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WOM Reviews – Joviac / Alex Henry Foster / Steve Hackett / From The Dust Returned / Bulb / Kingnomad / Black Jester / Horisont

WOM Reviews – Joviac / Alex Henry Foster / Steve Hackett / From The Dust Returned / Bulb / Kingnomad / Black Jester / Horisont

Joviac – “Here And Now”

2020 – Inverse Records

Não conhecendo a banda, devo dizer que fiquei já rendido. Obviamente que ajuda ser fã de rock e metal progressivo. Ajuda também a banda andar um pouco pelos dois campos (embora manifestamente seja o rock a ter mais expressão) mas o ponto decisivo é mesmo o facto de ter uma sensibilidade fantástica para fazer grandes temas. Sem dúvida que este é um trabalho ao qual vamos querer voltar muitas vezes por não só as músicas continuam a crescer a cada audição, também a banda demonstra conseguir reunir uma série de influências diferentes sem andar propriamente a copiar quem quer que seja. Ah, e passa num instante.

9/10
Fernando Ferreira

Alex Henry Foster – “Lavender Sky”

2020 – Edição De Autor

Pouco tempo passado após a edição do mais recente trabalho de Alex Henry Foster, “Windows In The Sky”, temos esta espécie de single/EP que tem a versão original do tema “Lavender Sky”, que está no referido álbum e também uma versão para rádio. No entanto, o grande motivo de interesse é mesmo a reinterpretação do tema numa versão prolongada (quase vinte minutos) que nos leva para uma viagem completamente diferente. A forma como tema é explorado faz-nos lembrar dos bons velhos anos setenta em que a música era viva, orgânica, tinha o seu próprio sentido e vontade. Não deixando de soar a algo completamente contemporâneo. Mesmo que tenham o álbum, este EP é absolutamente recomendado.

9/10
Fernando Ferreira

Steve Hackett – “Genesis Revisited: Live At The Royal Albert Hall”

2014/2020 – InsideOut Music

É cada vez mais comum termos bandas de black metal misteriosas das quais não há nenhuma informação. Mas no final o que interessa mesmo é a música e no caso dos holandeses Ossaert, o que temos é quatro temas longos, hipnóticos e cruz. Vistas a coisas, não é preciso saber quem são, de onde vieram e para onde vão. Nem é preciso letras nem títulos de música (por muito que seja um chavão termos “I”, “II”, “III” e “IV” como títulos, enquadra-se perfeitamente) porque a música fala por si só. E nem só consegue ser aquele black metal cru e primitivo como também consegue alcançar níveis inesperados de melancolia (conferir a “III”). No geral é um álbum surpreendente que não conseguimos ficar indiferentes.

8.5/10
Fernando Ferreira

From The Dust Returned – “Seven Days Long Wait”

2020 – Edição de Autor

Os From The Dust Returned são uma banda italiana de rock/metal progressivo e este é o seu segundo álbum. O instrumental é bem concebido, com solos longos e muito bem conseguidos, e um trabalho de bateria suava mas seguro e sólido. Temos canções extensass e complexas que são indicados para nos deixar num estado de descontracção e contemplação. Em “Seven Days Long Wait” teremos de dar destaque aos temas “Mother“ e “Porcelain”. Recomendo vivamente a fãs de Pink Floyd e até, num espírito diferente, The Doors.

8/10
Nídia Almeida

Bulb – “Archives Vol. 8”

2020 – Century Media Records

Este é o primeiro (começa-se pelo fim) de uma série de repescagens do arquivo de Misha Mansoor dos Periphery. O primeiro de dez, acrescente-se – além dos oito arquivos, temos ainda um orquestral e outro electrónico. Reza a lenda que este foi material que Mansoor experimentou/criou quando andava a descobrir as maravilhas do mundo das produções caseiras. Dez álbuns que são bem apetecíveis para quem gosta do músico em questão e por consequência, dos Periphery. Temos o som do metal moderno, muito próximo do prog e dos ambientes do pós-rock. Mesmo para quem não seja aficionado do djent, há por aqui muita boa música para mergulhar, principalmente se abordarmos isto num misto de curiosidade e sem expectativas. As surpresas serão muitas e boas.

8/10
Fernando Ferreira

Kingnomad – “Sagan Om Rymden”

2020 – Ripple Music

Classe que temos aqui em abundância. Classe daquela que parece que pensávamos que estava confinada na década de setenta lá para os lados da Suécia mas que continua bem presente nos dias de hoje. Dentro do rock progressivo, este é um trabalho mesmo vintage mas não chega a ser retro. Isto é, não é uma piscadela a tempos antigos. São os tempos antigos representados de forma perfeita, integrando-se perfeitamente na paisagem que temos actualmente. “Small Beginnings” é apenas um exemplo disto mesmo, como uma música consegue ser hipnótica de forma clássica e um retrato da abrangência que temos aqui.

8.5/10 
Fernando Ferreira

Black Jester – “The Divine Comedy”

1997/2020 – Elevate Records

Terceiro álbum dos Black Jester que é reapresentado pela Elevate Records, mais de vinte anos depois. A banda acabou por sucumbir, em altura incerta mas voltou na década passada sem que isso tivesse significado em qualquer tipo de sinal de vida editorial. A avaliar por este álbum, é sem dúvida uma presença que se sente falta. Com uma vertente neo-clássica mas ainda a manter a sua originalidade (isto é, nem soa a Malmsteen nem a Symphony X) só a voz de Alex “The Jester” D’Este (entretanto falecido no presente ano) é que se sente como sendo o ponto mais fraco, não chegando nunca a colocar em causa a qualidade deste álbum. Uma boa e válida viagem no tempo.

8/10
Fernando Ferreira

Horisont – “Sudden Death”

2020 – Century Media

Não existem dúvidas por esta altura que os Horisont são uma forma de viajar ao passado. Até um tempo onde o rock dominava a atenção dos amantes da música e que tudo o resto era um nicho. Melodias fáceis de cativar, o piano como parte integral das composições, excelente bom gosto nos arranjos e músicas que se assumem, logo à primeira vez que as ouvimos, como temporais. Com uma inclinação mais prog, este sexto álbum é mesmo perfeito para quem tem saudades da década de setenta. Ou pelo menos pela música rock mais suave dessa mesma década. Algo que hoje em dia acaba por ser um nicho. Qualidade acima da média, todavia.

7.5/10
Fernando Ferreira

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