Review

WOM Reviews – Eternal Evil / Dead Head / Jackal’s Backbone / Death Angel

WOM Reviews – Eternal Evil / Dead Head / Jackal’s Backbone / Death Angel

Eternal Evil – “The Warriors Awakening Brings The Unholy Slaughter”

2021 – Redefining Darkness

“The Warrior’s Awakening…” (vou seguir o exemplo da banda e cagar no resto do título do álbum) é o álbum de estreia dos suecos Eternal Evil que à partida mostram logo amor por uma série de clichês. E não, isso não é mau mas só não o é porque a música que fazem é mesmo muito boa. Um thrash metal rude e bruto que vai beber aos primórdios da música extrema (e aqui empadeiramos tudo o que vá de Kreator a Bathory) que é terrivelmente eficaz. Unidimensional, bruto, com as dinâmicas remetidas apenas naquele mínimo de não termos músicas iguais mas uma atmosfera global muito semelhante e a conseguir fazer com isto tudo um álbum ao qual é bastante divertido de ouvir para nos lembrarmos que a vida não tem de ser toda formatada com a mais recente moda de hoje. Pegar no fascínio de ontem também pode dar excelentes resultados. Como é o caso.

9/10
Fernando Ferreira

Dead Head – “Haatland”

2005/2021 – Petrichor

Reedição dos Dead Head, curiosamente uma banda que desconhecia mas que tem um dom de fazer thrash/death metal bruto e capaz de meter tudo a mexer. Isto avaliando pelo o que este seu quarto álbum. Na altura a banda já não lançava um trabalho há seis anos pelo que o impacto até demonstra que estavam com uma certa fome. Furioso mas sem deixar de ter aquele gostinho metálico que o thrash tão bem coloca nas coisas. Nesta reedição em dois CDs temos uma tonelada de bónus que totalizam duas horas repartidas por dois cds. Definitivamente servirá para ficarem fãs tal como eu fiquei.

9/10
Fernando Ferreira

Jackal’s Backbone – “Red Mist Descending”

2021 – Edição de Autor

Normalmente o metal não oferece grandes mistérios mas estes Jackal’s Backbone conseguem trocar-nos as voltas, ao juntar no mesmo pacote thrash, death metal, um espírito necro próprio do black e ainda um sentido de melodia inesperado. Soa tão fresco e tão natural que conclui-se logo que estamos perante uma sonoridade que somos obrigados a conhecer. Os assomos melódicos fazem lembrar o contraste de bandas como Edge Of Sanity, mas sempre com um forte cunho individual que os distingue. Outro ponto também muito forte para fazer ter um bom impacto é a produção crua, que dá contornos ain da mais interessantes. Aquele feeling quase nostálgico de outros tempos, onde o luxo das boas produções era só para alguns e que não tinha acesso a eles não era por isso que não deixava lançar trabalhos memoráveis. Não será crível que este tenha o mesmo tipo de impacto – dificilmente hoje em dia algo tem o mesmo tipo de impacto duradouro como muitos dos álbuns embrionários – mas não deixa de merecer o nosso destaque por isso mesmo.

8/10
Fernando Ferreira

Death Angel – “The Bastard Tracks”

2021 – Nuclear Blast

Pode não parecer mas este é um álbum ao vivo – e por “ao vivo” entenda-se que foi tocado e gravado de uma vez só para um evento em stream. Soando a um disco riscado mas a tentar resumir ao máximo é o tipo de lançamento que faz todo o sentido neste contexto de pandemia mas que já não consegue entusiasmar. A não ser porquem não seja fã de thrash metal em geral e Death Angel em particular. Estamos a falar de mais de uma hora de thrash metal, bem executado e com bom som e que não deixa de ter o feeling de ser uma gravação “ao vivo”, ficando apenas a faltar o público. Não será o álbum mais memorável na categoria “Live”, mas não deixa de ser algo que o fã vai querer guardar para a posteridade.

7.5/10
Fernando Ferreira

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