nos como uma manda de metal alternativo melódico. Aos meus ouvidos parece-me bastante metal gótico – o rótulo talvez faça sentido se tivessemos algo próximo dos Evanescence. O que nem é ocaso. Rótulos aparte, a música é boa e consegue superar com sucesso algumas das suas fraquezas, nomeadamente o factor genérico que é mesmo o mais evidente. Agradável ao ouvido e recomendado sobretudo para quem é fã de metal gótico com aquele travo a pop.

6.5/10
Fernando Ferreira

Illumishade – “Eclyptic: Wake Of The Shadows”

2020 – Edição de Autor

Uma nova banda surge no horizonte. Os Illumishade tocam metal melódico (ora mais gótico ora mais sinfónico e em muitas vezes a roçar o pop) estreiam-se com um álbum que vai agradar todos o que gostam do estereótipo das vozes femininas bem afinadinhas e melódicas. Por vezes tão melódicas que quase parece que estamos a ouvir uma banda sonora de um filme de animação da Disney. Por vezes soa bem, algumas é realmente açúcar a mais. De qualquer forma, boa produção e talento com fartura. Esperemos por mais.

6/10
Fernando Ferreira

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